Avaliação da atividade antinociceptiva espinhal da toxina Tx3-4 do veneno da aranha Phoneutria nigriventer em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliana Figueira da Silva
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-92PM5V
Resumo: Os medicamentos utilizados atualmente no tratamento da dor estãofrequentemente associados a efeitos colaterais graves e desenvolvimento rápido de tolerância e assim, existe a necessidade de novos fármacos mais seletivos. O bloqueio de canais de cálcio sensíveis à voltagem (CCSVs) no corno dorsal da medula espinhal tem se mostrado um alvo promissor, pois a redução dos níveis de cálcio intracelular é um dos mecanismos de modulação da informaçãonociceptiva. O objetivo deste estudo foi avaliar a possível atividadeantinociceptiva da toxina Tx3-4, purificada do veneno da aranha Phoneutria nigriventer, uma vez que já foi estabelecida sua afinidade por CCSVs do tipo-N,- P/Q e R e comparar sua ação com as -conotoxinas MVIIC e MVIIA. A phonotoxina foi administrada por via intratecal e apresentou efeito antinociceptivo em modelos de nocicepção espontânea e inflamatória. A Tx3-4 inibiu a nocicepção induzida pela formalina na fase inflamatória tanto no pré quanto no pós-tratamento, apesar da -conotoxina-MVIIC inibir apenas o póstratamentoe a -conotoxina-MVIIA apenas o pré-tratamento. Além disso, elainibiu a nocicepção espontânea induzida pelo NMDA e a alodínia mecânica pósoperatória. Mostrou-se mais potente e eficaz em modelo clinicamente relevante e não alterou o padrão de resposta induzida na placa quente, mantendo assim os reflexos responsáveis pela manutenção da integridade dos tecidos. Houve aumento da potência terapêutica em modelo que envolvia sensibilização central, nocicepção pós-operatória, entretanto a Tx3-4 não alterou a coordenação e nema atividade locomotora quando administrada em animais naive. Assim, mais estudos fazem-se necessários para melhor esclarecer os mecanismos envolvidos tanto na atividade antinociceptiva quanto na toxicidade induzida pela administração intratecal da toxina Tx3-4 em camundongos.
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