“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/40647 |
Resumo: | Os blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte, Angola Janga e Magia Negra, que se desenvolvem a partir de projetos coletivos de resistência nos convidam a olhar a partir da dimensão política dessas organizações. Assim, neste estudo, busquei compreender como a dinâmica das práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte, Angola Janga e Magia Negra, possibilita alcançar a dimensão política dessas organizações, no que diz respeito à perspectiva de mudança social e valorização étnico-racial. A partir do questionamento “como as práticas organizativas dos blocos de rua afro da cidade Belo Horizonte se relacionam a um projeto de valorização étnico-racial? ”, recorri à etnografia para acessar os blocos de rua afro Angola Janga e Magia Negra em pleno funcionamento, uma vez que, para compreender como as pessoas instanciam as suas práticas no aqui e agora, foi preciso imergir no campo de investigação. Para alcançar toda a complexidade que é a organização bloco afro, início o percurso a partir do objeto, ou seja, apresento os blocos de rua afro da cidade de Belo Horizonte com ênfase na história dos blocos Angola Janga e Magia Negra. Como não é possível falar de blocos de rua afro no Brasil sem ir aos pioneiros, recorro ao carnaval baiano e aos blocos de rua afro de lá para melhor compreender como esse tipo de organização surge, bem como em qual contexto social das relações raciais tudo isso se dá. Apesar das importantes influências dos blocos de rua afro pioneiros, esta pesquisa tem como recorte a cidade de Belo Horizonte que possui algumas especificidades que influenciaram/ influenciam o surgimento dos blocos de rua de carnaval, como também o próprio renascimento do carnaval de rua da cidade. Nesse contexto, me aprofundo na relação entre a cidade de Belo Horizonte e o carnaval que contribui para entender, ainda mais, os processos organizativos dos blocos de rua afro Angola Janga e Magia Negra. Com a imersão no campo, percebi que é possível acessar as práticas desses blocos, a partir dos processos organizativos que se dão em três grandes momentos, são eles: a mobilização/ preparação do cortejo, a apresentação/ cortejo e o encerramento/ pós-cortejo que se relacionam de forma cíclica na qual cada prática adotada em dado momento interfere nos momentos seguintes e consequentemente na existência e perpetuação dos blocos de rua afro estudados. Os principais achados de pesquisa evidenciam que as práticas dos blocos Angola Janga e Magia Negra se apresentam como manifestações de resistência constituindo um instrumento eficaz de enfrentamento da ordem social, com a capacidade de mudá-la. Além disso, a coletividade e consequentemente a construção de alianças entre sujeitos marginalizados deve ser considerada um importante princípio organizativo de organizações negras. |
id |
UFMG_a1f24e00b850593d45045b276e01a899 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/40647 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Luiz Alex Silva Saraivahttp://lattes.cnpq.br/8812184151373749Cristiano Cezarino GonçalvesJosé Roberto Ferreira GuerraJosiane Silva de OliveiraMaíra Neiva Gomeshttp://lattes.cnpq.br/2014692717443897Ana Flávia Rezende2022-03-31T11:48:31Z2022-03-31T11:48:31Z2022-02-23http://hdl.handle.net/1843/406470000-0002-1926-0174Os blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte, Angola Janga e Magia Negra, que se desenvolvem a partir de projetos coletivos de resistência nos convidam a olhar a partir da dimensão política dessas organizações. Assim, neste estudo, busquei compreender como a dinâmica das práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte, Angola Janga e Magia Negra, possibilita alcançar a dimensão política dessas organizações, no que diz respeito à perspectiva de mudança social e valorização étnico-racial. A partir do questionamento “como as práticas organizativas dos blocos de rua afro da cidade Belo Horizonte se relacionam a um projeto de valorização étnico-racial? ”, recorri à etnografia para acessar os blocos de rua afro Angola Janga e Magia Negra em pleno funcionamento, uma vez que, para compreender como as pessoas instanciam as suas práticas no aqui e agora, foi preciso imergir no campo de investigação. Para alcançar toda a complexidade que é a organização bloco afro, início o percurso a partir do objeto, ou seja, apresento os blocos de rua afro da cidade de Belo Horizonte com ênfase na história dos blocos Angola Janga e Magia Negra. Como não é possível falar de blocos de rua afro no Brasil sem ir aos pioneiros, recorro ao carnaval baiano e aos blocos de rua afro de lá para melhor compreender como esse tipo de organização surge, bem como em qual contexto social das relações raciais tudo isso se dá. Apesar das importantes influências dos blocos de rua afro pioneiros, esta pesquisa tem como recorte a cidade de Belo Horizonte que possui algumas especificidades que influenciaram/ influenciam o surgimento dos blocos de rua de carnaval, como também o próprio renascimento do carnaval de rua da cidade. Nesse contexto, me aprofundo na relação entre a cidade de Belo Horizonte e o carnaval que contribui para entender, ainda mais, os processos organizativos dos blocos de rua afro Angola Janga e Magia Negra. Com a imersão no campo, percebi