Polícia preventiva: avaliação do processo de implementação do Grupo Especializado em Policiamento de Áreas de Risco no aglomerado Palmital em Santa Luzia Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simone Maria dos Santos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97KKMV
Resumo: O estudo buscou avaliar em que medida o processo de implementação do Grupo Especializado no Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR) esteve voltado para o desenvolvimento de uma modalidade de policiamento preventivo, nos moldes do policiamento comunitário, sendo a atuação do grupamento diferenciada em termos da filosofia, da estratégia organizacional e da utilização da ferramenta de solução de problemas. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os policiais que compõem o grupamento, seus superiores diretos e as principais lideranças comunitárias do aglomerado Palmital. Foram aplicados questionários aos jovens que participam das oficinas do programa Fica Vivo! na localidade e também realizada pesquisa documental. O período de 2005 a 2006 não foi propício para que todas as fases do processo fossem implantadas de acordo com o protocolo prescrito e não houve uma mudança substantiva na relação entre o grupamento e a comunidade. Diferentemente, em 2007, os dados apontaram mudanças genuínas na percepção dos policiais quanto à atuação do grupamento na comunidade e a percepção dos atores que compunham o Grupo Gestor Fica Vivo!/Palmital era de que eles trabalhavam em parceria com os policiais do grupamento, confiavam em atuação e informavam sobre a dinâmica criminal na localidade, além de efetivamente participarem do planejamento operacional do grupo a partir da estratégia de solução de problemas. Nesses termos, no período, o processo de implementação do GEPAR esteve voltado para o desenvolvimento de uma modalidade de policiamento nos moldes do policiamento comunitário. Assim, foi possível ressaltar vários avanços do grupo: correlação positiva entre a presença do grupamento na localidade e o aumento da sensação de segurança dos representantes das principais instituições da área e dos jovens que frequentam as oficinas do programa Fica Vivo!; impacto positivo do policiamento desenvolvido pelo GEPAR na imagem que a maioria dos representantes das instituições tinha em relação à polícia e à percepção de que os policiais trabalham visando melhorar a qualidade de vida dos moradores; melhora na percepção dos policiais em relação à dificuldade do GEPAR em levantar informações na comunidade; aspectos positivos na reorientação das atividades de patrulhamento para enfatizar serviços não emergenciais e na descentralização do comando. Não obstante os avanços no período supracitado, a partir do final de 2007, os atores envolvidos no processo de implantação destacaram uma falta de continuidade das ações que tinham tido como corolário resultados positivos para a localidade e apontaram diferentes fatores que dificultaram a continuação da efetividade da estratégia de policiamento comunitário tais como: má gestão dos equipamentos destinados ao grupamento; inobservância do prescrito na instrução 02/2005, no que diz respeito à forma de recrutamento, seleção e formação dos policiais do GEPAR; grande rotatividade dos policiais; o policiamento não era realizado somente na área de responsabilidade territorial do grupo; as reuniões de intervenção estratégicas foram interrompidas por um longo período, além do fato de elas não incorporarem discussões sobre problemas não diretamente criminais. Em síntese, como conclusão, tem-se que a atuação do grupamento, nos moldes do policiamento comunitário no Palmital, variou ao longo do tempo, desde o início do trabalho do grupo.
