Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/38055 https://orcid.org/0000-0003-3341-6769 |
Resumo: | Introdução: A Esquizofrenia é uma doença mental grave e incapacitante. Prejuízos cognitivos primários estão entre os principais preditores desta incapacidade, e vêm merecendo a atenção da literatura nos últimos 25 anos. Os medicamentos antipsicóticos são efetivos para o tratamento da crise psicótica, mas até o momento não há evidências de benefícios sobre os sintomas cognitivos. Os protocolos de tratamento estão gradualmente incorporando recomendações farmacológicas visando evitar iatrogenias cognitivas. Existem evidências de que doses elevadas de antagonistas dopaminérgicos e muscarínicos possuem o potencial de prejudicar a cognição na Esquizofrenia. Objetivos: Descrever o perfil de prescrição farmacológica de pacientes ambulatoriais com Esquizofrenia vivendo no Brasil, e verificar a sua correlação com o perfil sociodemográfico, clínico, sintomático, de desempenho cognitivo e de funcionamento em vida diária. A principal hipótese é a de que o conhecido baixo nível educacional do país torne difícil a percepção de iatrogenias cognitivas por meio de um efeito-piso. Métodos: Dados de 144 pacientes foram utilizados neste trabalho, provenientes de 4 centros de tratamento ambulatorial. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. A PANSS foi utilizada para a quantificação sintomática. Pacientes em monoterapia antipsicótica foram divididos em grupos de “típicos” e “atípicos”. Doses antipsicóticas foram padronizadas em equivalente-clorpromazina, e doses anticolinérgicas em equivalente-benztropina. A BACS foi utilizada para avaliação cognitiva, a UPSA para avaliação da capacidade funcional, e a PSP para avaliação do funcionamento em mundo real. Resultados: Nossa amostra tinha 50,7% em uso de antipsicótico típico em monoterapia, 34% em uso de antipsicótico atípico em monoterapia, 6,3% em uso de duas classes de antipsicótico, e 9% dos pacientes estavam em uso de clozapina. A dose antipsicótica média dos pacientes em monoterapia foi de 420,1mg/d de equivalente-clorpromazina. Foi verificado que 68,9% de pacientes em monoterapia antipsicótica estava em uso de pelo menos um medicamento com efeito anticolinérgico, numa média de 3mg/d de equivalente-benztropina, com predominância do uso de biperideno. O antipsicótico atípico é mais utilizado em pacientes de maior escolaridade, com adoecimento mais tardio e mais recente, em tratamento num centro terciário, em dose mais baixa e com menor frequência de uso de anticolinérgicos. Clozapina só foi utilizada nos centros secundário e terciário. Em nossa amostra de pacientes com baixa escolaridade, a classe farmacológica e a dose antipsicótica não evidenciaram exercer impacto iatrogênico independente sobre o desempenho cognitivo, e a carga anticolinérgica apresentou apenas uma tendência de impactar negativamente em Atenção e Velocidade de Processamento. Classe farmacológica e carga anticolinérgica não evidenciaram exercer impacto iatrogênico independente sobre o desempenho funcional, e a dose antipsicótica apresentou apenas uma tendência de impactar negativamente em Habilidades de Transporte e Habilidades para Tarefas Domésticas na capacidade funcional. Conclusões: O perfil de prescrição farmacológica de pessoas com Esquizofrenia no nosso meio pode ser aprimorado, assim como o protocolo oficial disponível. Entretanto, não encontramos evidências claras de um impacto iatrogênico sobre o desempenho cognitivo e funcional, o que possivelmente se deve a um efeito-piso mediado pela baixa escolaridade de nossa população. |
id |
UFMG_a49d135336f928383644ff2750c2146d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/38055 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
João Vinícius Salgadohttp://lattes.cnpq.br/7801177341327346Clarissa Severino GamaFábio Lopes RochaBreno Fiuza CruzMaila de Castro Lourenço das Neveshttp://lattes.cnpq.br/8202123376727028Lucas Machado Mantovani2021-09-17T00:12:08Z2021-09-17T00:12:08Z2021-05-10http://hdl.handle.net/1843/38055https://orcid.org/0000-0003-3341-6769Introdução: A Esquizofrenia é uma doença mental grave e incapacitante. Prejuízos cognitivos primários estão entre os principais preditores desta incapacidade, e vêm merecendo a atenção da literatura nos últimos 25 anos. Os medicamentos antipsicóticos são efetivos para o tratamento da crise psicótica, mas até o momento não há evidências de benefícios sobre os sintomas cognitivos. Os protocolos de tratamento estão gradualmente incorporando recomendações farmacológicas visando evitar iatrogenias