"O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jefferson Rodrigues Pereira
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Kely Cesar Martins de Paiva, José Vitor Palhares Dos Santos, Caíssa Veloso e Sousa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/55464
Resumo: Em seus tempos áureos, a zona de prostituição da Guaicurus (Belo Horizonte, MG) era comparada com outras “renomadas” do mundo, dentre as quais a parisiense região Moulin Rouge. No entanto, as mulheres que ali trabalham, as prostitutas, sempre foram estigmatizadas e alvos de discriminação e violência. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar relações entre o sentido do trabalho e a construção da identidade de prostitutas, fazendo-se um paralelo com o filme Moulin Rouge. Para tal, uma pesquisa exploratória qualitativa foi operacionalizada por meio de entrevistas pautadas em história oral temática com 17 prostitutas da referida região; seus dados foram submetidos à análise do discurso (vertente francesa). As análises indicaram sentidos frágeis e identidades fragmentadas e multifacetadas. Sofrimento diário, prazer próprio silenciado e sonhos imaturos retratam que, custe o que custar, “o show tem que continuar”.
id UFMG_9ed4daa6f78eff02a954d6706317e2a8
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/55464
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling 2023-06-28T13:47:54Z2023-06-28T13:47:54Z201816315118010.19094/contextus.v16i3.3264221789258http://hdl.handle.net/1843/55464Em seus tempos áureos, a zona de prostituição da Guaicurus (Belo Horizonte, MG) era comparada com outras “renomadas” do mundo, dentre as quais a parisiense região Moulin Rouge. No entanto, as mulheres que ali trabalham, as prostitutas, sempre foram estigmatizadas e alvos de discriminação e violência. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar relações entre o sentido do trabalho e a construção da identidade de prostitutas, fazendo-se um paralelo com o filme Moulin Rouge. Para tal, uma pesquisa exploratória qualitativa foi operacionalizada por meio de entrevistas pautadas em história oral temática com 17 prostitutas da referida região; seus dados foram submetidos à análise do discurso (vertente francesa). As análises indicaram sentidos frágeis e identidades fragmentadas e multifacetadas. Sofrimento diário, prazer próprio silenciado e sonhos imaturos retratam que, custe o que custar, “o show tem que continuar”.In its heyday, Guaicurus prostitution zone (Belo Horizonte, MG) was compared to other worldwide “renowned” ones, including the Parisian Moulin Rouge region. However, the women who work there, prostitutes, have always been stigmatized as targets of discrimination and violence. Thus, the purpose of this study was to analyze relations between the sense of work and the identity construction of prostitutes, by making a parallel with the film Moulin Rouge. For that, a qualitative exploratory research was operationalized through interviews based on thematic oral history with 17 prostitutes of that region; its data were submitted to discourse analysis (French approach). The analyses indicated fragile senses and fragmented, multifaceted identities. Daily suffering, silenced own pleasure and immature dreams portray that, whatever the cost, “the show must go on”.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVASCONTEXTUS – Revista Contemporânea de Economia e GestãoProstitutasTrabalhoSentido do trabalhoIdentidadeProstitutaMoulin RougeGuaicurus"O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta"The show must go on": tracks and mishaps of being a prostitute"El espectáculo debe continuar": huellas y percances del ser/estar prostitutainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://periodicos.ufc.br/contextus/article/view/32642/pdfJefferson Rodrigues PereiraKely Cesar Martins de PaivaJosé Vitor Palhares Dos SantosCaíssa Veloso e Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55464/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALO show tem que continuar.pdfO show tem que continuar.pdfapplication/pdf5096644https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55464/2/O%20show%20tem%20que%20continuar.pdfa6802edffa7e5f5852d0bed2aa1d18ceMD521843/554642023-07-12 17:18:37.83oai:repositorio.ufmg.br:1843/55464TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-12T20:18:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv "The show must go on": tracks and mishaps of being a prostitute
"El espectáculo debe continuar": huellas y percances del ser/estar prostituta
title "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
spellingShingle "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
Jefferson Rodrigues Pereira
Sentido do trabalho
Identidade
Prostituta
Moulin Rouge
Guaicurus
Prostitutas
Trabalho
title_short "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
title_full "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
title_fullStr "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
title_full_unstemmed "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
title_sort "O show tem que continuar ”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
author Jefferson Rodrigues Pereira
author_facet Jefferson Rodrigues Pereira
Kely Cesar Martins de Paiva
José Vitor Palhares Dos Santos
Caíssa Veloso e Sousa
author_role author
author2 Kely Cesar Martins de Paiva
José Vitor Palhares Dos Santos
Caíssa Veloso e Sousa
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Jefferson Rodrigues Pereira
Kely Cesar Martins de Paiva
José Vitor Palhares Dos Santos
Caíssa Veloso e Sousa
dc.subject.por.fl_str_mv Sentido do trabalho
Identidade
Prostituta
Moulin Rouge
Guaicurus
topic Sentido do trabalho
Identidade
Prostituta
Moulin Rouge
Guaicurus
Prostitutas
Trabalho
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Prostitutas
Trabalho
description Em seus tempos áureos, a zona de prostituição da Guaicurus (Belo Horizonte, MG) era comparada com outras “renomadas” do mundo, dentre as quais a parisiense região Moulin Rouge. No entanto, as mulheres que ali trabalham, as prostitutas, sempre foram estigmatizadas e alvos de discriminação e violência. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar relações entre o sentido do trabalho e a construção da identidade de prostitutas, fazendo-se um paralelo com o filme Moulin Rouge. Para tal, uma pesquisa exploratória qualitativa foi operacionalizada por meio de entrevistas pautadas em história oral temática com 17 prostitutas da referida região; seus dados foram submetidos à análise do discurso (vertente francesa). As análises indicaram sentidos frágeis e identidades fragmentadas e multifacetadas. Sofrimento diário, prazer próprio silenciado e sonhos imaturos retratam que, custe o que custar, “o show tem que continuar”.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-06-28T13:47:54Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-06-28T13:47:54Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/55464
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv 10.19094/contextus.v16i3.32642
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 21789258
identifier_str_mv 10.19094/contextus.v16i3.32642
21789258
url http://hdl.handle.net/1843/55464
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv CONTEXTUS – Revista Contemporânea de Economia e Gestão
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55464/1/License.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55464/2/O%20show%20tem%20que%20continuar.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fa505098d172de0bc8864fc1287ffe22
a6802edffa7e5f5852d0bed2aa1d18ce
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676638317969408