A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vinicius Assis Couto
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-BEKLE9
Resumo: A possibilidade de um preso sobreviver em uma prisão se dá por meio do êxito em transitar pelas regras formais da instituição e pelas regras criadas pelos próprios presos. Estas últimas, estabelecidas e reafirmadas durante décadas, são tão legitimadas e aplicadas pelos internos, que torna possível afirmarmos que existe uma sociedade singular intramuros, capaz de criar seu próprio mecanismo de punição, assim como sua hierarquia e suas normas de condutas. E essa sociedade intramuros, geralmente, não permite aos seus participantes ações desviantes de suas regras. Contudo, nas últimas décadas, surgiu, dentro dessa sociedade, um grupo de presos específicos que tem como cerne de sua constituição valores morais e condutas éticas discrepantes dessa sociedade intramuros: os evangélicos. O surgimento, a interação e a inserção desse novo grupo na estrutura hierárquica dessa sociedade intramuros compõem o objeto deste trabalho. Utilizando observações participantes e entrevistas com presos e gestores do sistema prisional, este trabalho aponta que, por vezes, o grupo de presos evangélicos rompe com suas doutrinas no intuito de manter a sua aceitação na sociedade intramuros.
id UFMG_a1dd4d188d8079ca15686b53ecfabb85
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-BEKLE9
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Renan Springer de FreitasClaudio Chaves Beato FilhoAndrea Maria SilveiraVinicius Assis Couto2019-08-09T12:58:09Z2019-08-09T12:58:09Z2011-04-27http://hdl.handle.net/1843/BUBD-BEKLE9A possibilidade de um preso sobreviver em uma prisão se dá por meio do êxito em transitar pelas regras formais da instituição e pelas regras criadas pelos próprios presos. Estas últimas, estabelecidas e reafirmadas durante décadas, são tão legitimadas e aplicadas pelos internos, que torna possível afirmarmos que existe uma sociedade singular intramuros, capaz de criar seu próprio mecanismo de punição, assim como sua hierarquia e suas normas de condutas. E essa sociedade intramuros, geralmente, não permite aos seus participantes ações desviantes de suas regras. Contudo, nas últimas décadas, surgiu, dentro dessa sociedade, um grupo de presos específicos que tem como cerne de sua constituição valores morais e condutas éticas discrepantes dessa sociedade intramuros: os evangélicos. O surgimento, a interação e a inserção desse novo grupo na estrutura hierárquica dessa sociedade intramuros compõem o objeto deste trabalho. Utilizando observações participantes e entrevistas com presos e gestores do sistema prisional, este trabalho aponta que, por vezes, o grupo de presos evangélicos rompe com suas doutrinas no intuito de manter a sua aceitação na sociedade intramuros.The possibility of a prisoner to survive in a prison is through the successful transition into the formal rules of the institution associated with the rules made by the prisoners themselves. The latter, established and reaffirmed for decades, are so legitimized, and enforced by inmates who makes it possible to ascertain the existance of a singular intramural society. Able to create its own mechanism of punishment, as well as its hierarchy and rules of conduct, the intramural society, generally does not allow its participants to break their rules. However, in recent decades has emerged within this society, a specific group of prisoners with moral values and ethical conduct discrepant of the ones dominants in this Intramural society: protestants. The emergency, interaction and integration of this new group in the hierarchical structure of intramural society make up the issue of this dissertation. Using observation and interviews with prisoners and prison officials, this dissertation shows that sometimes the group of evangelical prisioners breaks with their own doctrines in order to maintain its acceptance in the intramural societyUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGSociologiaPrisãoCriminososReligiosidadeRegras do crimePrisãoReligiosidadeConversãoA oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídiosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdfapplication/pdf813406https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-BEKLE9/1/ppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdff4f3e9a5ca15d8e9f5d71ef5e13f041dMD51TEXTppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdf.txtppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdf.txtExtracted texttext/plain160990https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-BEKLE9/2/ppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdf.txtd8d644f302a5da2984b29fd660dfe866MD521843/BUBD-BEKLE92019-11-14 06:01:23.175oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-BEKLE9Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:01:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
title A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
spellingShingle A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
Vinicius Assis Couto
Regras do crime
Prisão
Religiosidade
Conversão
Sociologia
Prisão
Criminosos
Religiosidade
title_short A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
title_full A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
title_fullStr A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
title_full_unstemmed A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
title_sort A oficina do diabo e a casa do senhor: os embates identitários dentro dos presídios
author Vinicius Assis Couto
author_facet Vinicius Assis Couto
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Renan Springer de Freitas
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Claudio Chaves Beato Filho
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Andrea Maria Silveira
dc.contributor.author.fl_str_mv Vinicius Assis Couto
contributor_str_mv Renan Springer de Freitas
Claudio Chaves Beato Filho
Andrea Maria Silveira
dc.subject.por.fl_str_mv Regras do crime
Prisão
Religiosidade
Conversão
topic Regras do crime
Prisão
Religiosidade
Conversão
Sociologia
Prisão
Criminosos
Religiosidade
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Sociologia
Prisão
Criminosos
Religiosidade
description A possibilidade de um preso sobreviver em uma prisão se dá por meio do êxito em transitar pelas regras formais da instituição e pelas regras criadas pelos próprios presos. Estas últimas, estabelecidas e reafirmadas durante décadas, são tão legitimadas e aplicadas pelos internos, que torna possível afirmarmos que existe uma sociedade singular intramuros, capaz de criar seu próprio mecanismo de punição, assim como sua hierarquia e suas normas de condutas. E essa sociedade intramuros, geralmente, não permite aos seus participantes ações desviantes de suas regras. Contudo, nas últimas décadas, surgiu, dentro dessa sociedade, um grupo de presos específicos que tem como cerne de sua constituição valores morais e condutas éticas discrepantes dessa sociedade intramuros: os evangélicos. O surgimento, a interação e a inserção desse novo grupo na estrutura hierárquica dessa sociedade intramuros compõem o objeto deste trabalho. Utilizando observações participantes e entrevistas com presos e gestores do sistema prisional, este trabalho aponta que, por vezes, o grupo de presos evangélicos rompe com suas doutrinas no intuito de manter a sua aceitação na sociedade intramuros.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-04-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T12:58:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T12:58:09Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-BEKLE9
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-BEKLE9
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-BEKLE9/1/ppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-BEKLE9/2/ppgsociologia_viniciusassiscouto_dissertacaomestrado.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f4f3e9a5ca15d8e9f5d71ef5e13f041d
d8d644f302a5da2984b29fd660dfe866
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589179428306944