Simulações dos efeitos de mudança nos diferenciais de mortalidade e fecundidade sobre variáveis socioeconômicas no Brasil de 1970 a 2008

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedro Schettini Cunha
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-96NGZL
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos de mudanças na mortalidade e na fecundidade por status socioeconômico (SSE), sobre a composição populacional e, consequentemente, sobre indicadores de renda, ocupação, escolaridade e desigualdade. Para tal, é realizado um exercício contrafactual de simulação da composição da população brasileira de chefes de domicílio em 2008, assumindo distintos cenários de mortalidade e fecundidade. A simulação foi feita modificando-se o peso de cada pessoa observada na população, alterando, como consequência, a composição da população simulada. Para obtenção dos novos pesos foramutilizadas estimativas de fecundidade e mortalidade por grupo de SSE obtidas por métodos indiretos (Mortalidade Infantil de Brass e P/F de Brass) a partir dos censos brasileiros de 1970, 1980, 2000 e 2010. Os dados foram simulados sobre a base de chefes de domicílio da Pesquisa Dimensões Sociais da Desigualdade de 2008 (IESP UERJ) e os grupos de SSE foram definidos a partir da escolaridade da mãe do respondente, região e status rural-urbano do domicílio de nascimento. Os resultados apontaram que são pouco significativos os impactos dos diferenciais de mortalidade e de fecundidade sobre as variáveis socioeconômicas analisadas. No entanto, escolaridade, ocupação e renda de cada coorte tendem a diminuir quando os níveis de mortalidade diminuem com manutenção dos mesmos diferenciais, enquanto tendem a aumentar com a redução do diferencial de fecundidade apesar da queda dos níveis. A metodologia não se mostrou adequada para verificar os efeitos sobre desigualdade de renda.
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