Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9Q5GDS |
Resumo: | Introdução_ A influência do estímulo vagal sobre a coagulação foi demonstrada, neste trabalho, pela tromboelastometria no modelo experimental de choque hemorrágico controlado em ratos. A coagulopatia associada ao trauma. O distúrbio de coagulação relacionado ao trauma resulta de processo multifatorial, envolvendo, sobretudo, choque hemorrágico e inflamação. Os níveis elevados de IL-1, IL-6 e TNF estão relacionados à resposta inflamatória exacerbada e ao distúrbio de coagulação. Na última década, foi demonstrada a ação anti-inflamatória da via colinérgica vagal, através da interação da acetilcolina em receptores nicotínicos dos macrófagos, modulando a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Modelos experimentais demonstraram a efetividade da estimulação vagal sobre a resposta inflamatória. Metodologia_ Ratos Wistar machos foram submetidos à cervicotomia, choque hemorrágico controlado, vagotomia e estimulação vagal. Foram coletadas amostradas sanguíneas iniciais e finais para tromboelastometria e dosagem de citocinas pelo método ELISA; a análise estatística foi pelo ANOVA e pelo t student. Resultados_ Nos animais com vago íntegro e submetidos ao choque hemorrágico, a força tênsil do coágulo foi reduzida; naqueles animais cujo nervo vago foi seccionado submetidos ao choque e à estimulação distal, a força tênsil aumentou e o tempo para formação do coágulo diminuiu. Além disso, houve redução significativa na produção de IL-1; a vagotomia bilateral e a estimulação com o vago íntegro, previamente ao choque não produziu diferença significativa nos parâmetros de tromboelastometria. Conclusão_ A estimulação vagal distal melhora a coagulação após o choque hemorrágico e reduz a produção de IL-1; vagotomia, estimulação prévia ao choque e nervo vago íntegro, não produziram diferença sobre a coagulação. Finalmente, o choque hemorrágico, sem estímulo vagal reduz a força tênsil do coágulo. |
id |
UFMG_92ab165ac0e395220895973c21aa2962 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9Q5GDS |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Jose Renan da Cunha MeloJoao Baptista de Rezende NetoVivian ResendeCristiano Xavier LimaRoger Lage Alves2019-08-10T05:02:00Z2019-08-10T05:02:00Z2014-06-13http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9Q5GDSIntrodução_ A influência do estímulo vagal sobre a coagulação foi demonstrada, neste trabalho, pela tromboelastometria no modelo experimental de choque hemorrágico controlado em ratos. A coagulopatia associada ao trauma. O distúrbio de coagulação relacionado ao trauma resulta de processo multifatorial, envolvendo, sobretudo, choque hemorrágico e inflamação. Os níveis elevados de IL-1, IL-6 e TNF estão relacionados à resposta inflamatória exacerbada e ao distúrbio de coagulação. Na última década, foi demonstrada a ação anti-inflamatória da via colinérgica vagal, através da interação da acetilcolina em receptores nicotínicos dos macrófagos, modulando a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Modelos experimentais demonstraram a efetividade da estimulação vagal sobre a resposta inflamatória. Metodologia_ Ratos Wistar machos foram submetidos à cervicotomia, choque hemorrágico controlado, vagotomia e estimulação vagal. Foram coletadas amostradas sanguíneas iniciais e finais para tromboelastometria e dosagem de citocinas pelo método ELISA; a análise estatística foi pelo ANOVA e pelo t student. Resultados_ Nos animais com vago íntegro e submetidos ao choque hemorrágico, a força tênsil do coágulo foi reduzida; naqueles animais cujo nervo vago foi seccionado submetidos ao choque e à estimulação distal, a força tênsil aumentou e o tempo para formação do coágulo diminuiu. Além disso, houve redução significativa na produção de IL-1; a vagotomia bilateral e a estimulação com o vago íntegro, previamente ao choque não produziu diferença significativa nos parâmetros de tromboelastometria. Conclusão_ A estimulação vagal distal melhora a coagulação após o choque hemorrágico e reduz a produção de IL-1; vagotomia, estimulação prévia ao choque e nervo vago íntegro, não produziram diferença sobre a coagulação. Finalmente, o choque hemorrágico, sem estímulo vagal reduz a força tênsil do coágulo.Background_ In the present work the influence of vagal stimulation on the coagulation profile as demonstrated by tromboelastometria in a controlled hemorrhagic shock model was investigated. The trauma coagulopathy is associated to hemorrhagic shock and inflammation with increase of plasmatic IL-1, IL-6 and TNF levels. Cholinergic anti-inflammatory pathways were demonstrated to regulate inflammatory cytokines release. Vagal stimulation was proved to modify the inflammatory response pattern. The purpose of this paper was to investigate the role played by vagal stimulation on the hemorrhagic shock-induced coagulopathy. Methods _ Baseline and final measurements of thromboelastometry and cytokines were analyzed in rats submitted to hemorrhagic shock preceded or followed by cervical vagal stimulation ; data expressed as mean +/- SD were analyzed by ANOVA and Student t test. Results _ Hemorrhagic shock without vagal stimulation, worsens maximum clot firmness (MCF) and reduced IL-1 levels. Stimulation of the caudal end of the vagus nerve improved maximum clot firmness (MCF), clot formation time (CFT) and anticipated thrombin organization ( angle). Either bilateral vagotomy or bilateral stimulation of intact vagus before acute hemorrhagic shock did not modified the coagulation profile. Conclusions_ Caudal stimulation of the distal edge of a seccioned vagus improves coagulation and reduces IL-1 plasmatic levels after acute hypovolemic shock, Bilateral vagotomy or stimulation of intact vagus before hemorrhagic shock do not modify coagulation. Acute hypovolemic controlled hemorrhagic shock without vagal stimulation worsens maximum clot firmness.