O princípio da garantia semântica e os estudos da linguagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roger de Miranda Guedes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AMXGCZ
Resumo: A informação e o conhecimento estão indissoluvelmente ligados às condições de manifestação da linguagem. Na organização do conhecimento (OC) esse preceito implica em uma série de possibilidades em que se pode alçar as reflexões acerca da informação e do conhecimento para fins de organização. Nesse contexto atenta-se para a validação semântica manifestada na dimensão da linguagem e que confere a representatividade desta linguagem em relação ao domínio a qual se insere e, logo, legitima os processos e produtos documentários. Esta ordem semântica subjacente a um sistema de organização do conhecimento (SOC) pode ser identificada no conceito da garantia sobre qual o sistema se baseia (BEGHTOL, 1986). Nesse sentido, a garantia semântica é considerada o princípio aplicado à construção, desenvolvimento e avaliação de SOCs para justificar e validar significados. Ela orienta o desenvolvedor a verificar as necessidades de inclusões, exclusões e qualquer tipo de modelamento de classes e conceitos da estrutura terminológica de um SOC em função do significado e uso destas classes e conceitos para um determinado propósito ou audiência. Sobre esta conjuntura estabeleceu-se uma arena de reflexões com o objetivo de investigar a noção de garantia, dos elementos fundantes de tal princípio e de seus desdobramentos e inflexões decorrentes das ações de informação no atual panorama sociotécnico. Para isso, recorreu-se ao legado teórico de Ludwig Wittgenstein (1889-1951) e Mikhail Bakhtin (1895-1975). Dois filósofos da linguagem que, em períodos e contextos distintos, conceberam ideias transformadoras acerca da linguagem e do significado. Como estratégia para leitura e análise de textos filosóficos lançou-se mão da metodologia filosófica para iluminar o plano de fundo interpretativo da pesquisa. Deduziu-se que, se inicialmente seu propósito inaugural estava vinculado a um requisito de regramento e seu nível de eficiência relacionado a métricas de frequência de palavras em documentos, hoje o princípio da garantia semântica cobre uma série de aspectos e preceitos relacionados à afiguração do significado nos SOCs, capaz de orientá-los em sua projeção, desenvolvimento e avaliação. Nas próprias perspectivas de garantia, considerando a cronologia em que cada uma foi proposta na OC, percebe-se que desde a mais clássica a garantia literária até as mais contemporâneas há um deslocamento de uma preocupação puramente normativa a uma dimensão ética, comportamental e de tomada de consciência refletida nas perspectivas cultural, fenomenológica, autopoiética, etc. evocadas para garantir significados úteis no âmbito dos SOCs. Conclui-se que o princípio da garantia semântica é uma resposta ao impulso para criar, expor ou impor uma ou variadas visões de mundo a partir da evidenciação de significados estabelecidos pela linguagem em ação. A ideia de garantia na OC é assim compreendida na argumentação em favor da existência de fatos e fenômenos da realidade passíveis de significação. O estabelecimento de significado pela/na linguagem certifica o compromisso permanente de sentido que a garantia provoca nos SOCs.
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Nesse sentido, a garantia semântica é considerada o princípio aplicado à construção, desenvolvimento e avaliação de SOCs para justificar e validar significados. Ela orienta o desenvolvedor a verificar as necessidades de inclusões, exclusões e qualquer tipo de modelamento de classes e conceitos da estrutura terminológica de um SOC em função do significado e uso destas classes e conceitos para um determinado propósito ou audiência. Sobre esta conjuntura estabeleceu-se uma arena de reflexões com o objetivo de investigar a noção de garantia, dos elementos fundantes de tal princípio e de seus desdobramentos e inflexões decorrentes das ações de informação no atual panorama sociotécnico. Para isso, recorreu-se ao legado teórico de Ludwig Wittgenstein (1889-1951) e Mikhail Bakhtin (1895-1975). Dois filósofos da linguagem que, em períodos e contextos distintos, conceberam ideias transformadoras acerca da linguagem e do significado. Como estratégia para leitura e análise de textos filosóficos lançou-se mão da metodologia filosófica para iluminar o plano de fundo interpretativo da pesquisa. Deduziu-se que, se inicialmente seu propósito inaugural estava vinculado a um requisito de regramento e seu nível de eficiência relacionado a métricas de frequência de palavras em documentos, hoje o princípio da garantia semântica cobre uma série de aspectos e preceitos relacionados à afiguração do significado nos SOCs, capaz de orientá-los em sua projeção, desenvolvimento e avaliação. Nas próprias perspectivas de garantia, considerando a cronologia em que cada uma foi proposta na OC, percebe-se que desde a mais clássica a garantia literária até as mais contemporâneas há um deslocamento de uma preocupação puramente normativa a uma dimensão ética, comportamental e de tomada de consciência refletida nas perspectivas cultural, fenomenológica, autopoiética, etc. evocadas