cognitivas. Existem evidências de que doses elevadas de antagonistas dopaminérgicos e muscarínicos possuem o potencial de prejudicar a cognição na Esquizofrenia. Objetivos: Descrever o perfil de prescrição farmacológica de pacientes ambulatoriais com Esquizofrenia vivendo no Brasil, e verificar a sua correlação com o perfil sociodemográfico, clínico, sintomático, de desempenho cognitivo e de funcionamento em vida diária. A principal hipótese é a de que o conhecido baixo nível educacional do país torne difícil a percepção de iatrogenias cognitivas por meio de um efeito-piso. Métodos: Dados de 144 pacientes foram utilizados neste trabalho, provenientes de 4 centros de tratamento ambulatorial. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. A PANSS foi utilizada para a quantificação sintomática. Pacientes em monoterapia antipsicótica foram divididos em grupos de “típicos” e “atípicos”. Doses antipsicóticas foram padronizadas em equivalente-clorpromazina, e doses anticolinérgicas em equivalente-benztropina. A BACS foi utilizada para avaliação cognitiva, a UPSA para avaliação da capacidade funcional, e a PSP para avaliação do funcionamento em mundo real. Resultados: Nossa amostra tinha 50,7% em uso de antipsicótico típico em monoterapia, 34% em uso de antipsicótico atípico em monoterapia, 6,3% em uso de duas classes de antipsicótico, e 9% dos pacientes estavam em uso de clozapina. A dose antipsicótica média dos pacientes em monoterapia foi de 420,1mg/d de equivalente-clorpromazina. Foi verificado que 68,9% de pacientes em monoterapia antipsicótica estava em uso de pelo menos um medicamento com efeito anticolinérgico, numa média de 3mg/d de equivalente-benztropina, com predominância do uso de biperideno. O antipsicótico atípico é mais utilizado em pacientes de maior escolaridade, com adoecimento mais tardio e mais recente, em tratamento num centro terciário, em dose mais baixa e com menor frequência de uso de anticolinérgicos. Clozapina só foi utilizada nos centros secundário e terciário. Em nossa amostra de pacientes com baixa escolaridade, a classe farmacológica e a dose antipsicótica não evidenciaram exercer impacto iatrogênico independente sobre o desempenho cognitivo, e a carga anticolinérgica apresentou apenas uma tendência de impactar negativamente em Atenção e Velocidade de Processamento. Classe farmacológica e carga anticolinérgica não evidenciaram exercer impacto iatrogênico independente sobre o desempenho funcional, e a dose antipsicótica apresentou apenas uma tendência de impactar negativamente em Habilidades de Transporte e Habilidades para Tarefas Domésticas na capacidade funcional. Conclusões: O perfil de prescrição farmacológica de pessoas com Esquizofrenia no nosso meio pode ser aprimorado, assim como o protocolo oficial disponível. Entretanto, não encontramos evidências claras de um impacto iatrogênico sobre o desempenho cognitivo e funcional, o que possivelmente se deve a um efeito-piso mediado pela baixa escolaridade de nossa população.Introduction: Schizophrenia is a serious and disabling mental illness. Primary cognitive impairment is a major determinant of such disability and became the focus of research in the last 25 years. Antipsychotic medication is effective in the treatment of psychotic crisis, but currently there is no evidence of enhancement of cognitive symptoms. Treatment protocols are progressively integrating pharmacological recommendations aiming at avoiding cognitive iatrogenesis. Many are the evidences of secondary cognitive impairment in Schizophrenia due to high doses of dopaminergic and muscarinic antagonists. Objectives: To describe the pharmacological treatment profile of community-dwelling patients with Schizophrenia living in Brazil, and correlate it with sociodemographic, clinical, symptomatic, and cognitive and everyday functioning performance. The main hypothesis is that iatrogenic cognitive impairment may be masked by a floor-effect, related to the low educational status of our country. Methods: We assessed 144 patients in this research, from 4 community-dwelling treatment facilities. Sociodemographic and clinical data were collected through a semi-structured interview. Symptoms were assessed by the PANSS. Patients in antipsychotics monotherapy were divided in “typical” and “atypical” groups. Antipsychotic doses were converted to chlorpromazine equivalents, and anticholinergic doses to benztropine equivalents. Cognitive performance was assessed by the BACS, functional capacity by the UPSA, and real-world functioning by PSP. Results: Our sample had 50,7% in typical