Potencial Evocado Miogênico Vestibular (VEMP) galvânico para avaliar a evolução da mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Júlia Fonseca de Morais Caporali
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49765
Resumo: Introdução: O potencial evocado miogênico vestibular gerado por estimulação galvânica (VEMP galvânico) é um exame eletroneurofisiológico que avalia os tratos vestibuloespinhal e reticuloespinhal, que são tratos motores relacionados ao equilíbrio postural. O VEMP galvânico é um método seguro, não invasivo e de fácil realização que tem sido recentemente estudado para o diagnóstico precoce, prognóstico e monitorização da mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM). Objetivo: Investigar a concordância e a confiabilidade intra-examinador (repetibilidade) e inter-examinador do VEMP galvânico e avaliar o uso desse exame na evolução da HAM. Metodologia: A etapa de avaliação de concordância e confiabilidade consistiu na análise do exame de 96 indivíduos, sendo 45 controles não infectados e 51 infectados pelo HTLV-1, dos quais 27 eram assintomáticos e 24 apresentavam diagnóstico de HAM. A segunda etapa consistiu no acompanhamento através do VEMP galvânico e pelas escalas de status clínico neurológico EDSS (Escala de Incapacidade Funcional Expandida) e OMDS (Escala de Incapacidade Motora de Osame) durante o período de 2013 a 2017 de 49 pacientes com HTLV-1, sendo 26 assintomáticos (AS), 14 com possível HAM (pHAM) e 9 com HAM definida (dHAM). O protocolo foi aplicado na entrada e após 11 a 36 meses. O VEMP foi captado no músculo gastrocnêmio após aplicação do estímulo galvânico (elétrico) de baixa intensidade nos processos mastoideos. As variáveis analisadas foram as respostas evocadas de curta latência (SL) e de média latência (ML) do VEMP em relação aos escores de EDSS e OMDS. Resultados: Na amostra de 96 indivíduos, as medianas foram 56 ms (intervalo interquartil IQ: 52-66) para SL e 120 ms (IQ: 107-130) para ML. As medidas de concordância e confiabilidade intra-examinador de SL e ML foram, respectivamente: coeficiente de repetibilidade (CR) de 16 e 22 ms; coeficiente de correlação intraclasse (ICC) de 0,80 (p<0,001) e 0,91 (p<0,001); e coeficiente Kappa de 0,53 (p<0,001) e 0,82 (p<0,001). As medidas inter-examinador de SL e ML foram, respectivamente: CR de 8 e 27 ms; ICC de 0,95 (p<0001) e 0,86 (p<0,001); e coeficiente Kappa de 0,77 (p<0,001) e 0,88 (p<0,001). Em relação ao EDSS, com mediana de 20 meses de seguimento, observou-se melhora no grupo AS de 0,5 ± 0,5 para 0,2 ± 0,5 (p=0,014) e melhora no grupo pHAM de 2,5 ± 1,7 para 1,9 ± 1,9 (p=0,027). O grupo dHAM manteve o escore entre 5,6 ± 1,2, na primeira avaliação e 5,7 ± 1,1, na segunda (p=0,655). O escore OMDS não apresentou diferença longitudinal significativa em nenhum dos grupos. Em relação ao VEMP, no seguimento, considerando-se a amostra total, a taxa de normalidade aumentou tanto para SL (p=0,014) quanto para ML (p=0,013) devido a melhora nos assintomáticos. O grupo pHAM apresentou melhora de ML, mas não de SL. O grupo dHAM manteve a elevada frequência de SL e ML anormais. Em suma, no seguimento, a taxa de VEMP galvânico alterado diminuiu de 53,2 % para 46,2 % (p=0,045) no grupo AS, permaneceu em 78,0% no grupo pHAM e em 88,9% no grupo dHAM. Houve correlação fraca a moderada das variáveis do VEMP com as variáveis clínicas EDSS e OMDS. Conclusão: O VEMP galvânico mostrou ter concordância e confiabilidade intra e inter-examinador adequadas. A avaliação longitudinal de pacientes em risco de desenvolver HAM e com HAM definida mostrou flutuação do equilíbrio postural, com melhora entre os assintomáticos durante o período. Entre os pacientes com pHAM e dHAM, observou-se elevada frequência de VEMP alterado, embora tenha sido observado melhora em alguns indivíduos. Os resultados sugerem a existência de flutuações no comprometimento medular, tanto em assintomáticos quanto em pacientes com HAM.
