Ciclo de vida domiciliar, ciclo de vida do lote e dinâmica da cobertura do solo em Machadinho, Amazônia Brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vanessa Cardoso Ferreira
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Gilvan Ramalho Guedes, Alisson Flávio Barbieri
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53973
https://orcid.org/0000-0001-8231-238X
https://orcid.org/0000-0002-1133-1089
Resumo: O campo teórico sobre demografia e meio ambiente cresceu muito nos últimos anos, sobretudo em decorrência do aumento dos problemas relacionados ao meio ambiente em todo o planeta. A ação humana cada vez mais é vista como responsável pela geração de diversos tipos de degradação ambiental, como desertificação, desmatamento, poluição de solos, água e atmosfera, ocupação de áreas que deveriam ser preservadas, entre outros. A Amazônia tem sido foco recorrente desse debate, uma vez que cada vez mais esse bioma vem sendo ameaçado pela ação antrópica. A floresta Amzônica é responsavel pelo equilibrio planetário, e mexer com esse equilíbrio pode gerar uma série de consequencias ambientais em escala global.Uma consequência do modelo de ocupação de Machadinho D’Oeste foi o aumento do desmatamento da região. Somente entre 1987 e 1995 observou-se que as taxas médias de desmatamento nas regiões rurais de Machadinho D’Oeste passaram de 14,28% para 43,56% da área total. A contribuição mais expressiva desse trabalho foi utilizar os arcabouços teóricos dos estágios da fronteira, do ciclo de vida domiciliar, do ciclo no lote e o modelo do ciclo de vida modificado (proposto por Guedes, 2010) para melhor compreender o contexto de desmatamento em Machadinho D’Oeste, em decorrência da agricultura familiar estabelecida na região, e em dois estágios diferentes da fronteira. Nenhuma outra região amazônica foi acompanhada desde o início do seu projeto de colonização. Outra particularidade desse trabalho foi o uso de uma metodologia recente, as regressões Beta (com a correção por fração e pelas Regressões Beta Zero Inflado). Isso apresenta um avanço, pois embora essa metodologia já tenha se mostrado como a mais interessante para realizar análises em proporção, ela ainda é pouco utilizada nas áreas de estudos de população e ambiente. Os resultados encontrados dos marcadores de ciclo de vida, ciclo do lote e integração com os mercados com relação ao aumento da proporção da área desmatada foram condizentes com achados anteriores na literatura. Os resultados preditos neste estudo para idade do chefe e tempo de residência no lote mostram resultados interessantes, em que os padrões de desmatamento aumentam de forma não-linear com o ciclo de vida domiciliar, aumentando sua intensidade no período de consolidação do lote (famílias nucleares e filhos jovens), revertendo a tendência de desmatamento quando os domicílios envelhecem. Ao mesmo tempo, o efeito não-linear do tempo de residência no lote sobre desmatamento sugere que os anos iniciais são predominantemente anos de experimentação com a terra, como advogados por Van Wey et al. (2007) e Guedes (2010). Esse efeito tende a se arrefecer a partir de aproximadamente 10 anos que os domicílios permanecem no lote, aprendendo a adaptar seus lotes a sistemas de uso do solo mais intensivos e sustentáveis.
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Outra particularidade desse trabalho foi o uso de uma metodologia recente, as regressões Beta (com a correção por fração e pelas Regressões Beta Zero Inflado). Isso apresenta um avanço, pois embora essa metodologia já tenha se mostrado como a mais interessante para realizar análises em proporção, ela ainda é pouco utilizada nas áreas de estudos de população e ambiente. Os resultados encontrados dos marcadores de ciclo de vida, ciclo do lote e integração com os mercados com relação ao aumento da proporção da área desmatada foram condizentes com achados anteriores na literatura. Os resultados preditos neste estudo para idade do chefe e tempo de residência no lote mostram resultados interessantes, em que os padrões de desmatamento aumentam de forma não-linear com o ciclo de vida domiciliar, aumentando sua intensidade no período de consolidação do lote (famílias nucleares e filhos jovens), revertendo a tendência de desmatamento quando os domicílios envelhecem. 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Esse efeito tende a se arrefecer a partir de aproximadamente 10 anos que os domicílios permanecem no lote, aprendendo a adaptar seus lotes a sistemas de uso do solo mais intensivos e sustentáveis.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE DEMOGRAFIAADEP - Associação brasileira de estudos populacionaisDesmatamento - AmazôniaAmazônia - FronteirasAreas subdesenvolvidas - Ciclos economicos - Estudo de casosAmazônia BrasileiraFronteiraCiclo de Vida DomiciliarCiclo de Vida do LoteDesmatamentoCiclo de vida domiciliar, ciclo de vida do lote e dinâmica da cobertura do solo em Machadinho, Amazônia Brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/anais/article/view/2638Vanessa Cardoso FerreiraGilvan Ramalho GuedesAlisson Flávio Barbieriinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53973/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALCICLO DE VIDA DOMICILIAR, CICLO DE VIDA DO LOTE E DINÂMICA DA COBERTURA DO SOLO EM MACHADINHO, AMAZÔNIA BRASILEIRA.pdfCICLO DE VIDA DOMICILIAR, CICLO DE VIDA DO LOTE E DINÂMICA DA COBERTURA DO SOLO EM MACHADINHO, AMAZÔNIA BRASILEIRA.pdfapplication/pdf287994https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53973/2/CICLO%20DE%20VIDA%20DOMICILIAR%2c%20CICLO%20DE%20VIDA%20DO%20LOTE%20E%20DIN%c3%82MICA%20DA%20COBERTURA%20DO%20SOLO%20EM%20MACHADINHO%2c%20AMAZ%c3%94NIA%20BRASILEIRA.pdf3861188fb31c0f47f79f52c41641442fMD521843/539732023-05-25 17:23:31.352oai:repositorio.ufmg.br:1843/53973TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-25T20:23:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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