Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelo Cordeiro de Mello
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/40427
https://orcid.org/0000-0001-6880-7503
Resumo: A presente tese busca resgatar a memória de uma obra cultural importante: o projeto cinematográfico não-filmado de A hora dos ruminantes. Baseado na obra literária homônima, de José J. Veiga, o projeto foi concebido por uma dupla: o crítico e roteirista Jean-Claude Bernardet e o cineasta Luiz Sergio Person. O principal documento que nos permite retraçar este projeto é o roteiro cinematográfico de A hora dos ruminantes, escrito em 1967 por Bernardet e Person. No capítulo inicial, partimos de uma discussão conceitual geral a respeito de alguns dos principais problemas ligados a A hora dos ruminantes, especialmente a adaptação, a escrita de roteiros cinematográficos e a intercessão entre cinema, política e espetáculo. Em seguida, no segundo capítulo, apresentamos a literatura de José J. Veiga, apontando alguns de seus principais problemas, especialmente a discussão sobre sua relação com o realismo mágico, e com o problema da alegoria política. Esse capítulo termina com uma tentativa de abstração, pensando a relação de Veiga com o cinema (ainda sem tratar do projeto de Person e Bernardet). No terceiro capítulo, traçamos um panorama da cultura brasileira no contexto do final da década de sessenta, contextualizando a produção de Person e Bernardet (anterior a A hora dos ruminantes) dentro da geração do Cinema Novo. No quarto capítulo, o principal, debruçamo-nos enfim sobre o nosso corpus: o roteiro cinematográfico de A hora dos ruminantes e seus respectivos anexos. Nossa abordagem, mais ou menos panorâmica, procura dar uma ideia geral do projeto em sua pluralidade de aspectos, tentando extrair o aspecto mais importante de cada tema ou subtema. Retraçamos, passo a passo, a cronologia dos acontecimentos ligados ao projeto cinematográfico de A hora dos ruminantes, desde a sua origem até a sua interrupção. Analisamos o processo de adaptação, descrevendo a forma como Person e Bernardet recriam a obra de Veiga, norteados por um projeto estético e político. Procuramos chamar a atenção para aquilo que o roteiro tem de original em relação à narrativa de Veiga. Exploramos a relação do texto do roteiro de A hora dos ruminantes com a literatura. Retomando parte da discussão do capítulo dois, debatemos com que gêneros cinematográficos dialogaria o filme A hora dos ruminantes. Também repassamos alguns de seus aspectos técnicos (traçando conjecturas sobre aspectos como a locação, a fotografia, o figurino, o som e o elenco). Por fim, discutimos o modelo estético-político de A hora dos ruminantes, espécie de realismo mágico cinematográfico voltado para o público interiorano, procurando unir espetáculo ao cinema engajado (neste ponto, retomamos parte da discussão do primeiro capítulo). O quinto e último capítulo da tese acompanha o contexto imediatamente posterior à suspensão de A hora dos ruminantes e revela ao leitor documentos inéditos da repressão da ditadura militar relacionados ao cineasta Person, que jogam uma nova luz sobre o contexto político desfavorável em que ele e Bernardet atuavam, o que ajuda a explicar a interrupção definitiva do projeto cinematográfico de A hora dos ruminantes.
