Avaliação do desempenho e do conforto térmico de uma edificação ventilada naturalmente segundo as normas brasileiras de desempenho térmico e a ASHRAE 55

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leila Guedes Alvim
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A7TR4C
Resumo: A crescente preocupação com o uso racional dos recursos naturais e com a eficiência energética evidenciou a importância do desempenho das construções. Em 2005, foi publicada a primeira norma brasileira de desempenho térmico de edificações de interesse social, a NBR 15.220 e, posteriormente, em 2013 foi publicada a última versão de uma norma de desempenho que se aplica a todas as edificações habitacionais, a NBR 15.575. Este trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho térmico de uma edificação habitacional localizada em Belo Horizonte frente a essas duas normas brasileiras. Na avaliação conforme a NBR 15.220 verificou-se o atendimento das diretrizes construtivas da zona bioclimática 3 (ZB3), classificação da cidade no zoneamento bioclimático brasileiro e da zona bioclimática 4 (ZB4), zona indicada por Pereira e Assis (2005) como mais adequada para cidade de Belo Horizonte. Foram realizadas avaliações de conforto térmico para a edificação real, com suas características originais, e também foram realizadas modificações no projeto da edificação para verificar o percentual de horas de conforto térmico obtido em construções que atendem às diretrizes construtivas das duas normas de desempenho, no método prescritivo. Os resultados alcançados foram comparados com uma avaliação de conforto térmico segundo a norma norte-americana de conforto térmico ASHRAE Standard 55, no modelo adaptativo. Os resultados mostraram que o atendimento às normas de desempenho proporcionou um aumento das horas de conforto em relação à edificação original, em todos os casos. Na análise segundo a NBR 15.220 verificou-se uma inconsistência no zoneamento bioclimático brasileiro, uma vez que o atendimento às diretrizes construtivas para a ZB4 proporcionou um melhor desempenho térmico em relação às diretrizes construtivas para a ZB3. Na avaliação segundo a NBR 15.575 foi possível verificar que a norma não disponibiliza todos os dados e definições necessários para utilizar o procedimento por simulação computacional, o que dificulta o processo e o torna subjetivo. O procedimento por simulação também não possibilita uma avaliação anual e que considere o uso real da edificação, como a presença de cargas internas e de estratégias de ventilação natural, prejudicando a avaliação.
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Na avaliação conforme a NBR 15.220 verificou-se o atendimento das diretrizes construtivas da zona bioclimática 3 (ZB3), classificação da cidade no zoneamento bioclimático brasileiro e da zona bioclimática 4 (ZB4), zona indicada por Pereira e Assis (2005) como mais adequada para cidade de Belo Horizonte. Foram realizadas avaliações de conforto térmico para a edificação real, com suas características originais, e também foram realizadas modificações no projeto da edificação para verificar o percentual de horas de conforto térmico obtido em construções que atendem às diretrizes construtivas das duas normas de desempenho, no método prescritivo. Os resultados alcançados foram comparados com uma avaliação de conforto térmico segundo a norma norte-americana de conforto térmico ASHRAE Standard 55, no modelo adaptativo. Os resultados mostraram que o atendimento às normas de desempenho proporcionou um aumento das horas de conforto em relação à edificação original, em todos os casos. Na análise segundo a NBR 15.220 verificou-se uma inconsistência no zoneamento bioclimático brasileiro, uma vez que o atendimento às diretrizes construtivas para a ZB4 proporcionou um melhor desempenho térmico em relação às diretrizes construtivas para a ZB3. Na avaliação segundo a NBR 15.575 foi possível verificar que a norma não disponibiliza todos os dados e definições necessários para utilizar o procedimento por simulação computacional, o que dificulta o processo e o torna subjetivo. O procedimento por simulação também não possibilita uma avaliação anual e que considere o uso real da edificação, como a presença de cargas internas e de estratégias de ventilação natural, prejudicando a avaliação.The growing concern about the rational use of natural resources and energy efficiency of buildings has highlighted the importance of constructions performance. In 2005, the first Brazilian standard on thermal performance for low-income housing was published, NBR 15.220. After that, in 2013, another building performance standard that applies to all residential buildings was published, NBR 15.575. The present study aims to evaluate the thermal performance of a house located in Belo Horizonte according to the two Brazilian performance standards mentioned above. In the NBR 15.220 evaluation, this study checks the fulfillment of the constructive guidelines for the bioclimatic zone 3 (ZB3), the zone indicated for this city in the Brazilian bioclimatic zoning, and also for the bioclimatic zone 4 (ZB4), zone indicated by Pereira and Assis (2005) as the most appropriate for the city. Thermal comfort assessments are performed, for the actual building with its original features as well as for modified versions of the building that meet with the constructive guidelines of the two thermal performance standards in the prescriptive method. The results are compared with a thermal comfort assessment according to the American ASHRAE Standard 55, in the adaptive model. The results show that the percentage of comfort hours obtained in the buildings that comply with the design guidelines of the two performance standards has increased when compared to the building with the original features, in all cases. An inconsistency was found in the Brazilian bioclimatic zoning during the NBR 15.220 analysis, as the compliance with the constructive guidelines for ZB4 provided a building with a better thermal performance than one that complies with the constructive guidelines for ZB3. It was also found that NBR 15.575 does not provide all the data needed to run a computer simulation, what makes the process more difficult and subjective. The simulation procedure of the NBR 15.575 standard does not allow an annual assessment nor consider the actual use of the building, like the presence of internal loads and natural ventilation strategies, undermining an effective evaluation.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGConforto térmicoSimulação (Computadores)Construção civilsimulação computacionalConforto térmicoDesempenho térmicoAvaliação do desempenho e do conforto térmico de uma edificação ventilada naturalmente segundo as normas brasileiras de desempenho térmico e a ASHRAE 55info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_leila_alvim_final.pdfapplication/pdf3659238https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A7TR4C/1/dissertacao_leila_alvim_final.pdfb1c59575c4152ba95ee771586bf6817dMD51TEXTdissertacao_leila_alvim_final.pdf.txtdissertacao_leila_alvim_final.pdf.txtExtracted texttext/plain202106https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A7TR4C/2/dissertacao_leila_alvim_final.pdf.txtc5d2dd975e44ab8124f77c877394d21bMD521843/BUBD-A7TR4C2019-11-14 17:04:29.487oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A7TR4CRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T20:04:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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