Participação de citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas no recrutamento e ativação celular no granuloma hépatico e possíveis associações destes mediadores imunológicos com a morbidade da esquistossomose em área endêmica e em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jailza Lima Rodrigues Oliveira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33846
Resumo: A formação e modulação do granuloma hepático em resposta a retenção de ovos de Schistosoma mansoni retidos nos tecidos é um processo inflamatório imuno-mediado de fundamental importância para evolução da morbidade da doença. No presente estudo avaliamos a participação de quimiocinas e citocinas pró-inflamatórias na morbidade da esquistossomose humana e no recrutamento e ativação de células para o granuloma hepático de camundongos experimentalmente infectados. Amostras de plasma 97 pacientes infectados por S. mansoni, com diagnóstico definido pelo exame de fezes pelo método de KATO-KATZ e a morbidade determinada por avaliações clínicas e ultrassonográficas foram utilizadas para determinação da concentração do receptor solúvel de TNF-α (sTNF-R1), MIF e das quimiocinas CCL3, CCL7 e CCL24 através da técnica de ELISA. Modelos multivariados de regressão linear foram usados para analisar a relação entre a concentração de quiomicinas e citocinas e as covariáveis de morbidade investigadas. Os dados mostraram que a população de estudo apresentou baixa carga parasitária, com mediana de 36 ovos por grama de fezes, que não foi diferente entre sexo, faixa etária ou em pacientes que relataram tratamento anti-helmíntico anterior. Os níveis de MIF, CCL3, CCL7 e CCL24 no plasma não foram associados com carga parasitária, porém os níveis de sTNF-R1 foram positivamente associados à carga parasitária. Maiores concentrações plasmáticas de MIF e sTNF-R1 e das quimiocinas CCL3 e CCL24 foram positivamente associados com parâmetros de fibrose hepática, como aumento da espessura da veia porta e da vesícula biliar. Os níveis plasmáticos quantificados de CCL7 não apresentaram nenhuma relação com parâmetros de morbidade. Os dados indicam que níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e de quimiocinas da resposta do tipo-2 podem ser indicadores de gravidade da esquistossomose crônica humana. Para o melhor entendimento do recrutamento e ativação de células para os granulomas hepáticos camundongos geneticamente deficientes na produção de CCL3, do receptor CCR5 e não deficientes foram infectados pela via subcutânea (25 cercárias/ animal) e comparativamente avaliados quanto à carga parasitária, parâmetros de morbidade e a composição e atividade de células isoladas do granuloma hepático. Não foram detectadas diferenças no número de vermes recuperados da circulação, do número de ovos depositados no fígado ou eliminados nas fezes dos animais dos diferentes grupos experimentais. Apesar da carga parasitária semelhante, os animais deficientes no receptor CCR5 apresentaram esquistossomose grave, com aumento de fígado e baço, maior deposição de colágeno no granuloma e aumento da produção de transaminases séricas, enquanto que camundongos deficientes em CCL3 apresentam patologia mais branda em relação aos animais selvagens. Na ausência de CCL3 há uma reduzida celularidade e menor produção de quimiocinas e citocinas de diferentes perfis. No granuloma hepático isolado de camundongos CCR5-/- cronicamente infectados foi verificado maior concentração de citocinas próinflamatórias e de perfil TH2 que em animais CCL3-/- e este aumento esta associado com maior recuperação de linfócitos TCD4+ ativados e menor recuperação de linfócitos Treg. Além disso, há evidencias de que a ausência de CCR5 influencia a ativação de macrófagos M2, levando a uma diminuição da atividade de ARG1 e da produção de TGF-β. Esses resultados indicam a participação de quimiocinas e de citocinas pró-inflamatórias no desenvolvimento das formas graves da esquistossomose.
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spelling Deborah Negrão-Corrêahttp://lattes.cnpq.br/3655645192101507http://lattes.cnpq.br/6361563460189369Jailza Lima Rodrigues Oliveira2020-07-22T23:29:00Z2020-07-22T23:29:00Z2014-12-10http://hdl.handle.net/1843/33846A formação e modulação do granuloma hepático em resposta a retenção de ovos de Schistosoma mansoni retidos nos tecidos é um processo inflamatório imuno-mediado de fundamental importância para evolução da morbidade da doença. No presente estudo avaliamos a participação de quimiocinas e citocinas pró-inflamatórias na morbidade da esquistossomose humana e no recrutamento e ativação de células para o granuloma hepático de camundongos experimentalmente infectados. Amostras de plasma 97 pacientes infectados por S. mansoni, com diagnóstico definido pelo exame de fezes pelo método de KATO-KATZ e a morbidade determinada por avaliações clínicas e ultrassonográficas foram utilizadas para determinação da concentração do receptor solúvel de TNF-α (sTNF-R1), MIF e das quimiocinas CCL3, CCL7 e CCL24 através da técnica de ELISA. Modelos multivariados de regressão linear foram usados para analisar a relação entre a concentração de quiomicinas e citocinas e as covariáveis de morbidade investigadas. Os dados mostraram que a população de estudo apresentou baixa carga parasitária, com mediana de 36 ovos por grama de fezes, que não foi diferente entre sexo, faixa etária ou em pacientes que relataram tratamento anti-helmíntico anterior. Os níveis de MIF, CCL3, CCL7 e CCL24 no plasma não foram associados com carga parasitária, porém os níveis de sTNF-R1 foram positivamente associados à carga parasitária. Maiores concentrações plasmáticas de MIF e sTNF-R1 e das quimiocinas CCL3 e CCL24 foram positivamente associados com parâmetros de fibrose hepática, como aumento da espessura da veia porta e da vesícula biliar. Os níveis plasmáticos quantificados de CCL7 não apresentaram nenhuma relação com parâmetros de morbidade. Os dados indicam que níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e de quimiocinas da resposta do tipo-2 