Crescimento de plantas C3 e C4 em resposta a diferentes concentrações de CO2 e arranjos competitivos

• Autor(a) principal: Fabíola Mendes Braga
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36847
• topic: planta daninha; fotossíntese; interação de plantas; aumento de CO2; Erva daninha; Fotossíntese; Cultivo consorciado; Dióxido de carbono

Projeções climáticas se baseiam na emissão de gases de efeito estufa e sugerem o aumento na concentração de gás carbônico atmosférico. Plantas com metabolismo C3 tendem a aumentar sua taxa fotossintética e acumular mais fotoassimilados do que as plantas de metabolismo C4 quando submetidas a elevadas concentrações de CO2. Paralelo a esse cenário, a interação com outras espécies pode alterar a produtividade das culturas. Para isso, buscou-se avaliar o desenvolvimento de plantas C3 e C4 sob diferentes concentrações de CO2 ambiente em consórcio com plantas daninhas. Para avaliar as plantas C4 foram conduzidos no delineamento inteiramente casualizado, dois experimentos em câmaras de crescimento: um com braquiária decumbens e um com milho cv. Hibrido Duplo. Para a braquiária foi montado um esquema fatorial 3 x 4, sendo o primeiro fator, três concentrações de CO2 nas câmaras de crescimento (420; 840 e 1.680 µmol mol-1), e o segundo fator, arranjos de plantas em condição de competição (braquiária cultivada isoladamente; braquiária + picão-preto (Bidens pilosa); braquiária + milho (cv. Híbrido Duplo) e braquiária + feijão carioca BRS Pérola. Com relação às plantas de milho o esquema fatorial foi de 3 x 3, sendo o primeiro fator, três níveis de CO2 citados e o segundo fator, os diferentes arranjos de plantas em competição com plantas daninhas (milho cultivado isoladamente milho + picão-preto e milho + braquiária decumbens). Para avaliar as plantas C3, foram conduzidos em DIC, dois experimentos: um com picão-preto e um com feijão. Para o picão-preto foi montado um esquema fatorial 3 x 4, sendo o primeiro fator, três concentrações de CO2 nas câmaras de crescimento (420; 840 e 1.680 µmol-1), e o segundo fator, os arranjos de plantas em condição de competição (picão-preto cultivado isoladamente, picão-preto + Braquiária decumbens, picão-preto + milho (cv Híbrido Duplo) e picão-preto + feijão (carioca BRS Pérola). Já com relação à avaliação das plantas de feijão o esquema fatorial foi de 3 x 3, sendo o primeiro fator representado pelos três níveis de CO2 citados e o segundo fator, os diferentes arranjos de plantas em competição com plantas daninhas (feijoeiro cultivado isoladamente (carioca BRS Pérola), feijoeiro + picão-preto e feijoeiro + Braquiária decumbens. Para todos os experimentos, foram avaliados a eficiência fotoquímica do fotossistema II, a razão entre a a flurescêmcia variável e fluorescência máxima, os teores de clorofila e a fluorescência de clorofila. Aos 50 dias após a emergência das plantas foi medida a estatura e contado o número de folhas, a matéria seca das raízes, a matéria seca do colmo, a matéria seca das folhas e a matéria seca total. Os dados foram submetidos ao programa estatístico Sisvar para análise de variância e comparação das médias pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. De maneira geral, o incremento do gás favoreceu o desenvolvimento das espécies por meio da fertilização por CO2, aumentando a estatura, o número de folhas, o teor de clorofila total e a massa seca das culturas, porém, a limitação na interação com as espécies competidoras está diretamente relacionada à espécie avaliada.