As imagens do trauma após Chernobyl: entre restos e encenações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dunya Pinto Azevedo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AQVGDR
Resumo: Esta pesquisa investiga o trabalho do fotógrafo francês Guillaume Herbaut, que empreende, durante um período de mais de dez anos, algumas viagens à região de Chernobyl, na Ucrânia, onde, em abril de 1986, houve um grave acidente nuclear, marcando para sempre a história daquele local. Várias pessoas morreram em consequência do contato com a radiação, e muitas foram e ainda são vítimas de anomalias e de doenças como o câncer. A radiação causou também a contaminação de rios, florestas e animais. Como resultado de suas experiências na região de Chernobyl, Guillaume Herbaut publicou dois livros: Tchernobylsty e La Zone, ambos voltados para a investigação de como o trauma e os vestígios da catástrofe se inscrevem ainda nos locais e nos corpos dos que ali vivem. Ele questiona, com isso, a própria condição de fragilidade humana diante de tragédias e catástrofes. Primeiramente, apresentamos os dois projetos de Guillaume Herbaut, contextualizandoos no âmbito da fotografia contemporânea. Posteriormente, recorremos ao conceito freudiano de trauma e convocamos os leitores de Freud para refletirmos sobre os aspectos simbólicos das imagens ligadas ao trauma e à memória. A base teórica nos fornece caminhos para analisarmos como a fotografia pode cumprir a tarefa de apresentar os efeitos traumáticos de um acidente nuclear que ocorreu há muitos anos e cujo perigo ainda existe e é invisível.
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