podem ser indicadores de gravidade da esquistossomose crônica humana. Para o melhor entendimento do recrutamento e ativação de células para os granulomas hepáticos camundongos geneticamente deficientes na produção de CCL3, do receptor CCR5 e não deficientes foram infectados pela via subcutânea (25 cercárias/ animal) e comparativamente avaliados quanto à carga parasitária, parâmetros de morbidade e a composição e atividade de células isoladas do granuloma hepático. Não foram detectadas diferenças no número de vermes recuperados da circulação, do número de ovos depositados no fígado ou eliminados nas fezes dos animais dos diferentes grupos experimentais. Apesar da carga parasitária semelhante, os animais deficientes no receptor CCR5 apresentaram esquistossomose grave, com aumento de fígado e baço, maior deposição de colágeno no granuloma e aumento da produção de transaminases séricas, enquanto que camundongos deficientes em CCL3 apresentam patologia mais branda em relação aos animais selvagens. Na ausência de CCL3 há uma reduzida celularidade e menor produção de quimiocinas e citocinas de diferentes perfis. No granuloma hepático isolado de camundongos CCR5-/- cronicamente infectados foi verificado maior concentração de citocinas próinflamatórias e de perfil TH2 que em animais CCL3-/- e este aumento esta associado com maior recuperação de linfócitos TCD4+ ativados e menor recuperação de linfócitos Treg. Além disso, há evidencias de que a ausência de CCR5 influencia a ativação de macrófagos M2, levando a uma diminuição da atividade de ARG1 e da produção de TGF-β. Esses resultados indicam a participação de quimiocinas e de citocinas pró-inflamatórias no desenvolvimento das formas graves da esquistossomose.The formation and modulation of hepatic granuloma in response to retention of Schistosoma mansoni eggs retained in the tissues is an inflammtory immune-mediated process of fundamental importance for the evolution of morbidity. In this study we evaluate the involvement of pro-inflammatory chemokines and cytokines in human schistosomiasis and morbidity in the cells recruitment and activation in hepatic granuloma in experimentally infected mice. Plasma samples 97 patients infected with S. mansoni, with diagnosis by stool examination by Kato-Katz method and the morbidity determined by clinical and sonographic evaluations. The concentration of the soluble TNF-α receptor (sTNF-R1), MIF and chemokines CCL3, CCL24 and CCL7 were determined by ELISA. Multivariate linear regression models were used to analyze the relationship between the concentration of quiomicinas and cytokines and co-morbidity variables investigated. Data showed that the study population had low parasite burden, with a median of 36 eggs per gram of feces, which was not different between genders, age or in patients who reported previous anthelmintic treatment. MIF levels, CCL3, CCL7 and CCL24 in plasma were not associated with parasite load, but the levels of sTNF-R1 were positively associated with the parasite load. Higher plasma concentrations of MIF and sTNF-R1 and chemokines CCL3 and CCL24 were positively associated with liver fibrosis parameters, such as increasing the thickness of the portal vein and gallbladder. Plasma levels quantified CCL7 showed no relationship to morbidity parameters. The data indicate that elevated levels of proinflammatory cytokines and type-2 chemokine response may indicate the severity of chronic human schistosomiasis. To better understand the recruitment and activation of cells for hepatic granulomas mice genetically deficient in the production of CCL3 and CCR5 receptor and nondeficient were infected subcutaneously (25 cercariae/animal) and comparatively evaluated for parasitic burden, morbidity parameters and the composition and activity of hepatic granuloma isolated cells. There wasn´t differences in the number of worms recovered from the circulation, the number of eggs deposited in the liver and eliminated in the feces of the animals of the different experimental groups. Despite the similar parasite burden, the animals deficient in CCR5 receptor had severe schistosomiasis, an increase of liver and spleen, increased collagen deposition in the granuloma and increased production of serum transaminases, while mice deficient in CCL3 have milder disease in relation to wildlife. In these mice, granulomas was reduced cellularity and reduced production of cytokines and chemokines from different profiles. In the liver granulomas isolated from CCR5-/- mice chronically infected was found higher concentration of pro-inflammatory cytokines and Th2 profile in CCL3-/- animals, and this increase is associated with increased recovery CD4 lymphocytes activated and lower recovery of Treg lymphocytes . Furthermore, the absence of CCR5 influences the M2 macrophage activation leading to a decrease in ARG1 activity and TGF-β production. These results suggest the involvement of chemokines and pro-inflammatory cytokines in the development of severe forms of schistosomiasis.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASParasitologiaQuimiocinasCitocinasEsquistossomoseGranulomaParasitologiaParticipação de citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas no recrutamento e ativação celular no granuloma hépatico e possíveis associações destes mediadores imunológicos com a morbidade da esquistossomose em área endêmica e em modelo murinoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALJailzaLimaRodriguesOliveira_TeseDOUTORADO.pdfJailzaLimaRodriguesOliveira_TeseDOUTORADO.pdfapplication/pdf4534783https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33846/1/JailzaLimaRodriguesOliveira_TeseDOUTORADO.pdf5ae8d5ccf9ecf5ac2da07f6409a5ae0fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33846/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/338462020-07-22 20:29:00.504oai:repositorio.ufmg.br:1843/33846TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-07-22T23:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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