que é possível acessar as práticas desses blocos, a partir dos processos organizativos que se dão em três grandes momentos, são eles: a mobilização/ preparação do cortejo, a apresentação/ cortejo e o encerramento/ pós-cortejo que se relacionam de forma cíclica na qual cada prática adotada em dado momento interfere nos momentos seguintes e consequentemente na existência e perpetuação dos blocos de rua afro estudados. Os principais achados de pesquisa evidenciam que as práticas dos blocos Angola Janga e Magia Negra se apresentam como manifestações de resistência constituindo um instrumento eficaz de enfrentamento da ordem social, com a capacidade de mudá-la. Além disso, a coletividade e consequentemente a construção de alianças entre sujeitos marginalizados deve ser considerada um importante princípio organizativo de organizações negras.Carnival procession groups of Afro Street in Belo Horizonte, Angloa Janga and Magia which developed from collective resistance projects, call our attention to the political dimension of these organizations. This study, therefore, aims to understand how the dynamics of the organizational practices in the afro street carnival procession groups in Belo Horizonte, Angola Janga and Magia Negra, make possible the achievement of the political dimension of these organizations in the perspective of social change as well as ethnic-racial valorization. From questioning “how the organizational practices of the Afro street procession groups in the city of Belo Horizonte relate to an ethnic-racial valorization project?” I looked into ethnography to access the Afro procession groups Angola Janga and Magia Negra in full operation, in order to understand how people instantiate their practices in the here and now, it was necessary to immerse myself into the field of investigation. In order to reach the complexity within the afro organization, I started my journey from the object, thus, I hereby present the afro street procession groups of the city of Belo Horizonte with an emphasis on the history of the Angola Janga and Magia Negra procession groups. As Afro procession groups in Brazil cannot be talked about without giving reference to the pioneers, after acknowledging the pioneers, I turned to the Bahian carnival and the Afro procession groups there to better understand how this type of organization arises, thus, in what social context or racial relations it takes place. Despite the significant influences of the pioneering Afro procession groups, this research focuses on the city of Belo Horizonte, which has some specificities that influenced or is influencing the emergence of street carnival groups, as well as the rebirth of the city's street carnival. In this context, I delved deeper into the relationship between the city of Belo Horizonte and Carnival, which helped to better understand the organizational processes of the Afro street procession groups of Angola Janga and Magia Negra. With immersion into the field, I realized it is possible to access the practices of these groups from the organizational processes that take place in three major phases, they are: the mobilization / preparation of the procession, presentation / procession and the closing / post-procession which are cyclically related and in which each practice adopted at a given phase interferes with the next phase and consequently in the existence and perpetuation of the Afro procession groups studied. The main research findings show that the practices of Angola Janga and Magia Negra procession groups present themselves as a resistant group which demonstrates, constituting an effective instrument for combating social disorder and the ability of ensuring change. In addition, collectivity and consequently the construction of alliances between marginalized subjects must be considered an important organizational principle for black organizations.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASBelo Horizonte (MG) – CarnavalNegros – Canções e musicaFestas popularesBloco de rua afroRaçaCarnavalOrganizações negrasPráticas organizativas“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL“AQUI CADA UM FAZ O SEU ROLÊ” -PRÁTICAS ORGANIZATIVAS DOS BLOCOS DE RUA AFRO DO CARNAVAL DE BELO HORIZONTE.pdf“AQUI CADA UM FAZ O SEU ROLÊ” -PRÁTICAS ORGANIZATIVAS DOS BLOCOS DE RUA AFRO DO CARNAVAL DE BELO HORIZONTE.pdfapplication/pdf3297850https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40647/1/%e2%80%9cAQUI%20CADA%20UM%20FAZ%20O%20SEU%20ROL%c3%8a%e2%80%9d%20-PR%c3%81TICAS%20ORGANIZATIVAS%20DOS%20BLOCOS%20DE%20RUA%20AFRO%20DO%20CARNAVAL%20DE%20BELO%20HORIZONTE.pdf61f5da76b1426d0258046141263f0671MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40647/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/406472022-03-31 08:48:31.73oai:repositorio.ufmg.br:1843/40647TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-31T11:48:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
title |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
spellingShingle |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte Ana Flávia Rezende Bloco de rua afro Raça Carnaval Organizações negras Práticas organizativas Belo Horizonte (MG) – Carnaval Negros – Canções e musica Festas populares |
title_short |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
