Formação interprofissional na graduação em saúde: revisão sistemática de estratégias educativas
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.3-20220030 http://hdl.handle.net/1843/64059 https://orcid.org/0000-0002-3749-2841 https://orcid.org/0000-0003-3758-7493 https://orcid.org/0000-0002-4477-5241 https://orcid.org/0000-0002-7518-898X |
Resumo: | Introdução: A educação interprofissional (EIP) procura desenvolver habilidades colaborativas dos profissionais de saúde para a melhoria do cuidado ao paciente. Objetivo: Essa revisão explora as estratégias educacionais não pontuais utilizadas na formação interprofissional, na graduação em saúde, identificando seus potenciais e suas fragilidades. Método: A busca incluiu artigos publicados nas bases de dados BVS (LILACS), Cochrane, CINAHL, Embase e MEDLINE. Definiu-se a questão de pesquisa pelo anagrama PICO: selecionaram-se estudos que incluíssem, pelo menos, dois cursos de graduação em saúde, sendo um deles de Medicina, e que relatassem estratégia educacional mínima de 15 horas e sua avaliação. Resumos publicados em congressos, opiniões, editoriais e revisões sistemáticas foram excluídos. Resultado: Avaliaram-se 28 estudos publicados entre 2005 e 2019, sendo 31% no último biênio. Prevaleceram a simulação (36%) ou o uso de métodos combinados (29%) na avaliação de atitudes dos alunos, a compreensão dos papéis dos profissionais de saúde, o trabalho em equipe, a comunicação e o conhecimento em resposta à intervenções de EIP. Predominaram estudos nos domínios: papéis e responsabilidades (75%) e trabalho em equipe (64%). A abordagem de valores e ética (32%) e de comunicação (28%) foi menos frequente. Dos artigos, 18 (64%) apresentavam dois ou mais objetivos e seis (18%) buscavam estudar, em conjunto, os quatro domínios da EIP. Entre as intervenções utilizadas como estratégias de ensino, 36% (dez estudos) eram de simulação; 29% (oito), métodos combinados; 18% (cinco), prática clínica (trabalho colaborativo em unidades ambulatoriais ou enfermarias); 14% (quatro), observação direta (shadowing); 11%, aprendizagem baseada em problemas; e dois, aprendizado on-line (e-learning) e workshop. A qualidade geral dos estudos incluídos foi baixa, atendendo de dois a cinco dos seis critérios de qualidade. O cegamento do avaliador não foi citado em 25 publicações. O trabalho colaborativo em cenários reais é descrito como o mais eficiente. Conclusão: A EIP vem sendo incorporada ao processo de formação na saúde, e múltiplas estratégias focadas em resultados e baseadas em competências otimizam a construção de relações efetivas e o desenvolvimento de habilidades para a prática colaborativa. A fragilidade dos artigos aponta que a EIP de estudantes ainda constitui grande desafio para as instituições formadoras. |
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Resumos publicados em congressos, opiniões, editoriais e revisões sistemáticas foram excluídos. Resultado: Avaliaram-se 28 estudos publicados entre 2005 e 2019, sendo 31% no último biênio. Prevaleceram a simulação (36%) ou o uso de métodos combinados (29%) na avaliação de atitudes dos alunos, a compreensão dos papéis dos profissionais de saúde, o trabalho em equipe, a comunicação e o conhecimento em resposta à intervenções de EIP. Predominaram estudos nos domínios: papéis e responsabilidades (75%) e trabalho em equipe (64%). A abordagem de valores e ética (32%) e de comunicação (28%) foi menos frequente. Dos artigos, 18 (64%) apresentavam dois ou mais objetivos e seis (18%) buscavam estudar, em conjunto, os quatro domínios da EIP. Entre as intervenções utilizadas como estratégias de ensino, 36% (dez estudos) eram de simulação; 29% (oito), métodos combinados; 18% (cinco), prática clínica (trabalho colaborativo em unidades ambulatoriais ou enfermarias); 14% (quatro), observação direta (shadowing); 11%, aprendizagem baseada em problemas; e dois, aprendizado on-line (e-learning) e workshop. A qualidade geral dos estudos incluídos foi baixa, atendendo de dois a cinco dos seis critérios de qualidade. O cegamento do avaliador não foi citado em 25 publicações. O trabalho colaborativo em cenários reais é descrito como o mais eficiente. Conclusão: A EIP vem sendo incorporada ao processo de formação na saúde, e múltiplas estratégias focadas em resultados e baseadas em competências otimizam a construção de relações efetivas e o desenvolvimento de habilidades para a prática colaborativa. A fragilidade dos artigos aponta que a EIP de estudantes ainda constitui grande desafio para as instituições formadoras.Introduction: Interprofessional Education (IPE) seeks to develop collaborative practice among health professionals to improve patient care. Objective: This systematic review exploits the non-punctual IPE strategies in undergraduate health courses, identifying their potential and weaknesses. Method: The search included articles published in the LILACS, COCHRANE, CINAHL, EMBASE and MEDLINE. The research question was defined by the PICO anagram: studies were selected that included at least two undergraduate health courses, one of them in Medicine, and that reported a minimum educational strategy of 15 hours and its review. Abstracts published in congresses, opinions, editorials, and systematic reviews were excluded. Results: There have been 28 reviewed studies published between 2005-2019, 31% of which have been in the last two years. The dominant themes were simulation (36%) or the use of combined methods (29%) in the assessment of student attitudes, understanding of health professionals’ roles, teamwork, communication, and knowledge in response to IPE interventions. Studies in the Domains - Roles and responsibilities (75%) and teamwork (64%) predominated. The approach to values and ethics (32%); communication (28%) was less frequent. 18 articles (64%) had two or more objectives and six articles (18%) sought to study the four domains of IPE together. Among the interventions used as teaching strategies, 36% (10 studies) were simulation, 29% (8 studies) combined methods, 18% (5 studies) clinical practice (collaborative work in outpatient units or wards), 14% (4 studies) direct observation (shadowing), 11% problem-based learning, and 2 online learning studies (e-learning) and workshops. The overall quality of the included studies was low, meeting two to five of the six quality criteria. Blind peer reviewing was not cited in 25 publications. Collaborative work in real settings is described as the most efficient. Conclusion: IPE has been incorporated in the process of healthcare training and multiple results-based competence optimizes effective relationship development and the abilities needed in the collaborative practice. The fragility of the articles indicates that the interprofessional education of students is still a great challenge for educational institutions.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilEEF - DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIAENF - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO INFANTIL E SAÚDE PÚBLICAMED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICAMED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIALRevista brasileira de educação médicaEducação interprofissionalEnsino-aprendizagemSaude - formação profissionalCurrículoEnsinoRelações interprofissionaisEducação interprofissionalEstratégias de ensino-aprendizagemGraduação em saúdeFormação em saúdeCurrículoEnsinoRelações interprofissionaisFormação interprofissional na graduação em saúde: revisão sistemática de estratégias educativasInterprofessional education in undergraduate health courses: systematic reviewinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://www.scielo.br/j/rbem/a/WXT8mJJ76DzcnzbBzWcJQKv/abstract/?lang=pt#Fabiana Goulart Rabelo IsidoroMaria da Conceição Juste Werneck CôrtesFabiane Ribeiro FerreiraAlexandra Dias MoreiraEliane Dias Gontijoapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; 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