Libertinos, tolerância religiosa e inquisição sob o reformismo ilustrado luso-brasileiro: formulações, difusão e representações (1756- 1807)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Igor Tadeu Camilo Rocha
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9UZQN4
Resumo: Este trabalho procurou investigar a formulação, ideias e representações a respeito da tolerância religiosa sob o Reformismo Ilustrado no mundo luso brasileiro, tendo como hipótese geral de que as reformas institucionais tocantes à Inquisição, Igreja e clero regular e secular criaram, ainda que de forma indireta, condições para que uma defesa da tolerância religiosa fosse difundida mais amplamente. A investigação, em um primeiro momento, partiu de uma discussão historiográfica sobre o tema da tolerância religiosa, entre seu surgimento no limiar da Idade Moderna até o contexto da Ilustração. O objetivo foi o de pensá-lo como objeto de reflexão histórica e de disputas entre distintas interpretações, além de se apresentar possíveis particularidades sobre seu estudo no contexto luso-brasileiro. Concentrando-se entre a segunda metade do século XVIII e primeira década do XIX, esta dissertação se centrou na análise da defesa da tolerância religiosa contida nas falas dos libertinos que caíram nas malhas da Inquisição portuguesa, dentro de um contexto de amplas mudanças institucionais em Portugal e suas colônias. Tendo como pressuposto de que a tolerância religiosa foi uma matéria heterodoxa dentro de uma realidade marcada pelo projeto de unidade entre o trono e altar, foram analisadas fontes inquisitoriais a fim de discutir em que medida as proposições em defesa da tolerância religiosa, nesse contexto, são formuladas e difundidas pelos chamados libertinos, Nas proposições, muitas vezes, notam se aproximações entre concepções religiosas que remetem a uma religiosidade popular com outras concepções de tolerância de origem iluminista.
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