title_full |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
title_fullStr |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
title_full_unstemmed |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
title_sort |
“Aqui cada um faz o seu rolê”: práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte |
author |
Ana Flávia Rezende |
author_facet |
Ana Flávia Rezende |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Luiz Alex Silva Saraiva |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8812184151373749 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Cristiano Cezarino Gonçalves |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
José Roberto Ferreira Guerra |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Josiane Silva de Oliveira |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Maíra Neiva Gomes |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2014692717443897 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ana Flávia Rezende |
contributor_str_mv |
Luiz Alex Silva Saraiva Cristiano Cezarino Gonçalves José Roberto Ferreira Guerra Josiane Silva de Oliveira Maíra Neiva Gomes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bloco de rua afro Raça Carnaval Organizações negras Práticas organizativas |
topic |
Bloco de rua afro Raça Carnaval Organizações negras Práticas organizativas Belo Horizonte (MG) – Carnaval Negros – Canções e musica Festas populares |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Belo Horizonte (MG) – Carnaval Negros – Canções e musica Festas populares |
description |
Os blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte, Angola Janga e Magia Negra, que se desenvolvem a partir de projetos coletivos de resistência nos convidam a olhar a partir da dimensão política dessas organizações. Assim, neste estudo, busquei compreender como a dinâmica das práticas organizativas dos blocos de rua afro do carnaval de Belo Horizonte, Angola Janga e Magia Negra, possibilita alcançar a dimensão política dessas organizações, no que diz respeito à perspectiva de mudança social e valorização étnico-racial. A partir do questionamento “como as práticas organizativas dos blocos de rua afro da cidade Belo Horizonte se relacionam a um projeto de valorização étnico-racial? ”, recorri à etnografia para acessar os blocos de rua afro Angola Janga e Magia Negra em pleno funcionamento, uma vez que, para compreender como as pessoas instanciam as suas práticas no aqui e agora, foi preciso imergir no campo de investigação. Para alcançar toda a complexidade que é a organização bloco afro, início o percurso a partir do objeto, ou seja, apresento os blocos de rua afro da cidade de Belo Horizonte com ênfase na história dos blocos Angola Janga e Magia Negra. Como não é possível falar de blocos de rua afro no Brasil sem ir aos pioneiros, recorro ao carnaval baiano e aos blocos de rua afro de lá para melhor compreender como esse tipo de organização surge, bem como em qual contexto social das relações raciais tudo isso se dá. Apesar das importantes influências dos blocos de rua afro pioneiros, esta pesquisa tem como recorte a cidade de Belo Horizonte que possui algumas especificidades que influenciaram/ influenciam o surgimento dos blocos de rua de carnaval, como também o próprio renascimento do carnaval de rua da cidade. Nesse contexto, me aprofundo na relação entre a cidade de Belo Horizonte e o carnaval que contribui para entender, ainda mais, os processos organizativos dos blocos de rua afro Angola Janga e Magia Negra. Com a imersão no campo, percebi que é possível acessar as práticas desses blocos, a partir dos processos organizativos que se dão em três grandes momentos, são eles: a mobilização/ preparação do cortejo, a apresentação/ cortejo e o encerramento/ pós-cortejo que se relacionam de forma cíclica na qual cada prática adotada em dado momento interfere nos momentos seguintes e consequentemente na existência e perpetuação dos blocos de rua afro estudados. Os principais achados de pesquisa evidenciam que as práticas dos blocos Angola Janga e Magia Negra se apresentam como manifestações de resistência constituindo um instrumento eficaz de enfrentamento da ordem social, com a capacidade de mudá-la. Além disso, a coletividade e consequentemente a construção de alianças entre sujeitos marginalizados deve ser considerada um importante princípio organizativo de organizações negras. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-31T11:48:31Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-03-31T11:48:31Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-02-23 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/40647 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
0000-0002-1926-0174 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/40647 |
identifier_str_mv |
0000-0002-1926-0174 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Administração |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40647/1/%e2%80%9cAQUI%20CADA%20UM%20FAZ%20O%20SEU%20ROL%c3%8a%e2%80%9d%20-PR%c3%81TICAS%20ORGANIZATIVAS%20DOS%20BLOCOS%20DE%20RUA%20AFRO%20DO%20CARNAVAL%20DE%20BELO%20HORIZONTE.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40647/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
61f5da76b1426d0258046141263f0671 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589465833209856 |