Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Catherine Ferreira da Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36905
Resumo: Introdução: A esquistossomose hepatoesplênica (EHE) é uma doença infecciosa tropical caracterizada por fibrose hepática periportal associada à hipertensão portal pré-sinusoidal. A ultrassonografia (US) é o método mais utilizado para avaliar a fibrose hepática na EHE, no entanto pode ser limitada para diferenciar a fibrose devido a EHE daquela secundária à cirrose hepática. A elastografia transitória (ET) foi estudada na EHE, mas ainda não foi validada e o seu papel na diferenciação entre a cirrose hepática e a EHE ainda não está claro na literatura. Objetivos: Investigar a rigidez do fígado e do baço pela ET em pacientes com EHE em comparação a indivíduos com cirrose hepática devido a esteatohepatite não- alcoólica (EHNA). Métodos: Estudo transversal realizado no ambulatório de hepatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, com inclusão de pacientes com EHE não esplenectomizados na sua forma pura (grupo caso) e de pacientes com cirrose hepática comprovada por biópsia devido a EHNA classificada como Child-Pugh A sem descompensação prévia (grupo controle). Todos os pacientes foram submetidos à avaliação por ET para a medição da rigidez do fígado e baço e para o parâmetro de atenuação controlada (CAP) hepático. Pacientes com EHE foram submetidos a US abdominal pelo protocolo de Niamey. Resultados: Ao comparar o grupo EHE (n = 29) com o grupo cirrose (n = 23), os participantes do grupo caso eram mais jovens que o grupo controle (52 vs 63 anos, p <0,001), apresentando maior frequência do sexo masculino (63% vs 22%, p = 0,004) e menor índice de massa corporal (26,5 vs 31,8 kg/m2 , p <0,001). Os indivíduos com EHE apresentaram menor frequência de diabetes mellitus (21% vs 83%, p <0,001) e síndrome metabólica (14% vs 94%, p <0,001) do que o grupo cirrose. Em relação a rigidez hepática, os indivíduos com EHE apresentaram menor mediana com 9.6 Kpa (7.5-11.3), mínimo de 4.5 Kpa e máximo de 18.0 Kpa, em comparação ao grupo cirrose que apresentou mediana de 21.3 Kpa (14.0-23.9), mínima de 11.1 Kpa e máxima de 50.5 Kpa (p <0,001). Os valores de CAP também foram menores na EHE, com mediana 229 dB/m (192-267), mínimo de 100 dB/m e máximo de 313 dB/m, em relação a mediana do grupo controle, 274 dB/m (224-301), mínimo 201 dB/m e máximo de 400 dB/m (p = 0,010). A rigidez do baço foi maior no grupo EHE com mediana de 73,5 Kpa (45.3-75.0), mínimo de 20.0 Kpa e máxima de 75.0 Kpa, em relação ao grupo cirrose com mediana de 42,2 Kpa (31.7-56.9), mínimo 18.5 Kpa e máximo de 75 Kpa (p = 0,002). O valor de AUROC para detectar cirrose pela rigidez hepática foi de 0,947. Analisando apenas indivíduos com EHE, a presença dos seguintes parâmetros clínicos esteve associada a maior rigidez do baço, quando comparada à ausência: diabetes mellitus (75,0 (74.2-75.0) vs 66,4 (42.9-75.0) Kpa, p = 0,036), síndrome metabólica (75,0 (75.0-75.0) vs 69,1 (43.6-75.0) Kpa, p = 0,043), varizes esofágicas (75,0 (60.0-75.0) vs 34,9 (22.4- 42.1) Kpa, p = 0,001), trombose da veia porta (75,0 (73.9-75.0) vs 66,4 (41.4-75.0) Kpa, p = 0,047) e histórico de hemorragia digestiva alta (75,0 (65.7-75.0) vs 46,4 (32.0-73.5) Kpa, p = 0,011). Selecionando apenas pacientes com EHE sem trombose da veia porta, os indivíduos com histórico de hemorragia digestiva alta apresentaram maior rigidez do baço (75,0 vs 44,6 Kpa, p = 0,018) quando comparados à ausência de sangramento anterior. As categorias Niamey para avaliação de fibrose hepática na EHE pela US não foram associadas à rigidez hepática (p = 0,676) ou rigidez do baço (p = 0,504). Conclusão: A rigidez do fígado e do baço foram diferentes entre os pacientes com EHE e cirrose por EHNA, sugerindo que a ET pode desempenhar um papel na diferenciação dessas duas condições, principalmente pela avaliação da rigidez do fígado. A rigidez do baço pode vir a ser investigada como preditor de formas mais avançadas da EHE em estudos futuros.