antipsychotic monotherapy, 34% of atypical antipsychotic monotherapy, 6,3% using both antipsychotic groups, and 9% were on clozapine regimen. The mean antipsychotic dose in patients on monotherapy regimen was 420,1mg/day of chlorpromazine-equivalent. We found 68,9% patients taking at least one anticholinergic medication, mainly biperiden, among those in antipsychotic monotherapy, with a mean dose of 3mg/day of benztropine-equivalent. Atypical antipsychotics are used more frequently in people with higher educational status, lower age of disease onset, lower duration of disease and from a tertiary treatment facility, in lower doses, and are less likely to be combined with anticholinergic medication. Only secondary and tertiary treatment facilities had patients taking clozapine. In our sample with low educational status, antipsychotic pharmacological group and antipsychotic dose were not related to independent iatrogenic cognitive impairment, whereas anticholinergic load presented only a statistical tendency to impair Attention and Speed of Processing. Antipsychotic pharmacological group and anticholinergic load were not related to independent iatrogenic functional impairment, whereas antipsychotic dose presented only a tendency to impair Transportation Skills and Household Management in Functional Capacity. Conclusions: The pharmacological treatment profile of community-dwelling patients with Schizophrenia living in Brazil should be improved, as well as the current official recommendations. Nonetheless, there are no clear evidences of an iatrogenic effect on cognitive and functional performances, what possibly is due to a floor-effect mediated by the low educational status of our population.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em NeurociênciasUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASNeurociênciasEsquizofreniaAntipsicóticosAntagonistas colinérgicosDoença iatrogênicaCogniçãoEsquizofreniaAntipsicóticosAnticolinérgicosIatrogeniaDesempenho cognitivoDesempenho funcionalAnálise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofreniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE LUCAS MACHADO MANTOVANI - versão online.pdfTESE LUCAS MACHADO MANTOVANI - versão online.pdfArquivo da Teseapplication/pdf1234976https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38055/1/TESE%20LUCAS%20MACHADO%20MANTOVANI%20-%20vers%c3%a3o%20online.pdf27541e258ade010686135c35c4ef7aadMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38055/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/380552021-09-16 21:12:09.207oai:repositorio.ufmg.br:1843/38055TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-09-17T00:12:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
title |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
spellingShingle |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia Lucas Machado Mantovani Esquizofrenia Antipsicóticos Anticolinérgicos Iatrogenia Desempenho cognitivo Desempenho funcional Neurociências Esquizofrenia Antipsicóticos Antagonistas colinérgicos Doença iatrogênica Cognição |
title_short |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
title_full |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
title_fullStr |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
title_full_unstemmed |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
title_sort |
Análise do perfil de prescrição farmacológica e de sua correlação com aspectos sociodemográficos, clínicos, cognitivos e funcionais de uma amostra de pacientes brasileiros com Esquizofrenia |
author |
Lucas Machado Mantovani |
author_facet |
Lucas Machado Mantovani |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
João Vinícius Salgado |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7801177341327346 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Clarissa Severino Gama |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Fábio Lopes Rocha |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Breno Fiuza Cruz |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Maila de Castro Lourenço das Neves |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8202123376727028 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lucas Machado Mantovani |
contributor_str_mv |
João Vinícius Salgado Clarissa Severino Gama Fábio Lopes Rocha Breno Fiuza Cruz Maila de Castro Lourenço das Neves |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esquizofrenia Antipsicóticos Anticolinérgicos Iatrogenia Desempenho cognitivo Desempenho funcional |
topic |
