Comparação histomorfométrica da biomineralização dentinária de compósitos cimentantes in vivo

• Autor(a) principal: Caio César Borges de Oliveira
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/64010; https://orcid.org/0000-0002-7039-0556
• topic: Teste de materiais; Materiais biocompatíveis; Durapatita; Óxido de zinco; Quitosana; Doxiciclina; Teste de materiais; Durapatita.; Óxido de zinco.; Quitosana.; Doxiciclina

Os biomateriais desempenham um papel essencial na restauração da estrutura dentária que necessita de intervenção, no entanto, os materiais disponíveis ainda apresentam limitações no que tange à biomineralização. Compósitos que unem materiais orgânicos e inorgânicos tem como objetivo aumentar as propriedades mecânicas da matriz polimérica, unindo propriedades a fim de reduzir as desvantagens associadas a cada um dos componentes individuais, bem como melhorar a resposta biológica ao material. O presente estudo avaliou a biomineralização dentinária induzida por compósitos experimentais composto de Nano-Hidroxiapatita (HAp), Quitosana e Óxido de Zinco (ZnO), com e sem a adição de Doxiciclina, comparados ao efeito do Hidróxido de Cálcio (Ca(OH)2) e Ionômero de Vidro. A HAp e ZnO foram sintetizados e caracterizados fisico-quimicamente. Para a análise in vivo, foram utilizados 66 primeiros molares superiores de ratos da linhagem Wistar, machos, com 6 semanas de idade, os quais foram alocados aleatoriamente em 8 diferentes grupos, divididos em 2 tempos diferentes de acordo com a eutanásia (14 e 30 dias) para teste de estímulo pulpar. Após a eutanásia, os animais tiveram a maxila processada histologicamente. As lâminas foram analisadas através de microscopia óptica para avaliar a formação de dentina e presença de inflamação. A análise histomorfométrica foi realizada com auxílio dos Softwares Image J e Adobe Photoshop CC 2018 nas lâminas dos grupos com 30 dias, para medição do diâmetro e profundidade da exposição, áreas do material, de mineralização, da dentina reacional e da área não mineralizada, foram também calculados com estes dados o percentual de mineralização e de formação de dentina reacional. Os dados foram avaliados estatisticamente através dos testes Kruskal-Wallis e Steel-Dwass. Os resultados demonstraram uma redução da inflamação estatisticamente significativa para o grupo que recebeu tratamento com o Compósito com Doxiciclina e também deposição de matriz mineralizada em diferentes graus, fechamento progressivo da câmara pulpar por deposição de dentina terciária organizada em todos os grupos analisados. Os percentuais de mineralização dos compósitos com e sem a adição de Doxiciclina foi de 64,85% e 57,34%, respectivamente, em comparação a 43,36% do Ca(OH)2. Foi possível concluir que os compósitos cimentantes conseguiram induzir áreas de mineralização significativamente maiores do que o Ca(OH)2 sendo não somente imediato à exposição, mas também distante da mesma, com formação de tecido dentinóide sugerindo que a sua utilização pode ser benéfica em algumas patologias e/ou traumas dentários.