Alterações na morfologia hepática observadas à ressonância magnética empacientes com esquistossomose hepatoesplênica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7THMZM |
Resumo: | Objetivo: avaliar a morfologia hepática em pacientes portadores dehepatopatia esquistossomótica. Pacientes e métodos: a aprovação pelo comitê de ética e o consentimento livre e esclarecido foram obtidos para a realização deste trabalho. Foram avaliados 50 pacientes portadores da forma hepatoesplênica da esquistossomose utilizando exames de ressonância magnética do abdome. A morfologia hepática foi analisada de forma qualitativa e quantitativa e os achados comparados a dois grupos-controle (20 pacientes cirróticos e 23 pacientes sem história de doença hepática). Foram investigados os índices volumétricos de cada segmento hepático (baseado em medidas nos três maiores eixos) e as razões entre o diâmetro transverso do lobo caudado e lobo direito. Resultados: a análise qualitativa demonstrou alterações morfológicas em todos os pacientes esquistossomóticos e cirróticos, mas não no grupo-controle sem doença hepática. Atrofia moderada ou grave dos segmentos posteriores do lobo direito foi encontrada apenas no grupo esquistossomótico. O diâmetro ântero-posterior do segmento posterior do lobo direito hepático menor que 4,5 cm apresentou sensibilidade de 96% e especificidade de 100% para o diagnóstico da esquistossomose hepatoesplênica. A média do diâmetro transverso do segmento IV foi de 4,55 cm nos pacientes esquistossomóticos e 2,96 cm nos cirróticos(p=0,001). Conclusão: a análise da morfologia hepática na esquistossomose hepatoesplênica demonstra atrofia do lobo direito, notadamente do segmento posterior. O lobo caudado e os segmentos laterais do lobo esquerdo estão hipertrofiados e os segmentos mediais do lobo esquerdo apresentam-se preservados. Estes achados não foram previamente descritos e auxiliam no diagnóstico do comprometimento hepático pela esquistossomose. |
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Jose Roberto LambertucciCid Sergio FerreiraGiuseppe DippolitoLuciene Mota de Andrade2019-08-11T08:06:45Z2019-08-11T08:06:45Z2009-05-08http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7THMZMObjetivo: avaliar a morfologia hepática em pacientes portadores dehepatopatia esquistossomótica. Pacientes e métodos: a aprovação pelo comitê de ética e o consentimento livre e esclarecido foram obtidos para a realização deste trabalho. Foram avaliados 50 pacientes portadores da forma hepatoesplênica da esquistossomose utilizando exames de ressonância magnética do abdome. A morfologia hepática foi analisada de forma qualitativa e quantitativa e os achados comparados a dois grupos-controle (20 pacientes cirróticos e 23 pacientes sem história de doença hepática). Foram investigados os índices volumétricos de cada segmento hepático (baseado em medidas nos três maiores eixos) e as razões entre o diâmetro transverso do lobo caudado e lobo direito. Resultados: a análise qualitativa demonstrou alterações morfológicas em todos os pacientes esquistossomóticos e cirróticos, mas não no grupo-controle sem doença hepática. Atrofia moderada ou grave dos segmentos posteriores do lobo direito foi encontrada apenas no grupo esquistossomótico. O diâmetro ântero-posterior do segmento posterior do lobo direito hepático menor que 4,5 cm apresentou sensibilidade de 96% e especificidade de 100% para o diagnóstico da esquistossomose hepatoesplênica. A média do diâmetro transverso do segmento IV foi de 4,55 cm nos pacientes esquistossomóticos e 2,96 cm nos cirróticos(p=0,001). Conclusão: a análise da morfologia hepática na esquistossomose hepatoesplênica demonstra atrofia do lobo direito, notadamente do segmento posterior. O lobo caudado e os segmentos laterais do lobo esquerdo estão hipertrofiados e os segmentos mediais do lobo esquerdo apresentam-se preservados. Estes achados não foram previamente descritos e auxiliam no diagnóstico do comprometimento hepático pela esquistossomose.Purpose: to evaluate liver morphology in hepatosplenic schistosomiasis mansoni. Materials and Methods: Ethical permission and written informed patient consent were obtained. 50 patients with chronic hepatosplenic schistosomiasis were assessed using abdominal magnetic resonance imaging (MRI). Several morphologic changes in the hepatic lobes were qualitatively and quantitatively assessed and compared to MRI results observed in 2 control groups (20 cirrhotic patients and 23 subjects without liver disease). Volume indexes of each liver segment (based on three-axis measurements) and the relation between right hepatic and caudate lobes were evaluated. Results: Qualitative analysis revealed liver atrophy-hypertrophy complex in all patients with chronic hepatosplenic schistosomiasis as well as in patients with cirrhosis but not in those without liver disease. Atrophy of the posterior segment of right liver lobe was only observed in the schistosomiasis group. The anteroposterior diameter of the posterior right liver lobe below 4.5 cm had a sensitivity of 96% and a specificity of 100 % in diagnosing hepatosplenic schistosomiasis. The mean segment IV diameter was 4.55 cm in schistosomiasis patients and 2.96 cm in the cirrhosis group (p=.001). Conclusion: Analysis of liver morphology revealed that schistosomiasis evolves with right liver lobe atrophy, particularly, the right posterior segment, whereas thelateral left lobe and caudate lobe are hypertrophied and the middle left lobe is preserved. Therefore, morphologic changes in schistosomiasis mansoni, such as caudate and lateral left lobe hypertrophy, mimics other chronic liver diseases, but a normal segment IV and an atrophic posterior right liver lobe segment were only encountered in hepatosplenic schistosomiasis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGImagem por ressonância magnéticaAnálise qualitativaAnálise quantitativaMorfologiaEsquistossomoseHepatopatiasMedicina tropicalAtrofiaEsquistossomose hepatoesplênicaMorfologia hepáticaRessonância magnéticaAlterações na morfologia hepática observadas à ressonância magnética empacientes com esquistossomose hepatoesplênicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALluciene_mota_de_andrade.pdfapplication/pdf3794778https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7THMZM/1/luciene_mota_de_andrade.pdf69d7d7cd12310193e81eb983c7b9d990MD51TEXTluciene_mota_de_andrade.pdf.txtluciene_mota_de_andrade.pdf.txtExtracted texttext/plain111637https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7THMZM/2/luciene_mota_de_andrade.pdf.txt5897c4fe981c3efb0cc126925d7e2db1MD521843/ECJS-7THMZM2019-11-14 07:07:45.858oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7THMZMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:07:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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