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spelling Denise Utsch Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/2330509846581060http://lattes.cnpq.br/8760914841429870Júlia Fonseca de Morais Caporali2023-02-08T14:03:55Z2023-02-08T14:03:55Z2018-06-21http://hdl.handle.net/1843/49765Introdução: O potencial evocado miogênico vestibular gerado por estimulação galvânica (VEMP galvânico) é um exame eletroneurofisiológico que avalia os tratos vestibuloespinhal e reticuloespinhal, que são tratos motores relacionados ao equilíbrio postural. O VEMP galvânico é um método seguro, não invasivo e de fácil realização que tem sido recentemente estudado para o diagnóstico precoce, prognóstico e monitorização da mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM). Objetivo: Investigar a concordância e a confiabilidade intra-examinador (repetibilidade) e inter-examinador do VEMP galvânico e avaliar o uso desse exame na evolução da HAM. Metodologia: A etapa de avaliação de concordância e confiabilidade consistiu na análise do exame de 96 indivíduos, sendo 45 controles não infectados e 51 infectados pelo HTLV-1, dos quais 27 eram assintomáticos e 24 apresentavam diagnóstico de HAM. A segunda etapa consistiu no acompanhamento através do VEMP galvânico e pelas escalas de status clínico neurológico EDSS (Escala de Incapacidade Funcional Expandida) e OMDS (Escala de Incapacidade Motora de Osame) durante o período de 2013 a 2017 de 49 pacientes com HTLV-1, sendo 26 assintomáticos (AS), 14 com possível HAM (pHAM) e 9 com HAM definida (dHAM). O protocolo foi aplicado na entrada e após 11 a 36 meses. O VEMP foi captado no músculo gastrocnêmio após aplicação do estímulo galvânico (elétrico) de baixa intensidade nos processos mastoideos. As variáveis analisadas foram as respostas evocadas de curta latência (SL) e de média latência (ML) do VEMP em relação aos escores de EDSS e OMDS. Resultados: Na amostra de 96 indivíduos, as medianas foram 56 ms (intervalo interquartil IQ: 52-66) para SL e 120 ms (IQ: 107-130) para ML. As medidas de concordância e confiabilidade intra-examinador de SL e ML foram, respectivamente: coeficiente de repetibilidade (CR) de 16 e 22 ms; coeficiente de correlação intraclasse (ICC) de 0,80 (p<0,001) e 0,91 (p<0,001); e coeficiente Kappa de 0,53 (p<0,001) e 0,82 (p<0,001). As medidas inter-examinador de SL e ML foram, respectivamente: CR de 8 e 27 ms; ICC de 0,95 (p<0001) e 0,86 (p<0,001); e coeficiente Kappa de 0,77 (p<0,001) e 0,88 (p<0,001). Em relação ao EDSS, com mediana de 20 meses de seguimento, observou-se melhora no grupo AS de 0,5 ± 0,5 para 0,2 ± 0,5 (p=0,014) e melhora no grupo pHAM de 2,5 ± 1,7 para 1,9 ± 1,9 (p=0,027). O grupo dHAM manteve o escore entre 5,6 ± 1,2, na primeira avaliação e 5,7 ± 1,1, na segunda (p=0,655). O escore OMDS não apresentou diferença longitudinal significativa em nenhum dos grupos. Em relação ao VEMP, no seguimento, considerando-se a amostra total, a taxa de normalidade aumentou tanto para SL (p=0,014) quanto para ML (p=0,013) devido a melhora nos assintomáticos. O grupo pHAM apresentou melhora de ML, mas não de SL. O grupo dHAM manteve a elevada frequência de SL e ML anormais. Em suma, no seguimento, a taxa de VEMP galvânico alterado diminuiu de 53,2 % para 46,2 % (p=0,045) no grupo AS, permaneceu em 78,0% no grupo pHAM e em 88,9% no grupo dHAM. Houve correlação fraca a moderada das variáveis do VEMP com as variáveis clínicas EDSS e OMDS. Conclusão: O VEMP galvânico mostrou ter concordância e confiabilidade intra e inter-examinador adequadas. A avaliação longitudinal de pacientes em risco de desenvolver HAM e com HAM definida mostrou flutuação do equilíbrio postural, com melhora entre os assintomáticos durante o período. Entre os pacientes com pHAM e dHAM, observou-se elevada frequência de VEMP alterado, embora tenha sido observado melhora em alguns indivíduos. Os resultados sugerem a existência de flutuações no comprometimento medular, tanto em assintomáticos quanto em pacientes com HAM.Introduction: The vestibular evoked myogenic potential triggered by galvanic stimulus (galvanic-VEMP) is an electrophysiology exam that assesses the vestibulospinal and reticulospinal tracts, which are motor pathways