Efeito da política contingenciamento da crise hídrica de 2014-2015 na região metropolitana de São Paulo no consumo residencial de água

• Autor(a) principal: Isabel Akemi Bueno Sado
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/40988
• topic: Crise hídrica; Variabilidade de consumo; Política tarifária; Abastecimento de Água; Água - consumo; Abastecimento de água; Economia

A crise de escassez hídrica de 2014 - 2016 da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP suscitou questionamentos acerca dos impactos das políticas regulatórias de contingenciamento em virtude da natureza dos recursos hídricos: um bem essencial à manutenção da vida cujo mercado se caracteriza pela forte presença de falhas como a formação de monopólios naturais e geração de externalidades. Esses fatores motivaram a avaliação do impacto no consumo residencial de água na RMSP entre 2014 e 2016 perante a política tarifária adotada pela Agência reguladora. A mensuração dos efeitos das políticas é feita. O cruzamento de dados comerciais da SABESP com indicadores do IBGE permite observar-se que a redução do consumo de água foi mais expressiva nos casos: ligações categorizadas como favela; classes de renda mais alta; economias com medição individualizada e que dispõem do serviço de coleta de esgoto. Foram utilizadas técnicas regressões com modelos hierárquicos para controlar efeitos relativos à região resultando em diferentes comportamentos de elasticidade preço do modelo tradicional de mínimos quadrados ordinários. Os resultados da elasticidade dos preços médios cobrados por metro cúbico se mostraram coerente com valores negativos e inelásticos. Os resultados apontam efeitos regionais dos setores censitários na variabilidade do consumo na ordem de 28% e que podem chegar a 62% caso as variáveis explicativas de agregados regionais sejam incluídas na modelagem. A renda, no entanto, não foi um dado impactante sobre as variações de consumo em razão do comportamento atípico das residências multifamiliares. Tais peculiaridades também afetaram a relevância do índice de vulnerabilidade que representou apenas 3% da variabilidade do consumo de água.