Caracterização do desenvolvimento e funcionalidade das crianças expostas ao vírus Zika no período pré-natal no município de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Luísa Pereira Cardoso de Rezende
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49374
Resumo: Introdução: Durante a epidemia de infecção pelo vírus zika (ZIKV) ocorrida no Brasil entre 2015 e 2018, foi estabelecida a associação entre a infecção de gestantes e o nascimento de crianças apresentando microcefalia e um espectro de malformações congênitas, denominado síndrome congênita do vírus zika (SCZ). As repercussões a longo prazo da exposição pré-natal ao ZIKV em crianças com SCZ, bem como entre aquelas sem alterações do desenvolvimento nos primeiros meses de vida, ainda não são totalmente compreendidas. No município de Belo Horizonte, a dimensão das alterações no desenvolvimento e limitações funcionais entre as crianças expostas ao ZIKV no período pré-natal não são conhecidas. A caracterização das repercussões da exposição pré-natal ao ZIKV no desenvolvimento e funcionalidade das crianças pode contribuir para a compreensão de suas consequências precoces e tardias e direcionar políticas públicas. Objetivo: Caracterizar o desenvolvimento e a funcionalidade das crianças expostas ao ZIKV no período pré-natal no município de Belo Horizonte. Metodologia: Trata-se de coorte retrospectiva das crianças expostas ao ZIKV no período pré-natal no município de Belo Horizonte, nos anos de 2016 a 2018, acompanhadas na rede municipal do Sistema Único de Saúde. Foi realizada busca de dados e informações referentes às características da gestação e periparto, além de dados clínicos e informações relativas ao desenvolvimento das crianças. A busca foi realizada por meio de consulta aos respectivos prontuários eletrônicos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Resultados e discussão: Entre as 158 crianças, 87% (138/158) apresentou desenvolvimento típico, e 13% (20/158), desenvolvimento atípico, sendo 10% (15/158) com desenvolvimento assim identificado no primeiro ano de vida - incluindo 6 crianças com SCZ - e 3% (5/158), após essa idade. Entre as crianças com desenvolvimento atípico identificado no primeiro ano de vida ,40% (6/15) foram expostas ao ZIKV no primeiro trimestre de gestação, e 33% (5/15), no segundo trimestre. Houve maior frequência de SCZ entre as crianças expostas ao vírus no primeiro trimestre de gestação, com diferença estatística significante (p=0,0012). As alterações congênitas foram identificadas em 18% da amostra, com maior frequência de malformações de SNC e totalidade dos casos de microcefalia entre as crianças com desenvolvimento atípico identificado no primeiro ano de vida. As crianças cujo desenvolvimento foi identificado como atípico no primeiro ano de vida apresentaram alterações no desenvolvimento mais severas e com limitações funcionais mais incapacitantes. As crianças cujo desenvolvimento foi considerado típico nos primeiros meses de vida e que apresentaram características de desenvolvimento atípico após esse período, apresentaram alterações do desenvolvimento mais brandas, com menor ou nenhum impacto funcional e ocorrendo, em alguns casos, de forma transitória. Conclusão: O maior impacto na funcionalidade das crianças expostas ao ZIKV em Belo Horizonte ocorreu entre aquelas com alterações no desenvolvimento identificadas no primeiro ano de vida, com maior concentração das crianças mais comprometidas entre aquelas expostas ao vírus no primeiro trimestre de gestação. Estudos envolvendo avaliações presenciais com instrumentos de avaliação padronizados são recomendados para se estimar de forma mais precisa as alterações tardias do desenvolvimento e funcionalidade entre as crianças assintomáticas no primeiro ano de vida. Palavras-chave: vírus Zika, Síndrome Congênita de Zika, Microcefalia, Desenvolvimento infantil, Reabilitação.
