Validando estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9EGM5J |
Resumo: | A validade dos estágios de desenvolvimento é uma questão controversa na literatura sobre Psicologia do Desenvolvimento. No entanto, nos últimos vinte anos, uma série de metodologias quantitativas têm sido empregadas para se verificar, empíricamente, a existência de descontinuidades, tanto no desempenho das pessoas quanto nas dificuldades de itens e tarefas. A dissertação tem como foco a investigação acerca da validade de estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo, por meio da construção e validação do Teste de Desenvolvimento do Raciocínio Indutivo (TDRI). Ela está dividida em duas partes, que representam dois artigos. O primeiro apresenta as duas versões iniciais do TDRI, e investiga se os itens mensuram os estágios de desenvolvimento, formando grupamentos distintos entre si, em duas amostras, uma composta por 167 pessoas (50.3% homens) com idades entre 6 e 58 anos (M = 18,90, DP = 9,70), e a outra composta por 188 pessoas (57.7% mulheres) com idades entre 6 e 65 anos (M = 21,45, DP = 14,31). Os resultados apontam um adequado ajuste ao modelo dicotômico de Rasch (infit médio = 0,94; desvio-padrão = 0,22), e evidenciam que os grupamentos de itens seguem o padrão previsto (oito itens por grupamento, cada grupamento formando um estágio), e que grupamentos adjacentes apresentam diferenças significativas entre si. O segundo artigo investiga a validade estrutural da 3ª versão do TDRI, que foi construída para superar algumas limitações verificadas nas primeiras duas versões. Esse segundo estudo emprega três metodologias distintas para verificar a validade dos estágios de desenvolvimento: 1) Análise Fatorial Confirmatória (AFC); 2) Análise Rasch para dados dicotômicos; e 3) Análise de classes latentes. A amostra foi composta por 1.459 pessoas people (52.5% mulheres) com idade entre 5 e 86 anos (M = 15,75, DP = 12,21). O resultado aponta uma estrutura fatorial de dois níveis, sendo o primeiro nível composto por 7 fatores (um para cada estágio) e o segundo nível um fator geral [2 (61) = 8832.594, p = .000, CFI = .96, RMSEA = .059]. Os itens do TDRI se ajustam ao modelo Rasch (infit médio = 0,96; desvio-padrão = 0,17), e apresentam uma confiabilidade alta para os itens (1.00) e moderadamente alta para as pessoas (0,82). As evidências apontam que a solução com sete classes latentes apresenta o melhor ajuste aos dados (AIC: 263.380; BIC: 303.887; Loglik: -111.690). Os estudos que compõe essa dissertação mostram que é possível, a partir da adoção de uma série de metodologias específicas, identificar empiricamente estágios de desenvolvimento. As evidências apontam que o TDRI é um instrumento válido e confiável para avaliar estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo. |
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Cristiano Mauro Assis GomesIgor Gomes MenezesAngela Maria Vieira PinheiroHudson Fernandes Golino2019-08-10T09:01:14Z2019-08-10T09:01:14Z2012-12-06http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9EGM5JA validade dos estágios de desenvolvimento é uma questão controversa na literatura sobre Psicologia do Desenvolvimento. No entanto, nos últimos vinte anos, uma série de metodologias quantitativas têm sido empregadas para se verificar, empíricamente, a existência de descontinuidades, tanto no desempenho das pessoas quanto nas dificuldades de itens e tarefas. A dissertação tem como foco a investigação acerca da validade de estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo, por meio da construção e validação do Teste de Desenvolvimento do Raciocínio Indutivo (TDRI). Ela está dividida em duas partes, que representam dois artigos. O primeiro apresenta as duas versões iniciais do TDRI, e investiga se os itens mensuram os estágios de desenvolvimento, formando grupamentos distintos entre si, em duas amostras, uma composta por 167 pessoas (50.3% homens) com idades entre 6 e 58 anos (M = 18,90, DP = 9,70), e a outra composta por 188 pessoas (57.7% mulheres) com idades entre 6 e 65 anos (M = 21,45, DP = 14,31). Os resultados apontam um adequado ajuste ao modelo dicotômico de Rasch (infit médio = 0,94; desvio-padrão = 0,22), e evidenciam que os grupamentos de itens seguem o padrão previsto (oito itens por grupamento, cada grupamento formando um estágio), e que grupamentos adjacentes apresentam diferenças significativas entre si. O segundo artigo investiga a validade estrutural da 3ª versão do TDRI, que foi construída para superar algumas limitações verificadas nas primeiras duas versões. Esse segundo estudo emprega três metodologias distintas para verificar a validade dos estágios de desenvolvimento: 1) Análise Fatorial Confirmatória (AFC); 2) Análise Rasch para dados dicotômicos; e 3) Análise de classes latentes. A amostra foi composta por 1.459 pessoas people (52.5% mulheres) com idade entre 5 e 86 anos (M = 15,75, DP = 12,21). O resultado aponta uma estrutura fatorial de dois níveis, sendo o primeiro nível composto por 7 fatores (um para cada estágio) e o segundo nível um fator geral [2 (61) = 8832.594, p = .000, CFI = .96, RMSEA = .059]. Os itens do TDRI se ajustam ao modelo Rasch (infit médio = 0,96; desvio-padrão = 0,17), e apresentam uma confiabilidade alta para os itens (1.00) e moderadamente alta para as pessoas (0,82). As evidências apontam que a solução com sete classes latentes apresenta o melhor ajuste aos dados (AIC: 263.380; BIC: 303.887; Loglik: -111.690). Os estudos que compõe essa dissertação mostram que é possível, a partir da adoção de uma série de metodologias específicas, identificar empiricamente estágios de desenvolvimento. As evidências apontam que o TDRI é um instrumento válido e confiável para avaliar estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo.The developmental