Atividade lítica pelo sistema complemento em promastigotas de Leishmania (Leishmania) infantum frente a componentes salivares de Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis (Diptera: Psychodidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8R4N35 |
Resumo: | Desde os primeiros relatos de leishmaniose visceral no Brasil, o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis tem sido incriminado como o principal vetor de Leishmania infantum, agente causador da leishmaniose visceral nas Américas. A saliva do vetor modula a resposta imune do hospedeiro em diferentes níveis, incluindo a inibição da ativação do complemento, tornando-se um componente de grande importância no processo de transmissão desta parasitose. O presente trabalho teve como objetivo mostrar a importância dos inibidores do complemento salivares de L. longipalpis para a sobrevivência de promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano ou de cães. A quantidade de saliva liberada pelas fêmeas durante o repasto sanguíneo também foi estimada. Considerando que a opsonização com C3b parece ser importante para a fagocitose de Leishmania de uma maneira que evite a ativação de macrófagos, investigamos a deposição de C3b na superfície do parasita na presença ou ausência de saliva por imunofluorescência indireta. Promastigotas em fase estacionária foram parcialmente sensíveis ao soro humano normal (5% de soro matou quase 50% das promastigotas). Observamos uma redução significativa na morte celular quando as promastigotas foram expostas ao soro humano normal na presença de saliva. Este efeito foi dependente da concentração de saliva. Embora apresentem relativa sensibilidade ao complemento humano, as promastigotas apresentaram grande resistência à lise pelo complemento de cães infectados e não infectados. Para todos os hospedeiros, a deposição de C3b foi eficiente na presença e ausência de saliva, mostrando que, embora diminuindo a ação lítica pelo soro humano normal, a saliva não impede a opsonização das promastigotas pelo complemento. Como a saliva favorece a sobrevivência das promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano, ela poderia ser fundamental no processo de transmissão do parasita ao homem. De modo geral, nossos resultados poderiam explicar por que os cães são mais suscetíveis a serem infectados por L. infantum que os humanos |
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Nelder de Figueiredo GontijoRicardo Toshio FujiwaraRodolfo Cordeiro GiunchettiMaria Norma MeloAlexandre Alves de Sousa Nascimento2019-08-13T15:37:03Z2019-08-13T15:37:03Z2011-02-18http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8R4N35Desde os primeiros relatos de leishmaniose visceral no Brasil, o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis tem sido incriminado como o principal vetor de Leishmania infantum, agente causador da leishmaniose visceral nas Américas. A saliva do vetor modula a resposta imune do hospedeiro em diferentes níveis, incluindo a inibição da ativação do complemento, tornando-se um componente de grande importância no processo de transmissão desta parasitose. O presente trabalho teve como objetivo mostrar a importância dos inibidores do complemento salivares de L. longipalpis para a sobrevivência de promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano ou de cães. A quantidade de saliva liberada pelas fêmeas durante o repasto sanguíneo também foi estimada. 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This study aimed to show the importance of salivary inhibitors of the complement of L. longipalpis for the survival of L. infantum promastigotes when exposed to both, human and dog serum. The amount of saliva released by females in the byte site during blood feeding was also estimated. Considering that opsonization with C3b seems important for Leishmania phagocytosis in a manner that avoid macrophages activation, we investigated the deposition of C3b on the parasite surface in the presence or absence of saliva by indirect immunofluorescence. Stationary phase promastigotes were partially sensitive to the normal human serum (5% of serum killed almost 50% of the promastigotes). We observed a significant reduction of cell death when promastigotes were exposed to the normal human serum in the presence of saliva. This effect was dependent of saliva concentration. Despite showing partial sensitivity to human complement, promastigotes presented great resistance to lysis by complement of infected dogs and uninfected ones. For all hosts, C3b deposition was efficient in the presence and absence of saliva, showing that, while diminishing the lytic action by normal human serum, saliva does not prevent the promastigote opsonization by complement. Since saliva favors the survival of L. infantum promastigotes when exposed to the human serum, it could be critical in the process of transmitting the parasite to the man. Altogether, our results could explain why dogs are more susceptible to be infected by L. infantum than humansUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaLeishmania infantumLeishmaniaAtivação do complementoLutzomiasalivaLeishmania infantumcomplementoLutzomyia longipalpisAtividade lítica pelo sistema complemento em promastigotas de Leishmania (Leishmania) infantum frente a componentes salivares de Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis (Diptera: Psychodidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o___alexandre.pdfapplication/pdf1004904https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8R4N35/1/disserta__o___alexandre.pdfa4585e73440cb22e16874fc5b1e2fa75MD51TEXTdisserta__o___alexandre.pdf.txtdisserta__o___alexandre.pdf.txtExtracted texttext/plain125054https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8R4N35/2/disserta__o___alexandre.pdf.txt3901f2fcee0476e70614417c8c1bdc4eMD521843/BUOS-8R4N352019-11-14 13:46:52.932oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8R4N35Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:46:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Desde os primeiros relatos de leishmaniose visceral no Brasil, o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis tem sido incriminado como o principal vetor de Leishmania infantum, agente causador da leishmaniose visceral nas Américas. A saliva do vetor modula a resposta imune do hospedeiro em diferentes níveis, incluindo a inibição da ativação do complemento, tornando-se um componente de grande importância no processo de transmissão desta parasitose. O presente trabalho teve como objetivo mostrar a importância dos inibidores do complemento salivares de L. longipalpis para a sobrevivência de promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano ou de cães. A quantidade de saliva liberada pelas fêmeas durante o repasto sanguíneo também foi estimada. Considerando que a opsonização com C3b parece ser importante para a fagocitose de Leishmania de uma maneira que evite a ativação de macrófagos, investigamos a deposição de C3b na superfície do parasita na presença ou ausência de saliva por imunofluorescência indireta. Promastigotas em fase estacionária foram parcialmente sensíveis ao soro humano normal (5% de soro matou quase 50% das promastigotas). Observamos uma redução significativa na morte celular quando as promastigotas foram expostas ao soro humano normal na presença de saliva. Este efeito foi dependente da concentração de saliva. Embora apresentem relativa sensibilidade ao complemento humano, as promastigotas apresentaram grande resistência à lise pelo complemento de cães infectados e não infectados. Para todos os hospedeiros, a deposição de C3b foi eficiente na presença e ausência de saliva, mostrando que, embora diminuindo a ação lítica pelo soro humano normal, a saliva não impede a opsonização das promastigotas pelo complemento. Como a saliva favorece a sobrevivência das promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano, ela poderia ser fundamental no processo de transmissão do parasita ao homem. De modo geral, nossos resultados poderiam explicar por que os cães são mais suscetíveis a serem infectados por L. infantum que os humanos |
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