para garantir significados úteis no âmbito dos SOCs. Conclui-se que o princípio da garantia semântica é uma resposta ao impulso para criar, expor ou impor uma ou variadas visões de mundo a partir da evidenciação de significados estabelecidos pela linguagem em ação. A ideia de garantia na OC é assim compreendida na argumentação em favor da existência de fatos e fenômenos da realidade passíveis de significação. O estabelecimento de significado pela/na linguagem certifica o compromisso permanente de sentido que a garantia provoca nos SOCs.Information and knowledge are inextricably linked to the conditions of language manifestation. In Knowledge Organization (KO), this precept implies a series of possibilities in which reflections can be made concerning information and knowledge for the purposes of organization. In this context, attention is drawn to the semantic validation that is manifested in the dimension of language, conferring representativeness in relation to the domain in which it is embedded. This legitimizes documentary products and processes. This semantic order, underlying a Knowledge Organization System (KOS), can be identified in the concept of the warrant on which the system is based (BEGHTOL, 1986). In this sense, the semantic warrant is considered the principle applied to the construction, development and evaluation of KOS to justify and validate meanings. It guides the developer to verify the needs for inclusions, exclusions and any type of shaping of classes and concepts of the terminological structure of KOS depending on the meaning and use of these classes and concepts for a given purpose or audience. Concerning this situation, an arena of reflection was established in order to investigate the notion of warrant, the founding elements of this principle and its unfolding and the resulting inflections of the actions of information in the current socio-technical panorama. For this purpose, the theoretical legacy of Ludwig Wittgenstein (1889-1951) and Mikhail Bakhtin (1895-1975) was used. Two philosophers of language who, at different times and in different contexts, conceived of ideas that would transform the notions of language and meaning. As a strategy for the reading and analysis of philosophical texts, they eschewed the philosophical methodology to illuminate the interpretative background of research. It was deduced that, while their initial proposal was linked to a requirement for rules and the level efficiency related to measurements of the frequency of words in documents, today the semantic warrant principle covers a series of aspects and precepts related to the formation of meaning in KOS, capable of orienting them in their projection, development and evaluation. In the perspectives of warrant, considering the chronology in which each was proposed in the KO, it can be seen that from the most classical (literary warrant) to the most contemporary, there has been a shift from a purely normative concern to one of ethics, behavior and awareness. This is reflected in the cultural, phenomenological, autopoietic, etc. evoked to guarantee useful meanings in the context of KOS. It can be concluded that the semantic warrant principle is a response to the impulse to create, expose or impose one or several visions of the world from the revelation of meanings established by language in action. The idea of warrant in KO is thus understood in the argument in favor of the existence of facts and phenomena of reality that are capable of being assigned a meaning. The establishment of meaning through/in language certifies the permanent commitment that the warrant triggers in KOS.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSemânticaLinguagem FilosofiaPragmáticaCiência da informaçãoOrganização da informaçãoRepresentação do conhecimento (Teoria da informação)Garantia semânticaSistema de Organização do Conhecimento (SOC)Linguagem e significadoGarantia culturalEstudos da linguagemO princípio da garantia semântica e os estudos da linguageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALo_princ_pio_da_garantia_sem_ntica_e_os_estudos_da_linguagem____final_200616___revis_o_final_081016_alteracoes130117_alt260_1.pdfapplication/pdf1391576https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMXGCZ/1/o_princ_pio_da_garantia_sem_ntica_e_os_estudos_da_linguagem____final_200616___revis_o_final_081016_alteracoes130117_alt260_1.pdfd4586fe112bfd0fe2fa4aa0533ed693eMD51TEXTo_princ_pio_da_garantia_sem_ntica_e_os_estudos_da_linguagem____final_200616___revis_o_final_081016_alteracoes130117_alt260_1.pdf.txto_princ_pio_da_garantia_sem_ntica_e_os_estudos_da_linguagem____final_200616___revis_o_final_081016_alteracoes130117_alt260_1.pdf.txtExtracted texttext/plain348243https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMXGCZ/2/o_princ_pio_da_garantia_sem_ntica_e_os_estudos_da_linguagem____final_200616___revis_o_final_081016_alteracoes130117_alt260_1.pdf.txt1000026c160e5863ad5bfaf2b36e6d31MD521843/BUBD-AMXGCZ2019-11-14 16:50:24.064oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AMXGCZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:50:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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