O hipertexto como um novo espaço para a narrativa literária: análise de obras da hiperliteratura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9PUJNR |
Resumo: | A pesquisa investiga o fenômeno da Hiperliteratura, uma nova forma de discurso artístico desenvolvida espedficamente para o suporte do hipertexto eletrônico (seja em disquete, CD-ROM ou na Internet). Esta análise é precedida por um estudo teórico de três questões. Em primeiro lugar, as possibilidades proporcionadas pela publicação eletrônica - como a grande facilidade de alteração do conteúdo, a grande capacidade de recuperação da informação, a rapidez da publicação, a interatividade, o uso do hipertexto e da escrita não-linear, o uso da multimídia - e as possíveis contribuições que tais recursos trazem para textos literários e não-literários. Em seguida, os desafios que o mundo contemporâneo - envolvido em um período de "aceleração do tempo-espaço, que privilegia a rapidez, a efemeridade, a dispersão e o apelo imagético, segundo autores como David Harvey, e cuja comunicação entra num período de predomínio do hipertexto e do "pólo informático-midiático, segundo Pierre Lévy - apresenta ao objeto livro e, mais especificamente, ao discurso literário. A pesquisa busca, ainda, apresentar o contexto em que surgiu o fenômeno da Hiperliteratura e, com base na leitura de teóricos como Howard Becker, Jay David Bolter, Michael Joyce, George P. Landow, Pierre Lévy delinear algumas tendências marcantes de seu discurso: não-linearidade, auto-referência, escrita topográfica, interatividade e uso da multimídia. Tais tendências configuram, enfim, o roteiro que fundamenta a última etapa, aplicada, da pesquisa: a análise de quatro obras da Hiperliteratura: "its name was Penelope", de Judi Malloy, "Hegirascope 2", de Stuart Moulthrop, "Twilight, a Symphony", de Michael Joyce e "I have said nothing", de Jane Yellowlees Douglas. Como conclusão, a pesquisa aponta para o surgimento, efetivamente, de uma nova forma artística, que alia elementos da literatura e de outras artes, e cujo discurso revela um desprendimento da narração linear, encadeada, e uma primazia de aspectos espaciais. |
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Ana Maria Pereira CardosoVera Lucia de Carvalho Casa NovaPaulo Bernardo Ferreira VazLigia Maria Moreira DumontLeonardo Antunes Cunha2019-08-11T22:35:31Z2019-08-11T22:35:31Z1999-01-18http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9PUJNRA pesquisa investiga o fenômeno da Hiperliteratura, uma nova forma de discurso artístico desenvolvida espedficamente para o suporte do hipertexto eletrônico (seja em disquete, CD-ROM ou na Internet). Esta análise é precedida por um estudo teórico de três questões. Em primeiro lugar, as possibilidades proporcionadas pela publicação eletrônica - como a grande facilidade de alteração do conteúdo, a grande capacidade de recuperação da informação, a rapidez da publicação, a interatividade, o uso do hipertexto e da escrita não-linear, o uso da multimídia - e as possíveis contribuições que tais recursos trazem para textos literários e não-literários. Em seguida, os desafios que o mundo contemporâneo - envolvido em um período de "aceleração do tempo-espaço, que privilegia a rapidez, a efemeridade, a dispersão e o apelo imagético, segundo autores como David Harvey, e cuja comunicação entra num período de predomínio do hipertexto e do "pólo informático-midiático, segundo Pierre Lévy - apresenta ao objeto livro e, mais especificamente, ao discurso literário. A pesquisa busca, ainda, apresentar o contexto em que surgiu o fenômeno da Hiperliteratura e, com base na leitura de teóricos como Howard Becker, Jay David Bolter, Michael Joyce, George P. Landow, Pierre Lévy delinear algumas tendências marcantes de seu discurso: não-linearidade, auto-referência, escrita topográfica, interatividade e uso da multimídia. Tais tendências configuram, enfim, o roteiro que fundamenta a última etapa, aplicada, da pesquisa: a análise de quatro obras da Hiperliteratura: "its name was Penelope", de Judi Malloy, "Hegirascope 2", de Stuart Moulthrop, "Twilight, a Symphony", de Michael Joyce e "I have said nothing", de Jane Yellowlees Douglas. Como conclusão, a pesquisa aponta para o surgimento, efetivamente, de uma nova forma artística, que alia elementos da literatura e de outras artes, e cujo discurso revela um desprendimento da narração linear, encadeada, e uma primazia de aspectos espaciais.This dissertation investigates the phenomenon of Hypertext Fiction, a new form of artistic discourse which has been created specifically for the médium of electronic hypertext (whether on diskette, CD-ROM or the Internet). This study is preceeded by a theoretical analysis of three issues. First, the possibilities enabled by electronic publishing - such as the great facility to alter the content of a text or document, the remarkable capacity of information retrieval, the celerity of publication, the interactivity, the use of hypertext and non-linear writing, the use of multimedia - as well as the possible contributions that these resources bring to fiction and non-fiction texts. Second, the challenges that the contemporary world - involved in a period of "acceleration of the time-space relations", which favors quickness, ephemerality, dispersion and visual appeals, according to David Harvey, among other authors, a world that faces a period of proeminence of hypertext and Computer mediated communication, according to Pierre Lévy - 'present to the book, and namely to the literary discourse. This research also seeks to present the context in which the phenomenon of Hypertext Fiction was engendered, and - based in studies of authors such as Howard Becker, Jay David Bolter, Michael Joyce, George P. Landow, Pierre Lévy - point out the most distinctive tendencies of its discourse: non-linearity, self-reference, topographical writing, interactivity and the use of multimedia. These tendencies will form the grounds for the last part of the research: the analysis of four Hypertext Fictions: "its name was Penelope", by Judi Malloy, "Hegirascope 2", by Stuart Moulthrop, "Twilight, a Symphony", by Michael Joyce and "I have said nothing", by Jane Yellowlees Douglas. The conclusion points to the eífective emergence of a new art form, which allies elements of Literature and of other arts, and whose discourse reveals a disingagement of linear narra ti ve and a primacy of spatial elements.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSistemas de hipertextoCiência da informaçãoInformação Sistema de armazenagem e recuperaçãoPublicações eletrônicasLiteratura e tecnologiaCiência da InformaçãoHipertextoO hipertexto como um novo espaço para a narrativa literária: análise de obras da hiperliteraturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_leonardo_antunes_cunha.pdfapplication/pdf5103544https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9PUJNR/1/dissertacao_leonardo_antunes_cunha.pdf8a295467c0b2b2cffcafd869a983ca3cMD51TEXTdissertacao_leonardo_antunes_cunha.pdf.txtdissertacao_leonardo_antunes_cunha.pdf.txtExtracted texttext/plain336757https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9PUJNR/2/dissertacao_leonardo_antunes_cunha.pdf.txt64efc2b3e8373b6bc4a5c3c84c04b9c4MD521843/BUBD-9PUJNR2019-11-14 06:43:52.128oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9PUJNRRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:43:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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