Monitoramento da adesão ao tratamento antirretroviral no Brasil: um urgente desafio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gustavo Machado Rocha
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84ZGLH
Resumo: Após o advento da terapia antirretroviral combinada, a aids deixou de ser um agravo com alta letalidade e passou a ser uma doença crônica potencialmente controlável. No entanto, a obtenção de sucesso terapêutico continua sendo um grande desafio devido, entre outros fatores, à necessidade de altos níveis de adesão ao tratamento de forma sustentada. O principal objetivo deste estudo foi descrever o efeito da não-adesão nos principais desfechos laboratoriais, contagem de linfócitos TCD4+ e carga viral do HIV, rotineiramente utilizados para monitoramento de pacientes iniciando tratamento segundo três diferentes formas de medir adesão à terapia antirretroviral. Adicionalmente, procedeu-se revisão sistemática da literatura, com foco em estudos nacionais, para se estimar uma taxa média de não-adesão. Este trabalho faz parte do projeto ATAR, estudo prospectivo concorrente entre indivíduos em início de terapia em acompanhamento em dois serviços públicos de referência de Belo Horizonte, MG. O recrutamento e entrevista basal ocorreram no momento da primeira prescrição, comacompanhamento durante o primeiro ano de tratamento. O ganho de linfócitos TCD4+ e redução na carga viral do HIV foram comparados entre pacientes aderentes e não aderentes por meio de teste t de Student para amostras independentes e análise de variância após pelo menos quatro e até doze meses de tratamento. Entre 176 estudosincluídos na revisão sistemática, 42,6% foram realizados nos Estados Unidos e 6,8% no Brasil. A adesão foi aferida principalmente por meio do auto-relato (71,0%) e dos registros de dispensação em farmácia (17,1%). Meta-análise envolvendo apenas estudos nacionais (N=13) produziu uma taxa média de não-adesão de 34,4% (IC 95% 27,5%-42,1%). Entre 288 participantes do projeto ATAR e que preencheram critério para esta análise, 22,9%, 31,9% e 74,3% foram considerados não-aderentes, respectivamente, pelos registros em prontuários médicos, auto-relato e registros de dispensação nas farmácias. Segundo a medida de adesão pelo auto-relato, o ganho médio de linfócitos TCD4+ foi de 144,6 células/mm3 e a redução média de carga viral 4,52 log para aqueles considerados aderentes, comparado com um ganho médio de 86,3 linfócitos TCD4+/mm3 (p=0,023) e redução média de 2,73 log na carga viral (p<0,001) para aqueles não-aderentes. De acordo com os registros de dispensação em farmácia, indivíduos com retirada regular de medicação obtiveram ganho médio de 195,4 linfócitos TCD4+/mm3 e redução média de 4,62 log na carga viral. Por outro lado, entre aqueles com retirada irregular e abandono de terapia, o ganho médio foi de 99,8 e 90,3 linfócitos TCD4+/mm3 (p<0,001), com redução média de 4,07 e 2,41 log na carga viral (p<0,001), respectivamente. Já pelos registros nos prontuários médicos, houve aumento médio de 142,4 para os aderentes e 58,5 linfócitos TCD4+/mm3 para os não-aderentes (p<0,001), com redução média de 4,25 log na carga viral entre os pacientes aderentes e de 1,99 log na carga viral entre aqueles com registro de não-adesão nos prontuários(p<0,001). De maneira clara, indivíduos considerados aderentes ao tratamento tiveram maior ganho médio de linfócitos TCD4+ e maior redução média de carga viral do HIV quando comparados com aqueles não aderentes. Embora essa diferença tenha variado de acordo com a medida de adesão, fica evidente o potencial impacto que a não-adesão ao tratamento antirretroviral nestes serviços públicos de referência possui, tanto na recuperação imunológica quanto no controle virológico. O monitoramento da adesão à terapia antirretroviral, de forma contínua e eficaz, deve ser uma prioridade nos serviços de referência de aids, sendo capaz de identificar pacientes com alto risco de desenvolverfalência virológica e permitindo intervenções precoces com possibilidade de preservação de esquemas terapêuticos iniciais.
