Criminalidade hipercentral um estudo sobre o hipercentro de Belo Horizonte e os impactos das ações de requalificação do espaço urbano sobre os crimes de roubo consumado entre 1998 e 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruna Hausemer
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B87HCG
Resumo: Esta dissertação estuda o processo de transformação da região hipercentral de Belo Horizonte desde a sua fundação à luz das principais teorias sociológicas que interpretam o fenômeno criminal a partir de seus componentes ambientais, o que nos permite examinar a problemática da evolução da criminalidade no Hipercentro sob uma ótica diferenciada quanto à consideração do papel que o planejamento urbano e as intervenções ambientais possuem, e analisa a dinâmica criminal de roubos consumados no Hipercentro entre 1998 e 2015, englobando uma série histórica de dados que compreende um período antes, durante e após a realização do maior e mais recente programa do Poder Público Municipal de requalificação urbanística direcionado à região: o Programa Centro Vivo. Para a análise destes dados foram construídos mapas de calor e mapas de hot spots através do software QGIS e gráficos. Os resultados corroboraram com a hipótese que os hot spots não se distribuiriam por todo o território hipercentral, nem se comportariam de forma aleatória, mas se concentrariam em determinadas regiões e manter-se-iam estáveis nos períodos em que não houveram intervenções no território; que a dinâmica criminal dos roubos modificaria após as intervenções do Centro Vivo; que os hot spots reduziriam após as intervenções; que não haveria dispersão nem migração da criminalidade para as adjacências; e que a tendência ascendente da criminalidade enfraqueceria. Os resultados também mostraram que a maior parte do Hipercentro exibiu densidades baixas de roubos consumados durante o período analisado e que os hot spots apareceram em espaços que possuíam as mesmas características que foram identificadas pelo nosso corpo teórico como relacionadas positivamente com elevadas taxas criminais: áreas que haviam sido negligenciados pelo poder público, cujas edificações e o mobiliário urbano encontravamse em estado ruim de conservação, com elevadas taxas de vacância e/ou subutilização dos imóveis, uso predominantemente comercial, grande fluxo de pedestres e veículos motorizados, concentração de pontos de transporte coletivo, presença de parcelas da população marginalizada, atividades ilegais e/ou prostituição, e baixa vigilância.
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Para a análise destes dados foram construídos mapas de calor e mapas de hot spots através do software QGIS e gráficos. Os resultados corroboraram com a hipótese que os hot spots não se distribuiriam por todo o território hipercentral, nem se comportariam de forma aleatória, mas se concentrariam em determinadas regiões e manter-se-iam estáveis nos períodos em que não houveram intervenções no território; que a dinâmica criminal dos roubos modificaria após as intervenções do Centro Vivo; que os hot spots reduziriam após as intervenções; que não haveria dispersão nem migração da criminalidade para as adjacências; e que a tendência ascendente da criminalidade enfraqueceria. Os resultados também mostraram que a maior parte do Hipercentro exibiu densidades baixas de roubos consumados durante o período analisado e que os hot spots apareceram em espaços que possuíam as mesmas características que foram identificadas pelo nosso corpo teórico como relacionadas positivamente com elevadas taxas criminais: áreas que haviam sido negligenciados pelo poder público, cujas edificações e o mobiliário urbano encontravamse em estado ruim de conservação, com elevadas taxas de vacância e/ou subutilização dos imóveis, uso predominantemente comercial, grande fluxo de pedestres e veículos motorizados, concentração de pontos de transporte coletivo, presença de parcelas da população marginalizada, atividades ilegais e/ou prostituição, e baixa vigilância.This thesis studies the process of transformation of the hypercentral region of Belo Horizonte since its foundation in the light of the main sociological theories that interpret the criminal phenomenon based on its environmental components, which allows us to examine the problem of the evolution of crime in the Hipercentro from a different point of view regarding the role of urban planning and environmental interventions, it also analyzes the criminal dynamics of robberies between 1998 and 2015, encompassing a historical series of data that includes a period before, during and after the accomplishment of the largest and most recent program of urban requalification of the area: the Centro Vivo Program. For the analysis of this data, we constructed heat maps and maps of hot spots using QGIS software and graphics. The results corroborate with our hypothesis that hot spots would not be distributed throughout the hypercentral territory, nor behave in a random way, but would concentrate in certain regions and would remain stable in periods which there were no interventions in the territory; that the interventions of the Centro Vivo Program would alter the criminal dynamics of robberies; the hot spots would reduce after the interventions; there would be no dispersion or migration of crime into the surrounding area; and that the upward trend in crime would be weaken. The results also showed that most of the Hipercentro exhibited low densities of robberies during the analyzed period and that the hot spots appeared in spaces that had the same characteristics that were identified by our theoretical body as positively related to high criminal rates: areas that had been neglected by public authorities, whose buildings and street furniture were in a poor state of conservation, with high rates of vacancy, predominantly commercial use, intense flow of pedestrians and vehicles, high concentration of bus stops, presence of marginalized population, illegal activities and/or prostitution, and weak vigilance.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCriminalidade urbanaSociologiaEspaço urbanoPrograma Centro VivoSegurança públicaHipercentroPrograma Centro VivoSegurança PúblicaCriminalidade hipercentral um estudo sobre o hipercentro de Belo Horizonte e os impactos das ações de requalificação do espaço urbano sobre os crimes de roubo consumado entre 1998 e 2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALhausemer__b._criminalidade_hipercentral._disserta__o_de_mestrado._ufmg___2017.__1_.pdfapplication/pdf4093355https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B87HCG/1/hausemer__b._criminalidade_hipercentral._disserta__o_de_mestrado._ufmg___2017.__1_.pdfdf0e240fc59479c00b39379a26d5da54MD51TEXThausemer__b._criminalidade_hipercentral._disserta__o_de_mestrado._ufmg___2017.__1_.pdf.txthausemer__b._criminalidade_hipercentral._disserta__o_de_mestrado._ufmg___2017.__1_.pdf.txtExtracted texttext/plain208421https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B87HCG/2/hausemer__b._criminalidade_hipercentral._disserta__o_de_mestrado._ufmg___2017.__1_.pdf.txt12d3c5ddb116b377cb3c5fbb23735225MD521843/BUOS-B87HCG2019-11-14 16:42:17.852oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B87HCGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:42:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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