id UFMG_962d44aab6bb7aef42739e03f840159f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/40427
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Vera Lucia de Carvalho Casa Novahttp://lattes.cnpq.br/9503681165579164Silvana Maria Pessôa de OliveiraRafael Conde de ResendeJosette Maria Alves de Souza MonzaniMateus Araujo SilvaAndré Guimarães Brasil (Suplente). Yara dos Santos Augusto Silva (Suplente)http://lattes.cnpq.br/8514971131019930Marcelo Cordeiro de Mello2022-03-24T18:41:01Z2022-03-24T18:41:01Z2019-11-29http://hdl.handle.net/1843/40427https://orcid.org/0000-0001-6880-7503A presente tese busca resgatar a memória de uma obra cultural importante: o projeto cinematográfico não-filmado de A hora dos ruminantes. Baseado na obra literária homônima, de José J. Veiga, o projeto foi concebido por uma dupla: o crítico e roteirista Jean-Claude Bernardet e o cineasta Luiz Sergio Person. O principal documento que nos permite retraçar este projeto é o roteiro cinematográfico de A hora dos ruminantes, escrito em 1967 por Bernardet e Person. No capítulo inicial, partimos de uma discussão conceitual geral a respeito de alguns dos principais problemas ligados a A hora dos ruminantes, especialmente a adaptação, a escrita de roteiros cinematográficos e a intercessão entre cinema, política e espetáculo. Em seguida, no segundo capítulo, apresentamos a literatura de José J. Veiga, apontando alguns de seus principais problemas, especialmente a discussão sobre sua relação com o realismo mágico, e com o problema da alegoria política. Esse capítulo termina com uma tentativa de abstração, pensando a relação de Veiga com o cinema (ainda sem tratar do projeto de Person e Bernardet). No terceiro capítulo, traçamos um panorama da cultura brasileira no contexto do final da década de sessenta, contextualizando a produção de Person e Bernardet (anterior a A hora dos ruminantes) dentro da geração do Cinema Novo. No quarto capítulo, o principal, debruçamo-nos enfim sobre o nosso corpus: o roteiro cinematográfico de A hora dos ruminantes e seus respectivos anexos. Nossa abordagem, mais ou menos panorâmica, procura dar uma ideia geral do projeto em sua pluralidade de aspectos, tentando extrair o aspecto mais importante de cada tema ou subtema. Retraçamos, passo a passo, a cronologia dos acontecimentos ligados ao projeto cinematográfico de A hora dos ruminantes, desde a sua origem até a sua interrupção. Analisamos o processo de adaptação, descrevendo a forma como Person e Bernardet recriam a obra de Veiga, norteados por um projeto estético e político. Procuramos chamar a atenção para aquilo que o roteiro tem de original em relação à narrativa de Veiga. Exploramos a relação do texto do roteiro de A hora dos ruminantes com a literatura. Retomando parte da discussão do capítulo dois, debatemos com que gêneros cinematográficos dialogaria o filme A hora dos ruminantes. Também repassamos alguns de seus aspectos técnicos (traçando conjecturas sobre aspectos como a locação, a fotografia, o figurino, o som e o elenco). Por fim, discutimos o modelo estético-político de A hora dos ruminantes, espécie de realismo mágico cinematográfico voltado para o público interiorano, procurando unir espetáculo ao cinema engajado (neste ponto, retomamos parte da discussão do primeiro capítulo). O quinto e último capítulo da tese acompanha o contexto imediatamente posterior à suspensão de A hora dos ruminantes e revela ao leitor documentos inéditos da repressão da ditadura militar relacionados ao cineasta Person, que jogam uma nova luz sobre o contexto político desfavorável em que ele e Bernardet atuavam, o que ajuda a explicar a interrupção definitiva do projeto cinematográfico de A hora dos ruminantes.This thesis’ role is to bring back the memory of an important work of art: the unfilmed cinematographic project of The plague of the ruminants. Based upon the short novel of the same title, by José J. Veiga, the project was conceived by a duo: the screenwriter and critic Jean-Claude Bernardet and the filmmaker Luiz Sergio Person. The main document that makes it possible to retrace this project is the unfilmed screenplay of The plague of the ruminants, written in 1967 by Bernardet and Person. The thesis starts with a theoretical general discussion about some of the main problems connected to The plague of the ruminants, specially adaptation, screenwriting and the intersection between cinema, politics and spectacle. Sequentially, the second chapter introduces José J. Veiga's literature, pointing out some of its main issues, especially the discussion about his relationship with magic realism, and with the problem of political allegory. This chapter ends with an attempt to imagine Veiga's relationship with cinema (independently of Person and Bernardet's project). The third chapter gives an overview of Brazilian culture in the context of the late sixties, contextualizing the production of Person and Bernardet (prior to The plague of the ruminants) within the