Estratigrafia, petrografia e geoquímica da Formação Uberaba: implicações para as fontes do diamante aluvionar da região sudeste do Triângulo Mineiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dennis Arthuso Quintao
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/IGCC-ALHQ9N
Resumo: A Formação Uberaba, de idade Campaniana e ocorrência restrita à região da cidade homônima, é composta por rochas vulcanoclásticas de caráter alcalino e por arenitos líticos e conglomeráticos de cor esverdeada com estratificações cruzadas acanaladas. Ocorrem minerais pesados como ilmenita, granada, perovskita e magnetita, além de clinopiroxênio, plagioclásio, quartzo, calcita e apatita. A proveniência sedimentar da Formação Uberaba provavelmente corresponde a uma mistura de materiais de vários distritos alcalinos do Alto Paranaíba, com idades entre 87 e 83 Ma. Essa contribuição alcalina na Formação Uberaba é verificada pelo elevado fracionamento dos ETR, com razões LaN/YbN= 128,53 (enriquecido em ETR leves), padrão plano do diagrama para ETR e anomalias positivas de Nb, Ta, La e Ce. Além disso, é também constatada contribuição detrítica derivada da erosão da Formação Serra Geral e dos grupos Canastra e Araxá. As granadas da Formação Uberaba correspondem ao subtipo andradita da variedade chorlomita (enriquecidas em Ti) com origem crustal e afinidade eclogítica. Em Romaria são encontradas granadas piropo (enriquecidas em Cr) de origem mantélica e derivação peridotítica, indicativos de proveniência kimberlítica. Descarta-se, pelo menos de forma preliminar, uma correlação entre a Formação Uberaba e os conglomerados produtores da região de Romaria (MG). Os diamantes aluvionares do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba podem ter tido contribuições detríticas de kimberlitos e lamproítos, porém essa não foi a fonte principal já que aqueles até então descobertos na região não apresentam número e tamanho suficiente para que possam ter fornecido os milhões de quilates de diamantes já retirados nesses locais.
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Essa contribuição alcalina na Formação Uberaba é verificada pelo elevado fracionamento dos ETR, com razões LaN/YbN= 128,53 (enriquecido em ETR leves), padrão plano do diagrama para ETR e anomalias positivas de Nb, Ta, La e Ce. Além disso, é também constatada contribuição detrítica derivada da erosão da Formação Serra Geral e dos grupos Canastra e Araxá. As granadas da Formação Uberaba correspondem ao subtipo andradita da variedade chorlomita (enriquecidas em Ti) com origem crustal e afinidade eclogítica. Em Romaria são encontradas granadas piropo (enriquecidas em Cr) de origem mantélica e derivação peridotítica, indicativos de proveniência kimberlítica. Descarta-se, pelo menos de forma preliminar, uma correlação entre a Formação Uberaba e os conglomerados produtores da região de Romaria (MG). Os diamantes aluvionares do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba podem ter tido contribuições detríticas de kimberlitos e lamproítos, porém essa não foi a fonte principal já que aqueles até então descobertos na região não apresentam número e tamanho suficiente para que possam ter fornecido os milhões de quilates de diamantes já retirados nesses locais.The Uberaba Formation, of Campanian age, outcrops mainly within and near the Uberaba city. It consists of volcaniclastic rocks of alkaline character and lithic sandstones and greenish colored conglomerates showing fluted cross-stratification. Heavy minerals present are ilmenite, garnet, perovskite and magnetite, with minor clinopyroxenes, plagioclase, quartz, calcite, and apatite. The volcanic contribution to the Uberaba Fm. probably represents a mixture of alkaline volcanics from sources within the Upper Paranaíba region, aged between 87 and 83 Ma. This observation is supported by the whole rock analysis of the Uberaba Fm. showing an alkaline signature with high levels of barium, tantalum, lanthanum and niobium, and high thorium due to perovskite, a common mineral in alkaline districts. The detrital contribution within the Uberaba Fm. is derived from erosion of the Serra Geral Fm., as well as from the Canastra and Araxá groups. The source of alluvial diamonds within the Triangulo Mineiro is not well understood and may have a relationship with the known alkaline intrusions. Kimberlite and lamproite as the main source contributions to the Uberaba Fm. were discounted because they do not have sufficient number or size nearby that they could have provided the millions of carats of alluvionar diamond already recovered in the region. A correlation between the Uberaba Fm. and the diamond-bearing conglomerates of the Romaria region (MG) is not sustained.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGeoquímica  Triângulo Mineiro (MG) Diamante  Triângulo Mineiro (MG) Aluvião  Triângulo Mineiro (MG) Química mineralógica Proveniência SedimentarAlto ParanaíbaGeoquímicaDiamante aluvionarBacia BauruFormação UberabaProvíncia AlcalinaEstratigrafia, petrografia e geoquímica da Formação Uberaba: implicações para as fontes do diamante aluvionar da região sudeste do Triângulo Mineiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_dennis_quint_o_2017__quint_o_d.a.__geoqu_mica_e_qu_mica__mineral_da_forma__o_uberaba.pdfapplication/pdf9570319https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-ALHQ9N/1/disserta__o_final_dennis_quint_o_2017__quint_o_d.a.__geoqu_mica_e_qu_mica__mineral_da_forma__o_uberaba.pdfd45c5bc5b9b844ddd86da85f0931c1afMD51TEXTdisserta__o_final_dennis_quint_o_2017__quint_o_d.a.__geoqu_mica_e_qu_mica__mineral_da_forma__o_uberaba.pdf.txtdisserta__o_final_dennis_quint_o_2017__quint_o_d.a.__geoqu_mica_e_qu_mica__mineral_da_forma__o_uberaba.pdf.txtExtracted texttext/plain220653https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-ALHQ9N/2/disserta__o_final_dennis_quint_o_2017__quint_o_d.a.__geoqu_mica_e_qu_mica__mineral_da_forma__o_uberaba.pdf.txt09f4df96875e770b671914c78921468eMD521843/IGCC-ALHQ9N2019-11-14 06:45:38.156oai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-ALHQ9NRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:45:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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