stages validity has been focus of controversy in the literature about developmental psychology. However, in the past twenty years a serie of quantitative methodologies have been developed or applied to empirically identify discontinuities, both on people performance and items and tasks difficulties. The present dissertation investigates the validity of inductive reasoning developmental stages, throught the construction and validation of the Inductive Reasoning Developmental Test (IRDT). It will be presented in two parts, representing two papers. The first paper investigates if the IRDTs items measures six developmental stages, forming six different and spaced clusters, in two samples, being one composed by167 people (50.3% men) with ages varying from 6 to 58 years (M = 18.90, SD = 9.70), and the other composed by 188 people (57.7% woman) with ages varying from 6 to 65 years (M = 21.45, SD = 14.31). The result shows an adequate data fit to the Rasch model (infit mean = 0.94, SD = 0.22), six clear item clusters with gaps between them, with adjacent clusters presenting statistically significant differences. The second paper investigates the structural validity of the IRDT 3rd version, constructed to overcome some limitations founded in the first two versions. Three quantitative methodologies are used: 1) Confirmatory Factor Analysis; 2) Dichomotomous Rasch Model; and 3) Latent Class Analysis. The sample was composed by 1,459 people (52.5% woman) aging from 5 to 86 anos (M = 15.75, SD = 12.21). The result shows a factorial structure with seven first-order latent variables (one for each stage) and a second-order geral factor [2 (61) = 8832.594, p = .000, CFI = .96, RMSEA = .059]. The 56 items presented adequate fit to the Rasch model (infit mean = 0.96; SD = 0.17), with a high item reliability (1.00) and a moderately high person reliability (0.82). The evidences point to a seven latent class model (AIC: 263.380; BIC: 303.887; Loglik: -111.690). Both studies show that is possible to empirically identify developmental stages of reasoning applying specific quantitative methodologies. The evidences point to the validity of the IRDT items to assess developmental stages of inductive reasoning.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRaciocínio (Psicologia)Psicologia do desenvolvimentoPsicologiaEstágiosRaciocínio indutivoDesenvolvimentoValidade estruturalValidando estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_hudson.pdfapplication/pdf1803660https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9EGM5J/1/dissertacao_hudson.pdf21a1e82a89ad000fd3c6be22cf971c4cMD51TEXTdissertacao_hudson.pdf.txtdissertacao_hudson.pdf.txtExtracted texttext/plain176569https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9EGM5J/2/dissertacao_hudson.pdf.txtc1e583b299629e578b47bc128ef2b242MD521843/BUBD-9EGM5J2019-11-14 05:35:16.078oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9EGM5JRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:35:16Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A validade dos estágios de desenvolvimento é uma questão controversa na literatura sobre Psicologia do Desenvolvimento. No entanto, nos últimos vinte anos, uma série de metodologias quantitativas têm sido empregadas para se verificar, empíricamente, a existência de descontinuidades, tanto no desempenho das pessoas quanto nas dificuldades de itens e tarefas. A dissertação tem como foco a investigação acerca da validade de estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo, por meio da construção e validação do Teste de Desenvolvimento do Raciocínio Indutivo (TDRI). Ela está dividida em duas partes, que representam dois artigos. O primeiro apresenta as duas versões iniciais do TDRI, e investiga se os itens mensuram os estágios de desenvolvimento, formando grupamentos distintos entre si, em duas amostras, uma composta por 167 pessoas (50.3% homens) com idades entre 6 e 58 anos (M = 18,90, DP = 9,70), e a outra composta por 188 pessoas (57.7% mulheres) com idades entre 6 e 65 anos (M = 21,45, DP = 14,31). Os resultados apontam um adequado ajuste ao modelo dicotômico de Rasch (infit médio = 0,94; desvio-padrão = 0,22), e evidenciam que os grupamentos de itens seguem o padrão previsto (oito itens por grupamento, cada grupamento formando um estágio), e que grupamentos adjacentes apresentam diferenças significativas entre si. O segundo artigo investiga a validade estrutural da 3ª versão do TDRI, que foi construída para superar algumas limitações verificadas nas primeiras duas versões. Esse segundo estudo emprega três metodologias distintas para verificar a validade dos estágios de desenvolvimento: 1) Análise Fatorial Confirmatória (AFC); 2) Análise Rasch para dados dicotômicos; e 3) Análise de classes latentes. A amostra foi composta por 1.459 pessoas people (52.5% mulheres) com idade entre 5 e 86 anos (M = 15,75, DP = 12,21). O resultado aponta uma estrutura fatorial de dois níveis, sendo o primeiro nível composto por 7 fatores (um para cada estágio) e o segundo nível um fator geral [2 (61) = 8832.594, p = .000, CFI = .96, RMSEA = .059]. Os itens do TDRI se ajustam ao modelo Rasch (infit médio = 0,96; desvio-padrão = 0,17), e apresentam uma confiabilidade alta para os itens (1.00) e moderadamente alta para as pessoas (0,82). As evidências apontam que a solução com sete classes latentes apresenta o melhor ajuste aos dados (AIC: 263.380; BIC: 303.887; Loglik: -111.690). Os estudos que compõe essa dissertação mostram que é possível, a partir da adoção de uma série de metodologias específicas, identificar empiricamente estágios de desenvolvimento. As evidências apontam que o TDRI é um instrumento válido e confiável para avaliar estágios de desenvolvimento do raciocínio indutivo. |
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