Cinema Novo generation. The fourth chapter, the main one, finally focuses on the corpus: the screenplay of The plague of the ruminants and its annexes. Our approach here is more or less panoramic, and tries to give a general idea of the project in its plurality of aspects, attempting to extract the most important aspect of each theme or sub-theme. We retrace, step by step, the chronology of the events linked to the cinematographic project of The plague of the ruminants, from its origin to its interruption. The chapter analyzes the adaptation process, describing the way in which Person and Bernardet recreate Veiga's work guided by an aesthetic and political point of view. It draws attention to original aspects of the screenplay (in comparison to Veiga's narrative). Also, it explores the relationship between the screenplay of The plague of the ruminants and literature. Bringing back some elements of the discussion in chapter two, we discuss which cinematographic genres would be present in the film The plague of the ruminants. Some of technical aspects are presented (drawing conjectures about aspects such as location, photography, costumes, sound and cast). Finally, the aesthetic-political model of The plague of the ruminants is discussed – a kind of cinematic magic realism aimed to the audience of smaller cities, trying to balance movie spectacle and politically engaged cinema (at this point, some elements from the discussion of the first chapter are discussed again). The fifth and final chapter of the thesis describes the context immediately after the suspension of The plague of the ruminants and reveals to the reader unpublished documents of the repression of the brazilian military dictatorship related to filmmaker Person. These documents shed new light about the unfavorable political context in which he and Bernardet worked, and help explain the reasons for the definitive interruption of The plague of the ruminants’ film project.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LiteráriosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASVeiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999. – Hora dos ruminantes – Crítica e interpretaçãoVeiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999 – Adaptações para o cinemaFicção brasileira – História e críticaCinema e literaturaPolítica e literaturaA hora dos ruminantesJosé J. VeigaJean-Claude BernardetLuiz Sergio PersonRoteiro cinematográfico não-filmadoEspetáculoResistênciaEspetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantesSpectacle and resistance in the unfilmed and unpublished screenplay of The plague of the ruminantsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALMarceloCordeiroDeMello-AHDR.pdfMarceloCordeiroDeMello-AHDR.pdfapplication/pdf1926654https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40427/1/MarceloCordeiroDeMello-AHDR.pdf78ef039cf9594feb514022dcdeb89c7eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40427/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/404272022-03-24 15:41:01.681oai:repositorio.ufmg.br:1843/40427TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-24T18:41:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Spectacle and resistance in the unfilmed and unpublished screenplay of The plague of the ruminants
title Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
spellingShingle Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
Marcelo Cordeiro de Mello
A hora dos ruminantes
José J. Veiga
Jean-Claude Bernardet
Luiz Sergio Person
Roteiro cinematográfico não-filmado
Espetáculo
Resistência
Veiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999. – Hora dos ruminantes – Crítica e interpretação
Veiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999 – Adaptações para o cinema
Ficção brasileira – História e crítica
Cinema e literatura
Política e literatura
title_short Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
title_full Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
title_fullStr Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
title_full_unstemmed Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
title_sort Espetáculo e resistência no roteiro cinematográfico inédito de A hora dos ruminantes
author Marcelo Cordeiro de Mello
author_facet Marcelo Cordeiro de Mello
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vera Lucia de Carvalho Casa Nova
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9503681165579164
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Silvana Maria Pessôa de Oliveira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rafael Conde de Resende
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Josette Maria Alves de Souza Monzani
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Mateus Araujo Silva
dc.contributor.referee5.fl_str_mv André Guimarães Brasil (Suplente). Yara dos Santos Augusto Silva (Suplente)
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8514971131019930
