Saber social e desenvolvimento de software: avaliação crítica do modelo da fábrica de software
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ICFC-7FWPJL |
Resumo: | A presente dissertação discorre sobre os problemas decorrentes da utilização de uma estrutura organizacional, adotada pela empresa analisada, denominada "fábrica de software", na qual utilizam-se métodos supostamente universais de engenharia, seguindo os modelos da organização industrial, numa tentativa de solucionarproblemas da produtividade e melhorar a qualidade de seus produtos. No entanto, tais métodos tendem mais a resultados ineficientes do que a pretendida melhoria de qualidade. A utilização de regras e modelos formais da Engenharia de Software amputa a dimensão imaginativa e social do profissional em informática, o que de nota um profundo desconhecimento acerca de como os analistas adquirem o saber dasnecessidades reais do usuário, especialmente no que diz respeito ao saber que envolve o processo criativo. Tendo como base o estudo empírico, realizado sob uma abordagem metodológica da análise ergonômica do trabalho, junto aos técnicos em informática de uma empresa prestadora de serviços públicos, aponta-se aqui a importância da socialização entre os agentes envolvidos, bem como toda a capacidade imaginativa dos técnicos em informática, fundamentais na construção de um software de qualidade. O resultado do estudo demonstrou que a divisão de papéis adotada pelo modelo Fábrica de Software, aliada à terceirização do desenvolvimento de software, onde os desenvolvedores distam geograficamente da empresa analisada, apenas agravou os problemas já encontrados no modelo anteriormente utilizado. A separação física entre os desenvolvedores e o analista de negócio, bem como o isolamento destes do contexto da empresa, não permitiram que os desenvolvedores adquirissem o saber necessáriopara desenvolver um produto que atendesse as necessidades reais dos usuários. |
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Francisco de Paula Antunes LimaAna Valeria Carneiro DiasCristina de Castro FradeLeandra Leal2019-08-13T08:23:01Z2019-08-13T08:23:01Z2008-03-27http://hdl.handle.net/1843/ICFC-7FWPJLA presente dissertação discorre sobre os problemas decorrentes da utilização de uma estrutura organizacional, adotada pela empresa analisada, denominada "fábrica de software", na qual utilizam-se métodos supostamente universais de engenharia, seguindo os modelos da organização industrial, numa tentativa de solucionarproblemas da produtividade e melhorar a qualidade de seus produtos. No entanto, tais métodos tendem mais a resultados ineficientes do que a pretendida melhoria de qualidade. A utilização de regras e modelos formais da Engenharia de Software amputa a dimensão imaginativa e social do profissional em informática, o que de nota um profundo desconhecimento acerca de como os analistas adquirem o saber dasnecessidades reais do usuário, especialmente no que diz respeito ao saber que envolve o processo criativo. Tendo como base o estudo empírico, realizado sob uma abordagem metodológica da análise ergonômica do trabalho, junto aos técnicos em informática de uma empresa prestadora de serviços públicos, aponta-se aqui a importância da socialização entre os agentes envolvidos, bem como toda a capacidade imaginativa dos técnicos em informática, fundamentais na construção de um software de qualidade. O resultado do estudo demonstrou que a divisão de papéis adotada pelo modelo Fábrica de Software, aliada à terceirização do desenvolvimento de software, onde os desenvolvedores distam geograficamente da empresa analisada, apenas agravou os problemas já encontrados no modelo anteriormente utilizado. A separação física entre os desenvolvedores e o analista de negócio, bem como o isolamento destes do contexto da empresa, não permitiram que os desenvolvedores adquirissem o saber necessáriopara desenvolver um produto que atendesse as necessidades reais dos usuários.This paper address the problems of the organizational structure named "software factory" adopted by the company under analysis. This model utilizes alleged universal engineering methods, according to the fundamentals of industrial manufacturing, aiming to eliminate productivity issues and improve product quality. However, such methods have shown a trend of ineffective results rather than the expected quality improvement.The utilization of formal Software Engineering regulations and models "mutilates" the social and creative dimension of the information technology personnel and indicates a profound lack of knowledge regarding the means used by the analyst in the identification of user requirements, mainly those related to the innovative process. The empirical study based on the ergonomic analysis of the work performed by information technology analysts of a public services company demonstrates the importance of socialization in the work environment and the utilization of creative capacity in the development of higher quality software. The study has also disclosed that the reassignment of roles dictated by the "Software Factory" structure coupled with the outsourcing of software development has further aggravated the problems of the model previously utilized. The transfer of this activity to a remote location has generated difficulties regarding the relationship with business analysts and the integration with company operations. Under these conditions, the programmers have not been able to acquire the required knowledge for the development of products that meet user requirements.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEngenharia de produçãoSocializaçãoDesenvolvimento de softwareFábrica de softwareSaberSaber social e desenvolvimento de software: avaliação crítica do modelo da fábrica de softwareinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdiss189.pdfapplication/pdf786962https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICFC-7FWPJL/1/diss189.pdfd1554351b340810e533966aec2cd7ccfMD51leandra_leal.pdfapplication/pdf786962https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICFC-7FWPJL/2/leandra_leal.pdfd1554351b340810e533966aec2cd7ccfMD52TEXTdiss189.pdf.txtdiss189.pdf.txtExtracted texttext/plain236921https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICFC-7FWPJL/3/diss189.pdf.txt1d7a629dced2fce2c41bdd0d3d74f325MD53leandra_leal.pdf.txtleandra_leal.pdf.txtExtracted texttext/plain236921https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICFC-7FWPJL/4/leandra_leal.pdf.txt1d7a629dced2fce2c41bdd0d3d74f325MD541843/ICFC-7FWPJL2019-11-14 22:09:53.694oai:repositorio.ufmg.br:1843/ICFC-7FWPJLRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:09:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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