Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Elcio Loureiro Cornelsenhttp://lattes.cnpq.br/2420574923794536Claudia Campos SoaresGustavo Silveira RibeiroBruno Barreto GomideThiago Mio Sallahttp://lattes.cnpq.br/6180547955192437Carolina Izabela Dutra de Miranda2023-11-06T12:55:06Z2023-11-06T12:55:06Z2023-05-26http://hdl.handle.net/1843/60494Às vésperas de sua morte, em conversa com seu filho Ricardo, Graciliano Ramos responde “[...] a uma pergunta sobre qual dos dois preferia, Tolstói ou Dostoiévski (o repórter sem dúvida imaginava que fosse o segundo), respondeu: ‘Tolstói. Mas Tolstói eu não considero apenas o maior dos russos: é o maior da humanidade’.”. (RAMOS, 1992, p. 115). Além da relação de admiração estabelecida entre o escritor russo e seu ilustre admirador, os artifícios ficcionais com os quais Liev Tolstói e Graciliano Ramos elaboram as agruras sofridas pelo retirante, mujique ou trabalhador explicitam uma semelhança entre as obras de ambos os escritores. Com base em tais similaridades, esta tese buscou investigar o diálogo acerca das semelhanças e das diferenças entre as obras desses dois autores fundamentadas nas visões de arte, de literatura, de poder, de opressão, das constantes temáticas e dos artifícios literários comuns a suas obras ficcionais e críticas. Este trabalho não se orientou por um único ponto ou tema em comum nas produções dos dois escritores, visando mapear e propor um diálogo entre todos os aspectos gerais e específicos que poderiam ser interpretados como laços que interligavam produções como: Guerra e Paz (1867); Anna Karenina (1877); khadji Murat (1912); Ressurreição (1899); Infância, Adolescência e Juventude (1856); Os cossacos (1928); Sonata a Kreutzer (1899); contos como Polikuchka (1850), A manhã de um senhor de terras (1850) e Kholstomier: a história de uma cavalo (1850); O que é a arte? (1897); Os últimos dias. (2009); Aos trabalhadores e outros escritos. (2015); Angústia (1936); São Bernardo (1934); Vidas Secas (1938); Infância (1945), Viagem (1954); Linhas Tortas (1962) e Insônia (1947). Esta tese visou discutir, ainda, as relações de semelhança e diferença entre o pensamento e as concepções acerca da arte e da literatura de Liev Tolstói e Graciliano Ramos, levando em consideração as relações entre verdade, honestidade, ficção literária, mímesis e representação fundamentadas nas proposições dos teóricos Ernst Gombrich, Wolfgang Iser, Luiz Costa Lima e Paul Ricoeur. O estudo da ligação entre os fatos autobiográficos e a obra ficcional utilizados na construção das obras foi fundamentado em produções da fortuna crítica dos autores, como nos textos de Rosamund Bartlett, Pável Bassínski, Antonio Candido, Wander de Mello Miranda, Luís Bueno, Claudia Campos Soares, Thiago Mio Salla, Bruno Barreto Gomide e Gustavo Silveira Ribeiro. Foram abordadas, ainda, as semelhanças e as diferenças entres os aspectos do movimento Realista, na Rússia, e do Romance de 1930, no Brasil. Esta tese se concentrou também em explorar o modo como ambos os autores trabalharam as críticas político-sociais e a reelaboração ficcional de um mundo dividido entre dominados e dominadores à luz das discussões dos teóricos Giorgio Agamben e Walter Benjamin. Ademais, este trabalho se propôs a estudar o tratamento ficcional de aspectos regionais e humanos que tendem a universalizar as obras de ambos os escritores.On the eve of his death, in conversation with his son Ricardo, Graciliano Ramos responds “[...] to a question about which of the two he preferred, Tolstoy or Dostoyevsky (the reporter undoubtedly imagined it to be the second), he replied: 'Tolstoy . But Tolstoy I don't just consider the greatest of Russians: he is the greatest of mankind. (RAMOS, 1992, p. 115). In addition to the relationship of admiration established between the Russian writer and his illustrious admirer, the fictional devices with which Leo Tolstoy and Graciliano Ramos elaborate the hardships suffered by the migrant, muzhik or worker reveal a similarity between the works of both writers. Based on such similarities, this thesis sought to investigate the dialogue about the similarities and differences between the works of these two authors based on the visions of art, literature, power, oppression, thematic constants and literary devices common to their works. fiction and criticism. This work was not guided by a single common point or theme in the productions of the two writers, aiming at a dialogue between all the general and specific aspects that could be interpreted as ties that interconnected productions such as: War and Peace; Anna Karenina; Hadji Murat; Resurrection; Childhood, Adolescence and Youth; The Cossacks, Sonata a Kreutzer; stories like Polikuchka, The Morning of a Landlord and Kholstomier: The Story of a Horse; What is art? (1897); The last days. (2009); To workers and other writings. (2015); Anguish; St Bernard; Dried lives; Childhood, Travel; Crooked Lines and Insomnia. This thesis also aimed to discuss the relations of similarity and difference between the thought and conceptions about art and literature by Leo Tolstói and Graciliano Ramos, taking into account the relations between truth, honesty, literary fiction, mimesis and representation based on the propositions of theorists Ernst Gombrich, Wolfgang Iser, Luiz Costa Lima and Paul Ricoeur. The study of the connection between the autobiographical facts and the fictional work used in the construction of the works was based on productions of the critical fortune of the authors, as in the texts of Rosamund Bartlett, Pável Bassínski, Antonio Candido, Wander de Mello Miranda, Luís Bueno, Claudia Campos Soares, Thiago Mio Salla, Bruno Barreto Gomide and Gustavo Silveira Ribeiro. The similarities and differences between aspects of the Realist movement in Russia and the Modernism of the 1930s and the Romance of the 1930s in Brazil were also addressed. This thesis also focused on exploring how both authors worked on social-political criticism and the fictional re-elaboration of a world divided between dominated and dominating in the light of discussions by theorists Giorgio Agamben and Walter Benjamin. Furthermore, this work proposed to study the fictional treatment of regional and human aspects that tend to universalize the works of both writers.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LiteráriosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrIntRamos, Graciliano, 1892-1953. – Crítica e interpretaçãoTolstói, Liev, 1828-1910. – Crítica e interpretaçãoLiteratura comparada – Brasileira e russaLiteratura comparada – Russa e brasileiraGraciliano RamosLiev TolstóiEntre a aldeia : diálogos acerca do estado da arte, do poder e dos artifícios ficcionais entre as obras de Graciliano Ramos e de Liev Tolstói.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE ENTRE A ALDEIA E ALAGOAS - CAROLINA IZABELA UTRA DE MIRANDA - VERSÃO FINAL.pdfTESE ENTRE A ALDEIA E ALAGOAS - CAROLINA IZABELA UTRA DE MIRANDA - VERSÃO FINAL.pdfENTRE A ALDEIA E ALAGOAS: Diálogos acerca do estado da arte, do poder e dos artifícios ficcionais entre as obras de Graciliano Ramos e de Liev Tolstói.application/pdf2330155https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60494/1/TESE%20ENTRE%20A%20ALDEIA%20E%20ALAGOAS%20-%20CAROLINA%20IZABELA%20UTRA%20DE%20MIRANDA%20-%20VERS%c3%83O%20FINAL.pdf690a314ec71421a15860521ea9db70f4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60494/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/604942023-11-06 09:55:07.073oai:repositorio.ufmg.br:1843/60494TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-11-06T12:55:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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