Esquizofrenia Antipsicóticos Anticolinérgicos Iatrogenia Desempenho cognitivo Desempenho funcional Neurociências Esquizofrenia Antipsicóticos Antagonistas colinérgicos Doença iatrogênica Cognição |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Neurociências Esquizofrenia Antipsicóticos Antagonistas colinérgicos Doença iatrogênica Cognição |
description |
Introdução: A Esquizofrenia é uma doença mental grave e incapacitante. Prejuízos cognitivos primários estão entre os principais preditores desta incapacidade, e vêm merecendo a atenção da literatura nos últimos 25 anos. Os medicamentos antipsicóticos são efetivos para o tratamento da crise psicótica, mas até o momento não há evidências de benefícios sobre os sintomas cognitivos. Os protocolos de tratamento estão gradualmente incorporando recomendações farmacológicas visando evitar iatrogenias cognitivas. Existem evidências de que doses elevadas de antagonistas dopaminérgicos e muscarínicos possuem o potencial de prejudicar a cognição na Esquizofrenia. Objetivos: Descrever o perfil de prescrição farmacológica de pacientes ambulatoriais com Esquizofrenia vivendo no Brasil, e verificar a sua correlação com o perfil sociodemográfico, clínico, sintomático, de desempenho cognitivo e de funcionamento em vida diária. A principal hipótese é a de que o conhecido baixo nível educacional do país torne difícil a percepção de iatrogenias cognitivas por meio de um efeito-piso. Métodos: Dados de 144 pacientes foram utilizados neste trabalho, provenientes de 4 centros de tratamento ambulatorial. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. A PANSS foi utilizada para a quantificação sintomática. Pacientes em monoterapia antipsicótica foram divididos em grupos de “típicos” e “atípicos”. Doses antipsicóticas foram padronizadas em equivalente-clorpromazina, e doses anticolinérgicas em equivalente-benztropina. A BACS foi utilizada para avaliação cognitiva, a UPSA para avaliação da capacidade funcional, e a PSP para avaliação do funcionamento em mundo real. Resultados: Nossa amostra tinha 50,7% em uso de antipsicótico típico em monoterapia, 34% em uso de antipsicótico atípico em monoterapia, 6,3% em uso de duas classes de antipsicótico, e 9% dos pacientes estavam em uso de clozapina. A dose antipsicótica média dos pacientes em monoterapia foi de 420,1mg/d de equivalente-clorpromazina. Foi verificado que 68,9% de pacientes em monoterapia antipsicótica estava em uso de pelo menos um medicamento com efeito anticolinérgico, numa média de 3mg/d de equivalente-benztropina, com predominância do uso de biperideno. O antipsicótico atípico é mais utilizado em pacientes de maior escolaridade, com adoecimento mais tardio e mais recente, em tratamento num centro terciário, em dose mais baixa e com menor frequência de uso de anticolinérgicos. Clozapina só foi utilizada nos centros secundário e terciário. Em nossa amostra de pacientes com baixa escolaridade, a classe farmacológica e a dose antipsicótica não evidenciaram exercer impacto iatrogênico independente sobre o desempenho cognitivo, e a carga anticolinérgica apresentou apenas uma tendência de impactar negativamente em Atenção e Velocidade de Processamento. Classe farmacológica e carga anticolinérgica não evidenciaram exercer impacto iatrogênico independente sobre o desempenho funcional, e a dose antipsicótica apresentou apenas uma tendência de impactar negativamente em Habilidades de Transporte e Habilidades para Tarefas Domésticas na capacidade funcional. Conclusões: O perfil de prescrição farmacológica de pessoas com Esquizofrenia no nosso meio pode ser aprimorado, assim como o protocolo oficial disponível. Entretanto, não encontramos evidências claras de um impacto iatrogênico sobre o desempenho cognitivo e funcional, o que possivelmente se deve a um efeito-piso mediado pela baixa escolaridade de nossa população. |
publishDate |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-09-17T00:12:08Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-09-17T00:12:08Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-05-10 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/38055 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0003-3341-6769 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/38055 https://orcid.org/0000-0003-3341-6769 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38055/1/TESE%20LUCAS%20MACHADO%20MANTOVANI%20-%20vers%c3%a3o%20online.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38055/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
27541e258ade010686135c35c4ef7aad 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589398035431424 |