Afluência do saber- etnoconhecimento de migrantes rurais como estratégia para a educação ambiental.
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/38501 |
Resumo: | AFLUÊNCIA DO SABER Etnoconhecimento de migrantes rurais como estratégia para a educação ambiental. Na região Norte de Minas Gerais, a partir da década de 1960/70 houve um maciço processo de expropriação de terras, fator que consolidou a chamada revolução verde e a criação extensiva de gados. Saluzinho, um agricultor de Varzelândia se tornou símbolo de resistência, pois lutou contra os fazendeiros que queriam tomar as suas terras, foi torturado, preso e infelizmente morreu sem ter os direitos reconhecidos. O caso de Saluzinho é fundamental nesse estudo, pois reúne vários elementos abordados nessa dissertação. Em consequência dos processos de tomada de terras e, em busca de melhores condições de vida, milhares de agricultores migraram para os centros urbanos. A população urbana do município de Montes Claros, por exemplo, quintuplicou de tamanho, em comparação ao número de habitantes que havia na década de 1960. Alguns desses migrantes rurais, detentores de um vasto conhecimento tradicional, se tornaram “docentes camponeses” no Centro de Referência da Cultura Material da Agricultura Familiar (Sítio de Saluzinho) e, uma ou duas vezes por semana, ministram oficinas, sobre o rural e o urbano, recursos naturais, cultura. Tendo em vista compreender as relações, entre os saberes tradicionais nas áreas urbanas, o escopo central dessa dissertação foi analisar os circuitos de produção e reprodução do etnoconhecimentos de nove agricultores urbanos (migrantes) alocados no Sítio de Saluzinho. Os dados dessa pesquisa foram coletados de abril de 2017 a maio de 2018, com a utilização dos métodos de pesquisa: histórias de vida; questionários semiestruturados; observação participante e mapeamentos dos quintais urbanos. Posteriormente esses dados foram tabulados e analisados qualitativamente. Os resultados indicaram que esses agricultores (as), a partir de um repertório de saberes de origem rural, criam e recriam o conhecimento sobre a natureza na área urbana, de maneira que transformam os seus quintais em laboratórios vivos, reproduzem réplicas de “mini sistemas rurais”, experimentam técnicas, sementes, solos e os mais variados tipos de manejos. Os quintais urbanos, além de servir como local de convivência, de trocas simbólicas ou materiais, também contribuem para a segurança alimentar e nutricional das famílias. A vivência propiciada pelo Sítio de Saluzinho aos estudantes, muitos com pouco, ou nenhum conhecimento do mundo rural constituem-se, como elemento importante de compreensão e articulação entre meio natural e social. Acredita-se que o etnoconhecimento desses (as) agricultores (as) reúne uma série de características, que nos permite considera-lo como um instrumento, estratégico para educação humano-social. |
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Flávia Maria Galizonihttp://lattes.cnpq.br/1703561012094731Ana Paula Glinfiskoi ThéHeloísa Soares de Moura CostaJuliana Sena Calixtohttp://lattes.cnpq.br/7682641135688106Simone Rebouças Martins2021-10-26T17:33:36Z2021-10-26T17:33:36Z2018-11-27http://hdl.handle.net/1843/38501AFLUÊNCIA DO SABER Etnoconhecimento de migrantes rurais como estratégia para a educação ambiental. Na região Norte de Minas Gerais, a partir da década de 1960/70 houve um maciço processo de expropriação de terras, fator que consolidou a chamada revolução verde e a criação extensiva de gados. Saluzinho, um agricultor de Varzelândia se tornou símbolo de resistência, pois lutou contra os fazendeiros que queriam tomar as suas terras, foi torturado, preso e infelizmente morreu sem ter os direitos reconhecidos. O caso de Saluzinho é fundamental nesse estudo, pois reúne vários elementos abordados nessa dissertação. Em consequência dos processos de tomada de terras e, em busca de melhores condições de vida, milhares de agricultores migraram para os centros urbanos. A população urbana do município de Montes Claros, por exemplo, quintuplicou de tamanho, em comparação ao número de habitantes que havia na década de 1960. Alguns desses migrantes rurais, detentores de um vasto conhecimento tradicional, se tornaram “docentes camponeses” no Centro de Referência da Cultura Material da Agricultura Familiar (Sítio de Saluzinho) e, uma ou duas vezes por semana, ministram oficinas, sobre o rural e o urbano, recursos naturais, cultura. Tendo em vista compreender as relações, entre os saberes tradicionais nas áreas urbanas, o escopo central dessa dissertação foi analisar os circuitos de produção e reprodução do etnoconhecimentos de nove agricultores urbanos (migrantes) alocados no Sítio de Saluzinho. Os dados dessa pesquisa foram coletados de abril de 2017 a maio de 2018, com a utilização dos métodos de pesquisa: histórias de vida; questionários semiestruturados; observação participante e mapeamentos dos quintais urbanos. Posteriormente esses dados foram tabulados e analisados qualitativamente. Os