A singuralidade plural: Hannah Arendt e a 'Analítica do belo"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Esteban Amador
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-89LJAJ
Resumo: Neste estudo pretende-se efetuar uma aproximação à filosofia política de Hannah Arendt a partir de alguns elementos presentes na Crítica da faculdade do juízo de Immanuel Kant. Defender-se-á a tese geral segundo a qual é possível, através de uma leitura da problemática filosófica tratada por Kant em termos estéticos na Analítica do belo, alcançar uma compreensão da especificidade e originalidade do pensamento político de Arendt. Na primeira parte do trabalho, seguindo o fio condutor da estetização da política, se tentarão estabelecer alguns pontos de partida ontológicos do pensamento arendtiano do político, aomesmo tempo em que se assinalará a proximidade entre a problemática lançada por esses pontos de partida e a problemática do juízo colocada por Kant na Analítica do belo. Realizar-se-á, na segunda parte, uma análise do texto kantiano, visando indicar quais elementos ali presentes podem ser enriquecedores para o pensamento arendtiano. Far-se-á especial ênfase nos conceitos de universalidade subjetiva, desinteresse, voz universal, exemplaridade e sensus communis. A terceira parte do trabalho terá como objetivo principal esclarecer de que maneira esses elementos presentes na estética kantiana permitemdar uma forma determinada ao âmbito próprio e específico do político tal como ele é pensado por Arendt. As noções de universalidade plural, de prática comunicativa e de subjetividade mundana estabelecerão o molde dentro do qual se desenvolverá a análise. Por último, tratarse-á a figura do espectador a fim de mostrar que tal elemento, se lido através da Analítica do belo, desenha também uma determinada compreensão da proposta filosófico-política de um dos mais agudos pensamentos do político do século XX.
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