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Este trabalho faz parte do projeto ATAR, estudo prospectivo concorrente entre indivíduos em início de terapia em acompanhamento em dois serviços públicos de referência de Belo Horizonte, MG. O recrutamento e entrevista basal ocorreram no momento da primeira prescrição, comacompanhamento durante o primeiro ano de tratamento. O ganho de linfócitos TCD4+ e redução na carga viral do HIV foram comparados entre pacientes aderentes e não aderentes por meio de teste t de Student para amostras independentes e análise de variância após pelo menos quatro e até doze meses de tratamento. Entre 176 estudosincluídos na revisão sistemática, 42,6% foram realizados nos Estados Unidos e 6,8% no Brasil. A adesão foi aferida principalmente por meio do auto-relato (71,0%) e dos registros de dispensação em farmácia (17,1%). Meta-análise envolvendo apenas estudos nacionais (N=13) produziu uma taxa média de não-adesão de 34,4% (IC 95% 27,5%-42,1%). Entre 288 participantes do projeto ATAR e que preencheram critério para esta análise, 22,9%, 31,9% e 74,3% foram considerados não-aderentes, respectivamente, pelos registros em prontuários médicos, auto-relato e registros de dispensação nas farmácias. Segundo a medida de adesão pelo auto-relato, o ganho médio de linfócitos TCD4+ foi de 144,6 células/mm3 e a redução média de carga viral 4,52 log para aqueles considerados aderentes, comparado com um ganho médio de 86,3 linfócitos TCD4+/mm3 (p=0,023) e redução média de 2,73 log na carga viral (p<0,001) para aqueles não-aderentes. De acordo com os registros de dispensação em farmácia, indivíduos com retirada regular de medicação obtiveram ganho médio de 195,4 linfócitos TCD4+/mm3 e redução média de 4,62 log na carga viral. Por outro lado, entre aqueles com retirada irregular e abandono de terapia, o ganho médio foi de 99,8 e 90,3 linfócitos TCD4+/mm3 (p<0,001), com redução média de 4,07 e 2,41 log na carga viral (p<0,001), respectivamente. Já pelos registros nos prontuários médicos, houve aumento médio de 142,4 para os aderentes e 58,5 linfócitos TCD4+/mm3 para os não-aderentes (p<0,001), com redução média de 4,25 log na carga viral entre os pacientes aderentes e de 1,99 log na carga viral entre aqueles com registro de não-adesão nos prontuários(p<0,001). De maneira clara, indivíduos considerados aderentes ao tratamento tiveram maior ganho médio de linfócitos TCD4+ e maior redução média de carga viral do HIV quando comparados com aqueles não aderentes. Embora essa diferença tenha variado de acordo com a medida de adesão, fica evidente o potencial impacto que a não-adesão ao tratamento antirretroviral nestes serviços públicos de referência possui, tanto na recuperação imunológica quanto no controle virológico. O monitoramento da adesão à terapia antirretroviral, de forma contínua e eficaz, deve ser uma prioridade nos serviços de referência de aids, sendo capaz de identificar pacientes com alto risco de desenvolverfalência virológica e permitindo intervenções precoces com possibilidade de preservação de esquemas terapêuticos iniciais.After introduction of combined antiretroviral therapy, AIDS stopped to be a high fatal and became a chronic and potentially controllable disease. However therapeutic success remains a great challenge because, among other factors, sustained high rates of drug adherence are necessary. The aim of this study was to describe the effect of nonadherence on the main laboratory outcomes, TCD4+ lymphocyte count and HIV viral load, routinely used to monitor patients initiating treatment according to three different approaches to measure adherence to antiretroviral therapy. Additionally, a systematic review was performed, with emphasis on Brazilian studies, to produce an average nonadherence rate estimative. This study is part of ATAR project, a prospective study among patients beginning antiretroviral therapy in two public referral health services in Belo Horizonte, Brazil. Recruitment and baseline assessment occurred at the moment of first prescription and follow-up during the first year of treatment. Gain in TCD4+ lymphocytes and loss in HIV viral load were compared between adherent and nonadherent patients by independent sample t-tests and analysis of variance after at least four months and up to twelve months of treatment. Among 176 studies included on systematic review, 42.6% were done in United States and 6.8% in Brazil. Self-report was the major adherence measure used (71.0%), followed by pharmacy refill records (17.1%). Meta-analyses among Brazilian studies (N=13) produced an average nonadherence rate of 34.4% (95% CI 27.5%-42.1%). Among 288 participants of ATARproject that filled criterion for this analysis, 22.9%, 31.9% and 74.3% were considered non-adherent, according to medical charts, self-report and pharmacy records,respectively. Using self-report measure, the average gain in TCD4+ lymphocytes was144.6 cells/mm3 and the average loss in viral load was 4.52 log for adherent patients,comparing with an average gain of 86.3 TCD4+ lymphocytes/mm3 (p=0.023) and an average loss of 2.73 log in viral load (p<0.001) for those non-adherent. According to pharmacy records, patients with regular prescription pickups achieved average gain of 195.4 TCD4+ lymphocytes/ mm3 and average loss of 4.62 log of viral load. On theother hand, among those with irregular pickups and permanent drop-out, the averagegain was 99.8 and 90.3 TCD4+ lymphocytes/ mm3 (p<0.001), with mean reduction of 4.07 and 2.41 in viral load (p<0.001), respectively. Analyzing medical records, there was a mean increase of 142.4 for adherent patients and 58.5 TCD4+ lymphocytes/ mm3 for those non-adherent (p<0.001), with a mean viral load reduction of 4.25 for adherentand 1.99 for non-adherent patients (p<0.001). Adherent patients clearly achieved greater average gain in lymphocytes TCD4+ and loss in viral load than those non-adherents. Besides this difference varied according to the type of drug adherence measure used, the potential impact of antiretroviral non-adherence is evident on those referral health services, as much in immunologic recuperation as in virologic response. Continuously and effectively monitoring of antiretroviral adherence should be considered a priority in these public AIDS referral centers in order to identify patients at high risk of developing virologic failure. Early interventions are necessary in order to maintain the initial therapeutic regimens for longer periods.