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O período de 2005 a 2006 não foi propício para que todas as fases do processo fossem implantadas de acordo com o protocolo prescrito e não houve uma mudança substantiva na relação entre o grupamento e a comunidade. Diferentemente, em 2007, os dados apontaram mudanças genuínas na percepção dos policiais quanto à atuação do grupamento na comunidade e a percepção dos atores que compunham o Grupo Gestor Fica Vivo!/Palmital era de que eles trabalhavam em parceria com os policiais do grupamento, confiavam em atuação e informavam sobre a dinâmica criminal na localidade, além de efetivamente participarem do planejamento operacional do grupo a partir da estratégia de solução de problemas. Nesses termos, no período, o processo de implementação do GEPAR esteve voltado para o desenvolvimento de uma modalidade de policiamento nos moldes do policiamento comunitário. Assim, foi possível ressaltar vários avanços do grupo: correlação positiva entre a presença do grupamento na localidade e o aumento da sensação de segurança dos representantes das principais instituições da área e dos jovens que frequentam as oficinas do programa Fica Vivo!; impacto positivo do policiamento desenvolvido pelo GEPAR na imagem que a maioria dos representantes das instituições tinha em relação à polícia e à percepção de que os policiais trabalham visando melhorar a qualidade de vida dos moradores; melhora na percepção dos policiais em relação à dificuldade do GEPAR em levantar informações na comunidade; aspectos positivos na reorientação das atividades de patrulhamento para enfatizar serviços não emergenciais e na descentralização do comando. Não obstante os avanços no período supracitado, a partir do final de 2007, os atores envolvidos no processo de implantação destacaram uma falta de continuidade das ações que tinham tido como corolário resultados positivos para a localidade e apontaram diferentes fatores que dificultaram a continuação da efetividade da estratégia de policiamento comunitário tais como: má gestão dos equipamentos destinados ao grupamento; inobservância do prescrito na instrução 02/2005, no que diz respeito à forma de recrutamento, seleção e formação dos policiais do GEPAR; grande rotatividade dos policiais; o policiamento não era realizado somente na área de responsabilidade territorial do grupo; as reuniões de intervenção estratégicas foram interrompidas por um longo período, além do fato de elas não incorporarem discussões sobre problemas não diretamente criminais. Em síntese, como conclusão, tem-se que a atuação do grupamento, nos moldes do policiamento comunitário no Palmital, variou ao longo do tempo, desde o início do trabalho do grupo.The study sought to evaluate to what extent the implementation process of the Grupo Especializado no Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR) was directed to develop a form of preventive policing, similar to community policing, and the performance of the group is different in terms of philosophy, organizational strategy and use the tool for troubleshooting. Thus, we conducted semi-structured interviews with the officials who make up the cluster, their direct superiors and key community leaders of the cluster Palmital; Questionnaire was administered to young people who participate in the program workshops Staying Alive! held in the locality and documentary research. The period from 2005 to 2006 was not suitable for all phases of the process were established according to the prescribed protocol and there was no substantive change in the relationship between the group and the community. Unlike in 2007, the data show genuine change in the perception of police as to the action of the group in the community and the perception of actors who made up the Steering Group Staying Alive!/Palmital was that they worked in partnership with the officers of the group, relied on action and informed them about the criminal dynamics in the locality, and effectively participate in the operational planning group from the strategy of problem solving. Accordingly, during the implementation process GEPAR was directed to develop a method of policing along the lines of community policing. Thus, it was possible to highlight several advances in the group: positive correlation between the presence of the group in the locality and the increased feeling of safety of the representatives of major institutions in the area and young people who attend the workshops program Staying Alive!; Positive impact of police work GEPAR by the image that most institutions had representatives of the police and the perception that the police are working to improve the quality of life of residents; improvement in the perception of the police in relation to the difficulty in raising the GEPAR information in the community ; positive aspects in the reorientation of patrol activities to emphasize non-emergency services and decentralization of command. Notwithstanding the progress made during the stated period from the end of 2007, the actors involved in the deployment process highlighted a lack of continuity of the actions that have had positive results as a corollary to the location and pointed out different factors that hindered the continued effectiveness the community policing strategy such as mismanagement of equipment for the reverse split, the statement required by 02/2005 regarding the form of recruitment, selection and training of police officers GEPAR was not followed; high turnover of police the GEPAR; policing was not carried out only in the territorial area of responsibility of the group; strategic intervention meetings were interrupted for an extended period, beyond the fact that they do not incorporate discussions on issues not directly criminal. In summary, as conclusion, we have that the action of the group along the lines of community policing in Palmital varied over time, since the beginning of group work.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPolíciaSociologiaPoliciamento comunitárioÁreas de RiscoPrevençãoPoliciamento ComunitárioPolícia preventiva: avaliação do processo de implementação do Grupo Especializado em Policiamento de Áreas de Risco no aglomerado Palmital em Santa Luzia Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_simone_maria_dos_santos.pdfapplication/pdf2296875https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97KKMV/1/tese_simone_maria_dos_santos.pdf5587907ca69b05384cd2476cd82c0dadMD51TEXTtese_simone_maria_dos_santos.pdf.txttese_simone_maria_dos_santos.pdf.txtExtracted texttext/plain489819https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97KKMV/2/tese_simone_maria_dos_santos.pdf.txt61d896a55ceacee2bad47a4dc0e351c4MD521843/BUOS-97KKMV2019-11-14 16:34:38.803oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-97KKMVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:34:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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