Efeito da microestrutura prévia nas propriedades mecânicas de um aço bifásico com requisito de expansão de furo

• Autor(a) principal: Marcus Vinicius Pereira Arruda
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30340
• topic: Dual Phase; Microestrutura; Expansão de Furo; Nanodureza; EBSD; Engenharia metalúrgica; Metalurgia física; Aço - Propriedades mecânicas; Microestrutura

O presente estudo avaliou a influência de dois tipos de microestruturas prévias, obtidas no material como laminado a quente, sobre a microestrutura e as propriedades mecânicas finais de um aço Dual Phase laminado a frio com limite mínimo de resistência de 980 MPa e requisito de expansão de furo. Para isso, chapas com duas microestruturas prévias, uma formada predominantemente por ferrita, bainita e martensita (FBM) e a outra por ferrita e perlita (FP), foram laminadas a frio em escala piloto e submetidas a ciclos de recozimento contínuo em simulador Gleeble e dilatômetro. Essas amostras foram avaliadas quanto às propriedades mecânicas em tração e expansão de furo, com caracterização microestrutural envolvendo as técnicas por microscopias óptica e eletrônica de varredura, EBSD e nanodureza. Com os resultados dessas avaliações foi possível verificar que a microestrutura prévia exerceu influência significativa nos processos de nucleação e crescimento da austenita, acarretando, assim, em variações na morfologia e constituição da microestrutura formada ao final do aquecimento, principalmente para as simulações que utilizaram baixa taxa de aquecimento e menor temperatura intercrítica. A microestrutura prévia FBM mostrou maiores valores de LR e LE e menores valores de AL quando comparada com a microestrutura prévia FP. Tal resultado foi atribuído à maior quantidade de 2ª fase na microestrutura originada a partir de FBM, confirmada via análise de imagem, EBSD e curvas de transformação por dilatometria. A adoção de temperaturas de recozimento intercrítico mais elevadas propiciou melhor homogeneidade da microestrutura e, consequentemente, maior capacidade de expansão de furo. Essa homogeneidade foi avaliada por nanoindentação, onde se verificou que o menor gradiente de dureza entre os constituintes da microestrutura contribuiu para os melhores resultados em expansão de furo.