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A caracterização das repercussões da exposição pré-natal ao ZIKV no desenvolvimento e funcionalidade das crianças pode contribuir para a compreensão de suas consequências precoces e tardias e direcionar políticas públicas. Objetivo: Caracterizar o desenvolvimento e a funcionalidade das crianças expostas ao ZIKV no período pré-natal no município de Belo Horizonte. Metodologia: Trata-se de coorte retrospectiva das crianças expostas ao ZIKV no período pré-natal no município de Belo Horizonte, nos anos de 2016 a 2018, acompanhadas na rede municipal do Sistema Único de Saúde. Foi realizada busca de dados e informações referentes às características da gestação e periparto, além de dados clínicos e informações relativas ao desenvolvimento das crianças. A busca foi realizada por meio de consulta aos respectivos prontuários eletrônicos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Resultados e discussão: Entre as 158 crianças, 87% (138/158) apresentou desenvolvimento típico, e 13% (20/158), desenvolvimento atípico, sendo 10% (15/158) com desenvolvimento assim identificado no primeiro ano de vida - incluindo 6 crianças com SCZ - e 3% (5/158), após essa idade. Entre as crianças com desenvolvimento atípico identificado no primeiro ano de vida ,40% (6/15) foram expostas ao ZIKV no primeiro trimestre de gestação, e 33% (5/15), no segundo trimestre. Houve maior frequência de SCZ entre as crianças expostas ao vírus no primeiro trimestre de gestação, com diferença estatística significante (p=0,0012). As alterações congênitas foram identificadas em 18% da amostra, com maior frequência de malformações de SNC e totalidade dos casos de microcefalia entre as crianças com desenvolvimento atípico identificado no primeiro ano de vida. As crianças cujo desenvolvimento foi identificado como atípico no primeiro ano de vida apresentaram alterações no desenvolvimento mais severas e com limitações funcionais mais incapacitantes. As crianças cujo desenvolvimento foi considerado típico nos primeiros meses de vida e que apresentaram características de desenvolvimento atípico após esse período, apresentaram alterações do desenvolvimento mais brandas, com menor ou nenhum impacto funcional e ocorrendo, em alguns casos, de forma transitória. Conclusão: O maior impacto na funcionalidade das crianças expostas ao ZIKV em Belo Horizonte ocorreu entre aquelas com alterações no desenvolvimento identificadas no primeiro ano de vida, com maior concentração das crianças mais comprometidas entre aquelas expostas ao vírus no primeiro trimestre de gestação. Estudos envolvendo avaliações presenciais com instrumentos de avaliação padronizados são recomendados para se estimar de forma mais precisa as alterações tardias do desenvolvimento e funcionalidade entre as crianças assintomáticas no primeiro ano de vida. Palavras-chave: vírus Zika, Síndrome Congênita de Zika, Microcefalia, Desenvolvimento infantil, Reabilitação.Introduction: During the epidemic of infection by the zika virus (ZIKV) that took place in Brazil from 2015 to 2018, an association was established between the infection of pregnant women and the birth of children presenting microcephaly and a spectrum of congenital malformations, called Congenital Zika Virus Syndrome (CZS). The long-term repercussions of prenatal exposure to ZIKV in children with CZS, as well as among those without developmental changes in the first months of life is not yet fully understood. In the city of Belo Horizonte, the dimension of changes in development and functional limitations among children with prenatal exposure to the virus are unknown. Characterizing the repercussions of prenatal exposure to ZIKV on the development and functionality of children can contribute to the understanding of its early and late consequences and help to direct public policies. Objective: To characterize the global development and functionality of children exposed to ZIKV in the prenatal period in the city of Belo Horizonte. Methodology: This is a retrospective cohort study of children residing in Belo Horizonte, in Minas Gerais state, Brazil, who were exposed to ZIKV in the prenatal period during 2016 to 2018 and were monitored by the municipal network of the Unified Health System (SUS). Information regarding the characteristics of pregnancy and peripartum, as well as clinical data and information regarding the children’s development were obtained from the electronic medical record of the Belo Horizonte City Hall Results and discussion: Among the 158 children, 87% (138/158) presented typical development, and 13% (20/158), atypical development; 10% (15/158) with developmental changes identified in the first year of life, including 6 children with CZS, and 3% (5/158) after the first year. Among children with atypical development identified in the first year of life, 40% (6/15) were exposed to ZIKV in the first trimester of pregnancy, and 33% (5/15) in the second trimester. There was a higher frequency of SCZ among children exposed to the virus in the first trimester of pregnancy, with a statistically significant difference (p=0,0012). Congenital impairments were identified in 18% of the sample, with a higher frequency of CNS malformations and all cases of microcephaly among children with atypical development identified in the first year of life. Children whose development was identified as atypical in the first year of life had more severe developmental changes and more disabling functional limitations. Children whose development was considered typical in the first months of life and who presented characteristics of atypical development after this period, showed milder developmental changes, which happened, in some cases, in a transient way and with less or no functional impact. Conclusion: The greatest impact on the functionality of children exposed to ZIKV in Belo Horizonte occurred among those with developmental changes identified in the first year of life, with a greater concentration of the most compromised children among those exposed to the virus in the first trimester of pregnancy. Studies involving face-to-face assessments with standardized assessment instruments are recommended to a more accurately estimate of late changes in development and functionality among asymptomatic children in the first year of life.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina TropicalUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessZika virusInfecção por Zika virusMicrocefaliaReabilitaçãoDesenvolvimento Infantilvírus ZikaSíndrome congênita de ZikaMicrocefaliaDesenvolvimento infantilReabilitaçãoCaracterização do desenvolvimento e funcionalidade das crianças expostas ao vírus Zika no período pré-natal no município de Belo HorizonteCharacterization of the development and functionality of children exposed to the Zika virus in the prenatal period in the municipality of Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49374/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49374/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD53ORIGINALDISSERTAÇÃO MESTRADO ANA LUISA VERSÃO FINAL.pdfDISSERTAÇÃO MESTRADO ANA LUISA VERSÃO FINAL.pdfapplication/pdf1209882https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49374/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20MESTRADO%20ANA%20LUISA%20VERS%c3%83O%20FINAL.pdf9ea8d13b00e457378ef1303edeb2f591MD511843/493742023-02-01 12:34:10.466oai:repositorio.ufmg.br:1843/49374TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-01T15:34:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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