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGChoque hemorrágicoCoagulação sanguíneaModelos animaisVagotomiaSangue Distúrbios da coagulaçãoRatos WistarTranstornos da coagulação sanguíneaTromboelastografia/métodosCitocinasCiências Aplicadas à Cirurgia e a OftalmologiaEfeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_vers_o_final.pdfapplication/pdf1469823https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9Q5GDS/1/disserta__o_vers_o_final.pdff66f078eb93bdf00efc5acecb7ca967eMD51TEXTdisserta__o_vers_o_final.pdf.txtdisserta__o_vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain84585https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9Q5GDS/2/disserta__o_vers_o_final.pdf.txta5b38bed91fd7d66702fca71da81da6fMD521843/BUOS-9Q5GDS2019-11-14 09:26:43.909oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9Q5GDSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:26:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
title |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
spellingShingle |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos Roger Lage Alves Ciências Aplicadas à Cirurgia e a Oftalmologia Choque hemorrágico Coagulação sanguínea Modelos animais Vagotomia Sangue Distúrbios da coagulação Ratos Wistar Transtornos da coagulação sanguínea Tromboelastografia/métodos Citocinas |
title_short |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
title_full |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
title_fullStr |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
title_full_unstemmed |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
title_sort |
Efeito do estímulo vagal sobre a coagulação no modelo de choque hemorrágico controlado em ratos |
author |
Roger Lage Alves |
author_facet |
Roger Lage Alves |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Jose Renan da Cunha Melo |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Joao Baptista de Rezende Neto |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Vivian Resende |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Cristiano Xavier Lima |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Roger Lage Alves |
contributor_str_mv |
Jose Renan da Cunha Melo Joao Baptista de Rezende Neto Vivian Resende Cristiano Xavier Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ciências Aplicadas à Cirurgia e a Oftalmologia |
topic |
Ciências Aplicadas à Cirurgia e a Oftalmologia Choque hemorrágico Coagulação sanguínea Modelos animais Vagotomia Sangue Distúrbios da coagulação Ratos Wistar Transtornos da coagulação sanguínea Tromboelastografia/métodos Citocinas |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Choque hemorrágico Coagulação sanguínea Modelos animais Vagotomia Sangue Distúrbios da coagulação Ratos Wistar Transtornos da coagulação sanguínea Tromboelastografia/métodos Citocinas |
description |
Introdução_ A influência do estímulo vagal sobre a coagulação foi demonstrada, neste trabalho, pela tromboelastometria no modelo experimental de choque hemorrágico controlado em ratos. A coagulopatia associada ao trauma. O distúrbio de coagulação relacionado ao trauma resulta de processo multifatorial, envolvendo, sobretudo, choque hemorrágico e inflamação. Os níveis elevados de IL-1, IL-6 e TNF estão relacionados à resposta inflamatória exacerbada e ao distúrbio de coagulação. Na última década, foi demonstrada a ação anti-inflamatória da via colinérgica vagal, através da interação da acetilcolina em receptores nicotínicos dos macrófagos, modulando a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Modelos experimentais demonstraram a efetividade da estimulação vagal sobre a resposta inflamatória. Metodologia_ Ratos Wistar machos foram submetidos à cervicotomia, choque hemorrágico controlado, vagotomia e estimulação vagal. Foram coletadas amostradas sanguíneas iniciais e finais para tromboelastometria e dosagem de citocinas pelo método ELISA; a análise estatística foi pelo ANOVA e pelo t student. Resultados_ Nos animais com vago íntegro e submetidos ao choque hemorrágico, a força tênsil do coágulo foi reduzida; naqueles animais cujo nervo vago foi seccionado submetidos ao choque e à estimulação distal, a força tênsil aumentou e o tempo para formação do coágulo diminuiu. Além disso, houve redução significativa na produção de IL-1; a vagotomia bilateral e a estimulação com o vago íntegro, previamente ao choque não produziu diferença significativa nos parâmetros de tromboelastometria. Conclusão_ A estimulação vagal distal melhora a coagulação após o choque hemorrágico e reduz a produção de IL-1; vagotomia, estimulação prévia ao choque e nervo vago íntegro, não produziram diferença sobre a coagulação. Finalmente, o choque hemorrágico, sem estímulo vagal reduz a força tênsil do coágulo. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-06-13 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-10T05:02:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-10T05:02:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9Q5GDS |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9Q5GDS |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9Q5GDS/1/disserta__o_vers_o_final.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9Q5GDS/2/disserta__o_vers_o_final.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f66f078eb93bdf00efc5acecb7ca967e a5b38bed91fd7d66702fca71da81da6f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589564094218240 |