Avaliação de vulnerabilidade e de possibilidades de superação da violência na atenção primária em saúde

• Autor(a) principal: Carolina Alves Reynaldo
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/45779
• topic: Atenção primária à saúde; Violência/prevenção & controle; Vulnerabilidade social; Atenção Primária à Saúde; Violência/prevenção & controle; Vulnerabilidade Social; Empoderamento; Mudança Social

Objetivo: Pretende-se avaliar o fenômeno da violência entre usuários Atenção Primária em Saúde (APS) no município de Ribeirão das Neves/MG através da identificação de grupos vulneráveis a sofrer violência e da identificação das formas de prevenção de violência concebidas pelos usuários entrevistados. Metodologia: Em uma amostra de 629 indivíduos usuários de unidades básicas de saúde (erro de 3,71% e perda de 1,4%), foi inicialmente analisada a prevalência de relatos relacionados a presenciar e/ou sofrer a violência. Para as análises descritivas e de segmentação utilizou-se o programa IBM SPSS (Versão 19). Para a análise de conteúdo temática das respostas à pergunta “Em sua opinião, qual seria a melhor forma de prevenir a violência” selecionou-se uma amostra intencional de 350 respostas que foram categorizadas e agrupadas em temas. Resultados: Foram definidos os clusters pelo convívio com a violência (cluster 1) e vitimização (cluster 2), posteriormente relacionados variáveis sociodemográficas: faixa etária, renda, escolaridade e situação laboral. Há maior frequência no cluster 2 de sujeitos acima de 60 anos, com renda de até 1 salário, escolaridade máxima de ensino fundamental e sem atividade laboral. Na análise qualitativa três grupos temáticos foram identificados: 1.Atuação governamental (políticas públicas de segurança, cumprimento rigoroso das leis, políticas de educação, trabalho e acesso a bens, serviços, esporte e lazer); 2.Mudança social (atuação das famílias, do diálogo e o reconhecimento e empoderamento do indivíduo para exercer seu papel de cidadão); 3.Mudanças individuais (evitar atitudes que favorecem a violência e a fé e a religiosidade). Considerações finais Com este trabalho, conseguimos identificar a população idosa, com baixa escolaridade e baixa renda como a mais vulnerável a sofrer violência. Além disso, observamos que a visão da população de como é possível prevenir a violência se aproxima muito do descrito na literatura. Para o município fica o desafio de acolher a população que sofre violências não fatais e atuar de forma preventiva. Sugerimos que a parceria poder público-população seja reforçada para a construção de maneira colaborativa de um programa de prevenção da violência.