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTerapia anti-retroviral de alta atividadeCarga viralSíndrome de imunodeficiência adquirida/quimioterapiaLinfócitos T CD4-positivosResultado de tratamentoContagem de linfócitosAdesão à medicaçãoInfecções por HIV/quimioterapiaRecusa do paciente ao tratamentoSaúde públicaMonitoramento da adesão ao tratamento antirretroviral no Brasil: um urgente desafioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALgustavo_machado_rocha.pdfapplication/pdf1284593https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-84ZGLH/1/gustavo_machado_rocha.pdf409e75fba18508534e4b481bc72862bdMD51TEXTgustavo_machado_rocha.pdf.txtgustavo_machado_rocha.pdf.txtExtracted texttext/plain166736https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-84ZGLH/2/gustavo_machado_rocha.pdf.txt2fd50e0de061ad1f3b63fadc585a10e4MD521843/ECJS-84ZGLH2019-11-14 03:54:06.67oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-84ZGLHRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:54:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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description Após o advento da terapia antirretroviral combinada, a aids deixou de ser um agravo com alta letalidade e passou a ser uma doença crônica potencialmente controlável. No entanto, a obtenção de sucesso terapêutico continua sendo um grande desafio devido, entre outros fatores, à necessidade de altos níveis de adesão ao tratamento de forma sustentada. O principal objetivo deste estudo foi descrever o efeito da não-adesão nos principais desfechos laboratoriais, contagem de linfócitos TCD4+ e carga viral do HIV, rotineiramente utilizados para monitoramento de pacientes iniciando tratamento segundo três diferentes formas de medir adesão à terapia antirretroviral. Adicionalmente, procedeu-se revisão sistemática da literatura, com foco em estudos nacionais, para se estimar uma taxa média de não-adesão. Este trabalho faz parte do projeto ATAR, estudo prospectivo concorrente entre indivíduos em início de terapia em acompanhamento em dois serviços públicos de referência de Belo Horizonte, MG. O recrutamento e entrevista basal ocorreram no momento da primeira prescrição, comacompanhamento durante o primeiro ano de tratamento. O ganho de linfócitos TCD4+ e redução na carga viral do HIV foram comparados entre pacientes aderentes e não aderentes por meio de teste t de Student para amostras independentes e análise de variância após pelo menos quatro e até doze meses de tratamento. Entre 176 estudosincluídos na revisão sistemática, 42,6% foram realizados nos Estados Unidos e 6,8% no Brasil. A adesão foi aferida principalmente por meio do auto-relato (71,0%) e dos registros de dispensação em farmácia (17,1%). Meta-análise envolvendo apenas estudos nacionais (N=13) produziu uma taxa média de não-adesão de 34,4% (IC 95% 27,5%-42,1%). Entre 288 participantes do projeto ATAR e que preencheram critério para esta análise, 22,9%, 31,9% e 74,3% foram considerados não-aderentes, respectivamente, pelos registros em prontuários médicos, auto-relato e registros de dispensação nas farmácias. Segundo a medida de adesão pelo auto-relato, o ganho médio de linfócitos TCD4+ foi de 144,6 células/mm3 e a redução média de carga viral 4,52 log para aqueles considerados aderentes, comparado com um ganho médio de 86,3 linfócitos TCD4+/mm3 (p=0,023) e redução média de 2,73 log na carga viral (p<0,001) para aqueles não-aderentes. De acordo com os registros de dispensação em farmácia, indivíduos com retirada regular de medicação obtiveram ganho médio de 195,4 linfócitos TCD4+/mm3 e redução média de 4,62 log na carga viral. Por outro lado, entre aqueles com retirada irregular e abandono de terapia, o ganho médio foi de 99,8 e 90,3 linfócitos TCD4+/mm3 (p<0,001), com redução média de 4,07 e 2,41 log na carga viral (p<0,001), respectivamente. Já pelos registros nos prontuários médicos, houve aumento médio de 142,4 para os aderentes e 58,5 linfócitos TCD4+/mm3 para os não-aderentes (p<0,001), com redução média de 4,25 log na carga viral entre os pacientes aderentes e de 1,99 log na carga viral entre aqueles com registro de não-adesão nos prontuários(p<0,001). De maneira clara, indivíduos considerados aderentes ao tratamento tiveram maior ganho médio de linfócitos TCD4+ e maior redução média de carga viral do HIV quando comparados com aqueles não aderentes. Embora essa diferença tenha variado de acordo com a medida de adesão, fica evidente o potencial impacto que a não-adesão ao tratamento antirretroviral nestes serviços públicos de referência possui, tanto na recuperação imunológica quanto no controle virológico. O monitoramento da adesão à terapia antirretroviral, de forma contínua e eficaz, deve ser uma prioridade nos serviços de referência de aids, sendo capaz de identificar pacientes com alto risco de desenvolverfalência virológica e permitindo intervenções precoces com possibilidade de preservação de esquemas terapêuticos iniciais.
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