resultados indicaram que esses agricultores (as), a partir de um repertório de saberes de origem rural, criam e recriam o conhecimento sobre a natureza na área urbana, de maneira que transformam os seus quintais em laboratórios vivos, reproduzem réplicas de “mini sistemas rurais”, experimentam técnicas, sementes, solos e os mais variados tipos de manejos. Os quintais urbanos, além de servir como local de convivência, de trocas simbólicas ou materiais, também contribuem para a segurança alimentar e nutricional das famílias. A vivência propiciada pelo Sítio de Saluzinho aos estudantes, muitos com pouco, ou nenhum conhecimento do mundo rural constituem-se, como elemento importante de compreensão e articulação entre meio natural e social. Acredita-se que o etnoconhecimento desses (as) agricultores (as) reúne uma série de características, que nos permite considera-lo como um instrumento, estratégico para educação humano-social.AFLUENCE OF KNOWLEDGE Ethnoconference of rural migrants as an Environmental Education strategy. There was a massive process of land expropriation, from the 1960s onwards, at northern region of Minas Gerais and this consolidated the so-called green revolution and the creation of extensive livestock. Saluzinho, a farmer from Varzelândia, became a symbol of resistance because he fought against farmers who wanted to take their land. He was tortured, imprisoned and, unfortunately, died without having his rights recognized. The case of Saluzinho is fundamental in this study, since it brings together several elements addressed in this dissertation. As a result of land ownership processes, thousands of farmers migrated to urban centers searching for better living conditions. The urban population of the municipality of Montes Claros, for example, increased fivefold in relation to the number of inhabitants in the 1960s. Some of these rural migrants, with a vast traditional knowledge, became "peasant teachers" at “Centro de Referência da Cultura Material da Agricultura Familiar (Sítio de Saluzinho”) and once or twice a week, they give workshops about rural and urban areas, natural resources and culture. In order to understand the relationships between traditional knowledge in urban areas, the central scope of this dissertation was to analyze how circling ethno-knowledge of nine urban (migrant) farmers located in the “Sítio de Saluzinho”. Data from this research were collected from April 2017 to May 2018, using the following research methods: life histories; semi-structured questionnaires; participant observation and urban backyard mappings were later tabulated and analyzed qualitatively. The results indicated that these farmers, from a repertoire of rural knowledge, create and recreate the knowledge about nature in the urban area, so that they transform their backyards into living laboratories, reproduce replicas of rural mini-systems, experiment techniques, seedlings, soils, and the most varied types of management with the plantation. Urban backyards, besides serving as a place of coexistence, symbolic or material exchanges, also contribute to the security food and nutritional of families. The experience offered by the “Sítio de Saluzinho” to students, many with little or no knowledge of the “rural world”, constitutes an important element of understanding and articulation between natural and social environment. It is believed that the ethno-knowledge of these farmers brings together a series of characteristics that allow us to consider it as an instrument, strategic for human-social education.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e TerritórioUFMGBrasilICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAShttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessAgricultura urbanaEducação ambientalEtnoconhecimentoSítio de SaluzinhoAfluência do saber- etnoconhecimento de migrantes rurais como estratégia para a educação ambiental.Afluence of knowledge - Ethnoconference of rural migrants as an Environmental Education strategy.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAFLUÊNCIA DO SABER - Etnoconhecimento de migrante s rurais como estratégia para a educação ambiental. (8)PDFA.pdfAFLUÊNCIA DO SABER - Etnoconhecimento de migrante s rurais como estratégia para a educação ambiental. (8)PDFA.pdfapplication/pdf3737798https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38501/1/AFLU%c3%8aNCIA%20DO%20%20SABER%20-%20%20Etnoconhecimento%20%20de%20%20migrante%20s%20rurais%20%20como%20estrat%c3%a9gia%20%20para%20a%20educa%c3%a7%c3%a3o%20%20ambiental.%20%288%29PDFA.pdf4bd118f61dd92f6685a8d859567580abMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38501/2/license_rdff9944a358a0c32770bd9bed185bb5395MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38501/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/385012021-10-26 14:33:36.984oai:repositorio.ufmg.br:1843/38501TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-26T17:33:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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