dc.contributor.author.fl_str_mv Marcelo Cordeiro de Mello
contributor_str_mv Vera Lucia de Carvalho Casa Nova
Silvana Maria Pessôa de Oliveira
Rafael Conde de Resende
Josette Maria Alves de Souza Monzani
Mateus Araujo Silva
André Guimarães Brasil (Suplente). Yara dos Santos Augusto Silva (Suplente)
dc.subject.por.fl_str_mv A hora dos ruminantes
José J. Veiga
Jean-Claude Bernardet
Luiz Sergio Person
Roteiro cinematográfico não-filmado
Espetáculo
Resistência
topic A hora dos ruminantes
José J. Veiga
Jean-Claude Bernardet
Luiz Sergio Person
Roteiro cinematográfico não-filmado
Espetáculo
Resistência
Veiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999. – Hora dos ruminantes – Crítica e interpretação
Veiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999 – Adaptações para o cinema
Ficção brasileira – História e crítica
Cinema e literatura
Política e literatura
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Veiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999. – Hora dos ruminantes – Crítica e interpretação
Veiga, José J. (José Jacinto), 1915-1999 – Adaptações para o cinema
Ficção brasileira – História e crítica
Cinema e literatura
Política e literatura
description A presente tese busca resgatar a memória de uma obra cultural importante: o projeto cinematográfico não-filmado de A hora dos ruminantes. Baseado na obra literária homônima, de José J. Veiga, o projeto foi concebido por uma dupla: o crítico e roteirista Jean-Claude Bernardet e o cineasta Luiz Sergio Person. O principal documento que nos permite retraçar este projeto é o roteiro cinematográfico de A hora dos ruminantes, escrito em 1967 por Bernardet e Person. No capítulo inicial, partimos de uma discussão conceitual geral a respeito de alguns dos principais problemas ligados a A hora dos ruminantes, especialmente a adaptação, a escrita de roteiros cinematográficos e a intercessão entre cinema, política e espetáculo. Em seguida, no segundo capítulo, apresentamos a literatura de José J. Veiga, apontando alguns de seus principais problemas, especialmente a discussão sobre sua relação com o realismo mágico, e com o problema da alegoria política. Esse capítulo termina com uma tentativa de abstração, pensando a relação de Veiga com o cinema (ainda sem tratar do projeto de Person e Bernardet). No terceiro capítulo, traçamos um panorama da cultura brasileira no contexto do final da década de sessenta, contextualizando a produção de Person e Bernardet (anterior a A hora dos ruminantes) dentro da geração do Cinema Novo. No quarto capítulo, o principal, debruçamo-nos enfim sobre o nosso corpus: o roteiro cinematográfico de A hora dos ruminantes e seus respectivos anexos. Nossa abordagem, mais ou menos panorâmica, procura dar uma ideia geral do projeto em sua pluralidade de aspectos, tentando extrair o aspecto mais importante de cada tema ou subtema. Retraçamos, passo a passo, a cronologia dos acontecimentos ligados ao projeto cinematográfico de A hora dos ruminantes, desde a sua origem até a sua interrupção. Analisamos o processo de adaptação, descrevendo a forma como Person e Bernardet recriam a obra de Veiga, norteados por um projeto estético e político. Procuramos chamar a atenção para aquilo que o roteiro tem de original em relação à narrativa de Veiga. Exploramos a relação do texto do roteiro de A hora dos ruminantes com a literatura. Retomando parte da discussão do capítulo dois, debatemos com que gêneros cinematográficos dialogaria o filme A hora dos ruminantes. Também repassamos alguns de seus aspectos técnicos (traçando conjecturas sobre aspectos como a locação, a fotografia, o figurino, o som e o elenco). Por fim, discutimos o modelo estético-político de A hora dos ruminantes, espécie de realismo mágico cinematográfico voltado para o público interiorano, procurando unir espetáculo ao cinema engajado (neste ponto, retomamos parte da discussão do primeiro capítulo). O quinto e último capítulo da tese acompanha o contexto imediatamente posterior à suspensão de A hora dos ruminantes e revela ao leitor documentos inéditos da repressão da ditadura militar relacionados ao cineasta Person, que jogam uma nova luz sobre o contexto político desfavorável em que ele e Bernardet atuavam, o que ajuda a explicar a interrupção definitiva do projeto cinematográfico de A hora dos ruminantes.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-11-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-24T18:41:01Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-03-24T18:41:01Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/40427
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6880-7503
url http://hdl.handle.net/1843/40427
https://orcid.org/0000-0001-6880-7503
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40427/1/MarceloCordeiroDeMello-AHDR.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40427/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 78ef039cf9594feb514022dcdeb89c7e
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589425747197952