Novas perspectivas para tratamento da doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wilson Piaza Santos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-A3YFF7
Resumo: doença de Parkinson (DP) tem como principal característica patológica a perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra pars compacta e a presença de depósitos da proteína -sinucleína nos neurônios remanescentes. A DP é marcada por sintomas motores e não-motores típicos da doença. Ainda não existe um tratamento neuroprotetor que retarde a progressão da doença e tenha maiores benefícios sobre os sintomas da DP. Avanços importantes têm sido feitos em relação às vias que levam à disfunção e morte celular na DP. Algumas das vias que têm sido estudadas até o momento incluem: disfunção mitocondrial, estresse oxidativo, regulação do cálcio, inflamação e agregação de proteínas. A interação com canais de cálcio pode representar um alvo adequado para a intervenção terapêutica destinada a atrasar a progressão da DP. A disfunção mitocondrial e o aumento do estresse oxidativo também estão envolvidos na patogênese da DP e são possíveis alvos de intervenção. O enovelamento incorreto de proteínas, predominantemente da -sinucleína, leva à formação de agregados proteicos bastante tóxicos para as células, logo uma boa alternativa para o tratamento seria a utilização de estratégias que melhorem a eliminação de proteínas indesejadas. O uso de agonistas do receptor 5-HT1A resultou em melhora dos sintomas motores da DP, discinesia induzida por levodopa, deficiências cognitivas e vômitos. A excitotoxicidade mediada pelo glutamato pode contribuir para os mecanismos que desencadeiam o processo neurodegenerativo na substância negra pars compacta. Sendo assim, o desenvolvimento de novas moléculas ou estratégias farmacológicas para atuar nos receptores de glutamato também configura uma possível estratégia terapêutica. A regulação da apoptose por meio de interações de membros da família de Bcl-2 e das cascatas de caspases também pode ser uma alternativa de intervenção para tratamento da DP.
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