As limitações na produção do conhecimento da administração pública e a necessidade da superação da naturalização do estado

• Autor(a) principal: Rossi Henrique Soares Chaves
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Deise Luiza da Silva Ferraz, Janaynna de Moura Ferraz, Bárbara Katherine Faris Biondini
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: https://doi.org/10.21714/2177-2576EnANPAD2019; http://hdl.handle.net/1843/58383
• topic: Estado; Administração pública; Produção de conhecimento; Ideologia; Administração pública

Nosso objetivo consistiu em analisar o conhecimento produzido na Administração Pública entre a década de 1970 até 2017 a partir da crítica ao Estado burguês. Partimos da análise do conteúdo de estudos bibliométricos realizados por outros autores, paralelamente a um levantamento realizado por nós na Revista de Administração Pública (RAP) e nos eventos Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), Encontro de Administração Pública e Governança (EnAPG) e Encontro de Estudos Organizacionais (EnEO). Os resultados indicam que o Estado burguês é tratado com uma condição de naturalização, de maneira que as produções científicas tendem, em sua maioria, a centrar suas análises nas abordagens gerenciais (técnicas/avaliações), cujos trabalhos de viés mais críticos se destinam tão somente a apresentar possibilidades de reforma e/ou melhoria da gestão. A conclusão ratifica a necessidade de avançar quanto à forma de produzir conhecimento na AP, cuja materialidade e a historicidade devem assumir um papel central enquanto categorias com capacidade de apreensão do real, no caso do campo da AP, portanto, com capacidade para apontar as determinações que fazem do Estado burguês um complexo de complexos que medeia as relações capitalistas de produção.