A relação entre o Programa de Saúde da Família e o Programa Academia da Cidade de Belo Horizonte

• Autor(a) principal: Bruno Hudson Coutinho
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B59JTR
• topic: Atividade Física; PAC; PROTOCOLO de Risco Coronariano; Sedentarismo; Fluxo de encaminhamento; Promoção da Saúde; Exercício; Prevenção de Doenças; Academias de ginástica; Medição de Risco; Medicina; Estilo de vida sendentário

Introdução: As Academias da Cidade são uma importante ferramenta de apoio no Programa Saúde da Família do SUS. Por meio das atividades físicas pode-se combater o sedentarismo, a obesidade, as doenças crônicodegenerativas, proporcionando aos usuários, a redução da gordura corporal, a redução dos níveis de colesterol e triglicérides e a melhoria da eficiência do sistema cardiovascular. O objetivo desta pesquisa foi estudar a relação entre as UBS e as Academias da Cidade referente ao encaminhamento e ao fluxo de usuários, das primeiras para a segunda. Metodologia: O estudo se caracteriza como quantitativo, por meio de entrevistas semiestruturadas, autoaplicáveis, com profissionais de 45 Unidades Básicas de Saúde do Programa de Saúde da Família de Belo Horizonte. Para armazenar os dados foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences da IBM (SPSS-Softer). Foram realizadas análise descritiva com distribuição de frequência, análise bivariada e Regressão Logística. Resultados: Foram realizadas 1042 entrevistas, sendo que 61,0% dos servidores de saúde disseram encaminhar usuários para a prática de atividades físicas. 17,56% disseram não encaminhar e 21,4 % nada responderam. Com relação a existência de um fluxo de encaminhamento para o PAC, 53,7% responderam conhecer o fluxo e 40,1 % responderam que não e 6,1% nada informaram. Sobre a disponibilidade de um instrumento para avaliar a o risco coronariano para a prática de atividades físicas, tipo de instrumento e seu uso, foram consideradas as respostas apenas dos profissionais médicos (n=69). 27,5% responderam que dispõem de instrumentos. 69,6% não dispõem de instrumentos para avaliar. Sobre as dificuldades para o encaminhamento ao PAC, a condição de saúde, o desinteresse, a condição física e a desinformação foram os principais fatores relatados pelos servidores. Para o fortalecimento da relação UBS x PAC foram citadas, a sensibilização dos usuários, o feed back sobre o encaminhamento, a capacitação e o esclarecimento junto as ES sobre o Programa e a discussão mensal sobre a PS nas reuniões do NASF. O primeiro modelo de regressão logística mostrou que a função ocupada aumenta a chance de o profissional de saúde indicar o PAC ao usuário e sua opinião de que o usuário é desinformado diminui. O segundo modelo final de regressão logística mostrou que função ocupada; oportunidade em contribuir; satisfação com o trabalho e sentir-se no limite aumentam a chance de conhecimento dos fluxo de encaminhamento ao PAC. Conclusões: O estudo mostra que a relação entre o Programa de Saúde da Família e o Programa de Academia das Cidades ainda apresenta lacunas e precisa avançar para garantir as possibilidades que abre, em termos de promoção de saúde; mostra também que a satisfação com o trabalho, o processo de trabalho e a função ocupada desempenham importante papel nessa relação.