Linkage de bancos de dados e análise descritiva dos casos confirmados de dengue por isolamento viral e reação em cadeia da polimerase no município de Belo Horizonte, 2009-2014

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Carolina Lemos Rabelo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33574
Resumo: Introdução: Dengue é uma doença febril aguda, com amplo espectro clínico que varia desde formas assintomáticas e oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. A primeira notificação de dengue em Belo Horizonte ocorreu em 1996. A partir daí, ocorreu uma rápida dispersão dos sorotipos do vírus, introduzidos de forma progressiva no município, e do vetor Aedes aegypti, e, desde então, epidemias vêm ocorrendo. O linkage de bancos de dados vem sendo utilizado com maior frequência em pesquisas da área da saúde e consiste no relacionamento de diferentes bases de dados. Objetivo: Relacionar os bancos de dados dos sistemas oficiais de informações laboratoriais (GAL), agravos de notificação (SINAN) e internação (SIH) e descrever os casos confirmados de dengue por isolamento viral e/ou RT-PCR no município de Belo Horizonte no período de 2009 a 2014. Métodos: Trata-se de estudo descritivo de coorte histórica de casos confirmados de dengue por meio das técnicas de isolamento viral e/ou RT-PCR, em Belo Horizonte, no período de 2009 a 2014, no qual foi realizado relacionamento de bases de dados de três sistemas de informação: Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Resultados: No período do estudo, foram notificados 250.632 e confirmados 163.947 casos de dengue em Belo Horizonte e o DENV foi isolado em 851 amostras de sangue de pacientes do município. Por meio da técnica de linkage de bancos de dados foram relacionados 91,1% dos registros. 60,4% dos casos foram infectados pelo sorotipo DENV-1, 22,1% por DENV-4, 9,8% por DENV-2 e 7,7% por DENV-3. De 2009 a 2013, 92,5% dos pacientes foram classificados como dengue clássico, 0,9% dengue com complicações, 0,5% febre hemorrágica da dengue e 6,1% descartados. Em 2014, 96,4% dos casos foram classificados como dengue, 0,7% dengue com sinais de alarme e 2,9% descartados. Somente 9 pacientes se enquadravam nas classificações de casos graves. 5,5% do total de pacientes foram internados e dentre esses pacientes, 6,4% necessitaram de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 0,9% dos pacientes evoluíram a óbito por dengue. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação ao sexo e faixa etária e o sorotipo circulante (p=0,416 e p= 0,261, respectivamente). Foi observada diferença estatisticamente significativa entre faixa etária e internação por dengue (p=0,001). Conclusão: O linkage se configura como ferramenta eficiente, com boa acurácia e bom rendimento. Possibilitou revisar bancos de dados, completar informações incompletas em uma das bases, qualificar a vigilância, aprimorar o encerramento dos casos e permitiu analisar a influência do sorotipo nas características da doença. É importante aumentar a sensibilidade do sistema de vigilância e aprofundar o conhecimento da doença no município fornecendo informações que possam auxiliar em políticas de saúde pública
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