Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiz Fernando Prado de Miranda
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/58881
Resumo: O processo transexualizador é regulamentado no SUS pelo Anexo 1 do Anexo XXI da Portaria de Consolidação GM/MS nº 2 de 2017 e é composto por um conjunto de procedimentos com vistas a garantir a atenção integral à saúde das pessoas travestis e transexuais. A presente dissertação investiga a desigualdade de acesso a essa política de saúde, buscando identificar e relacionar seus fatores explicativos. Para tanto, são estruturadas três dimensões analíticas: institucional, relacionada ao desenho da política; operativa, ligada à sua implementação; e relacional, associada às redes sociais dos usuários. O objetivo deste trabalho é responder à seguinte pergunta de pesquisa: como a associação dos aspectos relacionais (dos usuários), institucionais (do desenho) e operativos (da implementação) produz desigualdade de acesso ao Processo Transexualizador no SUS? Para respondê-la, foi construída uma metodologia que combinou diversos métodos e técnicas de pesquisa, sendo a principal a análise de redes sociais. Os dados analisados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica e documental, entrevista com onze pessoas, além de aplicação de formulário online e questionário sociométrico com 34 pessoas trans e travestis. A coleta de dados primários foi realizada entre novembro de 2022 e janeiro de 2023 e seguiu as premissas de ética em pesquisa, conforme previamente aprovado pelo Parecer nº 5.723.490 do Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. Os resultados do trabalho validam a hipótese de que o desenho da política constrói barreiras de acesso ao Processo Transexualizador no SUS; validam, ainda, a hipótese de que essas barreiras são reforçadas durante a implementação, contudo com participação menos ativa dos burocratas do nível de rua em relação ao que se esperava; por fim, validam também a hipótese de que determinadas características socioeconômicas e de redes sociais dos usuários os beneficiam no acesso à política, frente às barreiras mapeadas. Nenhuma das sub-hipóteses foi integralmente validada. Conclui-se que há uma forte interação entre as três dimensões analisadas — complexa e com sobreposições — na produção de desigualdade de acesso ao Processo Transexualizador no SUS.
id UFMG_7665a389f1065c3087fb8c632e052747
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/58881
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling José Ângelo Machadohttp://lattes.cnpq.br/9345341099863361Natália Guimarães Duarte SátyroRoberto Rocha Coelho Pireshttp://lattes.cnpq.br/0522026362010218Luiz Fernando Prado de Miranda2023-09-25T00:32:17Z2023-09-25T00:32:17Z2023-05-16http://hdl.handle.net/1843/58881O processo transexualizador é regulamentado no SUS pelo Anexo 1 do Anexo XXI da Portaria de Consolidação GM/MS nº 2 de 2017 e é composto por um conjunto de procedimentos com vistas a garantir a atenção integral à saúde das pessoas travestis e transexuais. A presente dissertação investiga a desigualdade de acesso a essa política de saúde, buscando identificar e relacionar seus fatores explicativos. Para tanto, são estruturadas três dimensões analíticas: institucional, relacionada ao desenho da política; operativa, ligada à sua implementação; e relacional, associada às redes sociais dos usuários. O objetivo deste trabalho é responder à seguinte pergunta de pesquisa: como a associação dos aspectos relacionais (dos usuários), institucionais (do desenho) e operativos (da implementação) produz desigualdade de acesso ao Processo Transexualizador no SUS? Para respondê-la, foi construída uma metodologia que combinou diversos métodos e técnicas de pesquisa, sendo a principal a análise de redes sociais. Os dados analisados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica e documental, entrevista com onze pessoas, além de aplicação de formulário online e questionário sociométrico com 34 pessoas trans e travestis. A coleta de dados primários foi realizada entre novembro de 2022 e janeiro de 2023 e seguiu as premissas de ética em pesquisa, conforme previamente aprovado pelo Parecer nº 5.723.490 do Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. Os resultados do trabalho validam a hipótese de que o desenho da política constrói barreiras de acesso ao Processo Transexualizador no SUS; validam, ainda, a hipótese de que essas barreiras são reforçadas durante a implementação, contudo com participação menos ativa dos burocratas do nível de rua em relação ao que se esperava; por fim, validam também a hipótese de que determinadas características socioeconômicas e de redes sociais dos usuários os beneficiam no acesso à política, frente às barreiras mapeadas. Nenhuma das sub-hipóteses foi integralmente validada. Conclui-se que há uma forte interação entre as três dimensões analisadas — complexa e com sobreposições — na produção de desigualdade de acesso ao Processo Transexualizador no SUS.The transsexualizing process is regulated on SUS by the Attachment 1 of Attachment XXI of Consolidation Ordinance GM/MS nº 2 of 2017 and it is compound by a set of procedures that aim to guarantee integral attention to travesti and transexual people’s health. This research investigates the inequality of access to this health policy, seeking to identify and relate its explanatory factors. Therefore, three analytic dimensions are structured: institutional, related to the policy’s design; operative, linked to its implementation; and relational, associated to the users’ social network. The objective of this project is to answer the following question of research: how does the association of relational aspects (of users), institucional (of design) and operative (of implementation) produce inequality in the access to the Transsexualizing Process? In order to answer the question, it was built a metodology that combined various methods and techniques of reseach, with analysis of social network being the main one. The data analyzed were obtained through bibliographical and documentary research, interview with eleven people, besides the application of an online form and sociometric questionnaire with 34 trans and travesti people. The primary data collection was realized between November of 2022 and January of 2023 and followed the ethical premise in research, as previously approved by Opinion nº 5.723.490 of Ethics Committee in Research of UFMG. The results of this study validate the hypotesis that the design of the policy builds barriers of access to the Transsexualizing Process on SUS; also validate the hypotesis that this barriers are reinforced during the implementation, however with less active participation of street-level bureaucrats, as it was expected; finally, validate too the hypotesis that certain socioeconomic and social network characteristics of users benefit them in accessing the policy, in view of the mapped barriers. None of the sub-hypotesis were fully validated. In conclusion, it is seen that there is a strong interaction among the three analyzed dimensions — complex and with overlapping — in the production of inequality in the access of Transsexualizing Process on SUS.