Não nos calaremos, somos a sua consciência pesada; a Rosa Branca não os deixará em paz: a Rosa Branca e sua resistência ao nazismo (1942-1943)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Visconti Sales
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AUTHBV
Resumo: A Rosa Branca foi um grupo de resistência não violenta que surgiu em Munique, na Alemanha de Hitler, entre os anos de 1942 e 1943. Seus membros eram os estudantes da Universidade de Munique Hans e Sophie Scholl, Alexander Schmorell, Christoph Probst, Willi Graf e o professor universitário Kurt Huber. Eles distribuíram panfletos como forma de disseminar a resistência ao Nacional-Socialismo e todos foram executados pela Gestapo por crime de alta traição. A forma de atuação panfletária se deu em duas fases: a primeira, em 1942, denominada Panfletos da Rosa Branca, e a segunda, em 1943, chamada de Panfletos do Movimento de Resistência na Alemanha. Enquanto na primeira fase esses jovens pregavam uma resistência não violenta e baseada no princípio de sabotagem a todos os mecanismos do Partido Nazista, a segunda fase buscava uma resistência mais ativa e integrada com outros grupos resistentes na Alemanha. Há uma radicalização nas intenções de ação entre 1942 e 1943 e um dos objetivos dessa dissertação é precisamente de detalhar mais profundamente as nuances dessa mudança de pensamento. Portanto, o presente trabalho busca uma análise da resistência proposta pelo Rosa Branca em suas duas fases de atuação e os principais conceitos presentes em seus escritos: liberdade, resistência e culpa. Na reflexão acerca do Estado totalitário e das possibilidades de ação em sua vigência, bem como de resistência a ele, articulam-se as teorias de Hannah Arendt, Zygmunt Bauman e Tzvetan Todorov. Será lançado um olhar sobre a memória produzida no pós-guerra sobre a Rosa Branca para a compreensão da dinâmica de resistir em um governo totalitário. Além disso, o objetivo também é o de narrar uma história acerca da vida desses estudantes e do caminho percorrido rumo à resistência.
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