related to the postural balance. It is a safe, non-invasive and easy to perform method that has recently been investigated as a biomarker for the early diagnosis, prognosis and monitoring of the HTLV-1 associated myelopathy (HAM). Objective: To study the intrarater (test-retest) and interrater agreement and reliability of the galvanic-VEMP and to use it to assess the evolution of HAM. Methodology: For the cross-sectional analysis of the agreement and reliability, galvanic-VEMP was performed in 96 subjects, of which 45 HTLV-1 negative normal controls and 51 HTLV-1 positive patients, being 27 asymptomatic carriers (AC) and 24 with HAM. Then, in a prospective study, galvanic-VEMP and disability scales (Expanded Disability Status Scale - EDSS and Osame’s Motor Disability Scale - OMDS) were performed in 49 HTLV-1 positive individuals, of which 26 AC, 14 with possible HAM (pHAM) and 9 with defined HAM (dHAM), at baseline and after 11 to 36 months, from 2013 to 2017. Galvanic stimulus was applied on the mastoid processes and VEMP was obtained from the gastrocnemius muscle. The galvanic-VEMP variables were the short latency (SL) and the medium latency (ML) evoked responses. Results: In the total sample (n=96), the median latencies were 56 ms (IQR 52-66) for SL and 120 ms (IQR 107-130) for ML. The intrarater agreement and reliability measures for SL and ML were, respectively: RC of 16 and 22 ms; ICC of 0.80 (p<0.001) and 0.91 (p<0.001); and a Kappa coefficient of 0.53 (p<0.001) and 0.82 (p<0.001). The interrater measures for SL and ML were, respectively: RC of 8 and 27 ms; ICC of 0.95 (p<0.001) and 0.86 (p<0.001); and a Kappa coefficient of 0.77 (p<0.001) and 0.88 (p<0.001). After a median follow-up of 20 months, EDSS improved from 0.5 ± 0.5 to 0.2 ± 0.5 (p=0.014) in AC and from 2.5 ± 1.7 to 1.9 ± 1.9 (p=0.027) in pHAM. In the dHAM group, EDSS was unchanged, being 5.6 ± 1.2 in baseline and 5.7 ± 1.1 (p=0.655) after follow-up. The OMDS was stable in all groups. In the total sample, the rate of normal VEMP responses increased for SL (p=0.014) and for ML (p=0.013), due to improvement in the AC group. The pHAM group showed the same amelioration pattern for ML, but not for SL. In the dHAM group, G-VEMP variables did not show statistical difference from baseline to follow-up. In short, the rate of abnormal galvanicVEMP decreased in the AC group from 53.2% to 46.2% (p=0.045) and was steady at 78,0% in pHAM and at 88.9% in dHAM. There was a weak to moderate correlation between the galvanic-VEMP and the clinical variables. Conclusion: Galvanic-VEMP showed appropriate intra and inter-rater agreement and reliability. In the prospective study, the exam found fluctuation in postural balance, with improvement among AC. In the pHAM and dHAM groups, the high rate of abnormal VEMP remained stable, but some patients showed deterioration and others improved. The galvanic-VEMP findings suggest fluctuation in the spinal cord involvement either in asymptomatic as in individuals with HAM.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina TropicalUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessInfecções por HTLV-IParaparesia Espástica TropicalPotenciais Evocados Miogênicos VestibularesEquilíbrio Postural:Reprodutibilidade dos TestesHTLV-1Mielopatia Associada ao HTLV-1Potencial Evocado Miogênico VestibularEstimulação Vestibular GalvânicaEquilíbrio Postural:Reprodutibilidade dos TestesEstudo ProspectivoPotencial Evocado Miogênico Vestibular (VEMP) galvânico para avaliar a evolução da mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Julia Caporali 12_08_18.pdfTese Julia Caporali 12_08_18.pdfapplication/pdf2347055https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49765/1/Tese%20Julia%20Caporali%2012_08_18.pdf1f61e9a7a6d4ca5fc3661fe9b8a580acMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49765/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49765/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/497652023-02-08 11:03:56.205oai:repositorio.ufmg.br:1843/49765TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-08T14:03:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Júlia Fonseca de Morais Caporali
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