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência PolíticaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessCiencia política - TesesTransexualidade - TesesSistema Único de Saúde (Brasil) - TesesPolíticas públicas - TesesAcesso aos serviços de saúde - TesesProcesso transexualizadorSUSPolítica públicaDesigualdade de acessoDesigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUSInequality of access to the transsexualizing process in SUSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDISSERTAÇÃO- DESIGUALDADE DE ACESSO AO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR NO SUS.pdfDISSERTAÇÃO- DESIGUALDADE DE ACESSO AO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR NO SUS.pdfapplication/pdf16476220https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58881/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O-%20DESIGUALDADE%20DE%20ACESSO%20AO%20PROCESSO%20TRANSEXUALIZADOR%20NO%20SUS.pdfeb3382e9796ffbe522dc84ccf8e6cf6fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58881/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58881/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/588812023-09-24 21:32:17.663oai:repositorio.ufmg.br:1843/58881TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-09-25T00:32:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Inequality of access to the transsexualizing process in SUS
title Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
spellingShingle Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
Luiz Fernando Prado de Miranda
Processo transexualizador
SUS
Política pública
Desigualdade de acesso
Ciencia política - Teses
Transexualidade - Teses
Sistema Único de Saúde (Brasil) - Teses
Políticas públicas - Teses
Acesso aos serviços de saúde - Teses
title_short Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
title_full Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
title_fullStr Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
title_full_unstemmed Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
title_sort Desigualdade de acesso ao processo transexualizador no SUS
author Luiz Fernando Prado de Miranda
author_facet Luiz Fernando Prado de Miranda
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv José Ângelo Machado
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9345341099863361
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Natália Guimarães Duarte Sátyro
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Roberto Rocha Coelho Pires
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0522026362010218
dc.contributor.author.fl_str_mv Luiz Fernando Prado de Miranda
contributor_str_mv José Ângelo Machado
Natália Guimarães Duarte Sátyro
Roberto Rocha Coelho Pires
dc.subject.por.fl_str_mv Processo transexualizador
SUS
Política pública
Desigualdade de acesso
topic Processo transexualizador
SUS
Política pública
Desigualdade de acesso
Ciencia política - Teses
Transexualidade - Teses
Sistema Único de Saúde (Brasil) - Teses
Políticas públicas - Teses
Acesso aos serviços de saúde - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ciencia política - Teses
Transexualidade - Teses
Sistema Único de Saúde (Brasil) - Teses
Políticas públicas - Teses
Acesso aos serviços de saúde - Teses
description O processo transexualizador é regulamentado no SUS pelo Anexo 1 do Anexo XXI da Portaria de Consolidação GM/MS nº 2 de 2017 e é composto por um conjunto de procedimentos com vistas a garantir a atenção integral à saúde das pessoas travestis e transexuais. A presente dissertação investiga a desigualdade de acesso a essa política de saúde, buscando identificar e relacionar seus fatores explicativos. Para tanto, são estruturadas três dimensões analíticas: institucional, relacionada ao desenho da política; operativa, ligada à sua implementação; e relacional, associada às redes sociais dos usuários. O objetivo deste trabalho é responder à seguinte pergunta de pesquisa: como a associação dos aspectos relacionais (dos usuários), institucionais (do desenho) e operativos (da implementação) produz desigualdade de acesso ao Processo Transexualizador no SUS? Para respondê-la, foi construída uma metodologia que combinou diversos métodos e técnicas de pesquisa, sendo a principal a análise de redes sociais. Os dados analisados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica e documental, entrevista com onze pessoas, além de aplicação de formulário online e questionário sociométrico com 34 pessoas trans e travestis. A coleta de dados primários foi realizada entre novembro de 2022 e janeiro de 2023 e seguiu as premissas de ética em pesquisa, conforme previamente aprovado pelo Parecer nº 5.723.490 do Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. Os resultados do trabalho validam a hipótese de que o desenho da política constrói barreiras de acesso ao Processo Transexualizador no SUS; validam, ainda, a hipótese de que essas barreiras são reforçadas durante a implementação, contudo com participação menos ativa dos burocratas do nível de rua em relação ao que se esperava; por fim, validam também a hipótese de que determinadas características socioeconômicas e de redes sociais dos usuários os beneficiam no acesso à política, frente às barreiras mapeadas. Nenhuma das sub-hipóteses foi integralmente validada. Conclui-se que há uma forte interação entre as três dimensões analisadas — complexa e com sobreposições — na produção de desigualdade de acesso ao Processo Transexualizador no SUS.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-09-25T00:32:17Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-09-25T00:32:17Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-05-16
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/58881
url http://hdl.handle.net/1843/58881
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58881/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O-%20DESIGUALDADE%20DE%20ACESSO%20AO%20PROCESSO%20TRANSEXUALIZADOR%20NO%20SUS.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58881/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58881/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv eb3382e9796ffbe522dc84ccf8e6cf6f
00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589214159241216