id UFMG_40b958658700534160676cf48e9185c2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36905
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Cláudia Alves Coutohttp://lattes.cnpq.br/1218114023294729Luciana Costa Fariahttp://lattes.cnpq.br/0001405802618313Catherine Ferreira da Silva2021-07-23T14:57:43Z2021-07-23T14:57:43Z2020-10-05http://hdl.handle.net/1843/36905Introdução: A esquistossomose hepatoesplênica (EHE) é uma doença infecciosa tropical caracterizada por fibrose hepática periportal associada à hipertensão portal pré-sinusoidal. A ultrassonografia (US) é o método mais utilizado para avaliar a fibrose hepática na EHE, no entanto pode ser limitada para diferenciar a fibrose devido a EHE daquela secundária à cirrose hepática. A elastografia transitória (ET) foi estudada na EHE, mas ainda não foi validada e o seu papel na diferenciação entre a cirrose hepática e a EHE ainda não está claro na literatura. Objetivos: Investigar a rigidez do fígado e do baço pela ET em pacientes com EHE em comparação a indivíduos com cirrose hepática devido a esteatohepatite não- alcoólica (EHNA). Métodos: Estudo transversal realizado no ambulatório de hepatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, com inclusão de pacientes com EHE não esplenectomizados na sua forma pura (grupo caso) e de pacientes com cirrose hepática comprovada por biópsia devido a EHNA classificada como Child-Pugh A sem descompensação prévia (grupo controle). Todos os pacientes foram submetidos à avaliação por ET para a medição da rigidez do fígado e baço e para o parâmetro de atenuação controlada (CAP) hepático. Pacientes com EHE foram submetidos a US abdominal pelo protocolo de Niamey. Resultados: Ao comparar o grupo EHE (n = 29) com o grupo cirrose (n = 23), os participantes do grupo caso eram mais jovens que o grupo controle (52 vs 63 anos, p <0,001), apresentando maior frequência do sexo masculino (63% vs 22%, p = 0,004) e menor índice de massa corporal (26,5 vs 31,8 kg/m2 , p <0,001). Os indivíduos com EHE apresentaram menor frequência de diabetes mellitus (21% vs 83%, p <0,001) e síndrome metabólica (14% vs 94%, p <0,001) do que o grupo cirrose. Em relação a rigidez hepática, os indivíduos com EHE apresentaram menor mediana com 9.6 Kpa (7.5-11.3), mínimo de 4.5 Kpa e máximo de 18.0 Kpa, em comparação ao grupo cirrose que apresentou mediana de 21.3 Kpa (14.0-23.9), mínima de 11.1 Kpa e máxima de 50.5 Kpa (p <0,001). Os valores de CAP também foram menores na EHE, com mediana 229 dB/m (192-267), mínimo de 100 dB/m e máximo de 313 dB/m, em relação a mediana do grupo controle, 274 dB/m (224-301), mínimo 201 dB/m e máximo de 400 dB/m (p = 0,010). A rigidez do baço foi maior no grupo EHE com mediana de 73,5 Kpa (45.3-75.0), mínimo de 20.0 Kpa e máxima de 75.0 Kpa, em relação ao grupo cirrose com mediana de 42,2 Kpa (31.7-56.9), mínimo 18.5 Kpa e máximo de 75 Kpa (p = 0,002). O valor de AUROC para detectar cirrose pela rigidez hepática foi de 0,947. Analisando apenas indivíduos com EHE, a presença dos seguintes parâmetros clínicos esteve associada a maior rigidez do baço, quando comparada à ausência: diabetes mellitus (75,0 (74.2-75.0) vs 66,4 (42.9-75.0) Kpa, p = 0,036), síndrome metabólica (75,0 (75.0-75.0) vs 69,1 (43.6-75.0) Kpa, p = 0,043), varizes esofágicas (75,0 (60.0-75.0) vs 34,9 (22.4- 42.1) Kpa, p = 0,001), trombose da veia porta (75,0 (73.9-75.0) vs 66,4 (41.4-75.0) Kpa, p = 0,047) e histórico de hemorragia digestiva alta (75,0 (65.7-75.0) vs 46,4 (32.0-73.5) Kpa, p = 0,011). Selecionando apenas pacientes com EHE sem trombose da veia porta, os indivíduos com histórico de hemorragia digestiva alta apresentaram maior rigidez do baço (75,0 vs 44,6 Kpa, p = 0,018) quando comparados à ausência de sangramento anterior. As categorias Niamey para avaliação de fibrose hepática na EHE pela US não foram associadas à rigidez hepática (p = 0,676) ou rigidez do baço (p = 0,504). Conclusão: A rigidez do fígado e do baço foram diferentes entre os pacientes com EHE e cirrose por EHNA, sugerindo que a ET pode desempenhar um papel na diferenciação dessas duas condições, principalmente pela avaliação da rigidez do fígado. A rigidez do baço pode vir a ser investigada como preditor de formas mais avançadas da EHE em estudos futuros.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do AdultoUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAEsquistossomose mansoniCirrose HepáticaHepatopatia Gordurosa não AlcoólicaFígado GordurosoTécnicas de Imagem por ElasticidadeEsquistossomoseEsquistossomose hepatoesplênicaCirrose hepáticaDoença hepática gordurosa não alcoólicaEsteatohepatiteElastografia transitóriaFibroscanAvaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoniinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao_ avaliacao da elastografia hepatica e esplenica na esquistossomose mansoni.pdfDissertacao_ avaliacao da elastografia hepatica e esplenica na esquistossomose mansoni.pdfapplication/pdf3166814https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36905/1/Dissertacao_%20avaliacao%20da%20elastografia%20hepatica%20e%20esplenica%20na%20esquistossomose%20mansoni.pdf0b0ce57e0b93d3bff70790b1bc540348MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36905/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/369052021-07-23 11:57:44.141oai:repositorio.ufmg.br:1843/36905TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-07-23T14:57:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
title Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
spellingShingle Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
Catherine Ferreira da Silva
Esquistossomose
Esquistossomose hepatoesplênica
Cirrose hepática
Doença hepática gordurosa não alcoólica
Esteatohepatite
Elastografia transitória
Fibroscan
Esquistossomose mansoni
Cirrose Hepática
Hepatopatia Gordurosa não Alcoólica
Fígado Gorduroso
Técnicas de Imagem por Elasticidade
title_short Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
title_full Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
title_fullStr Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
title_full_unstemmed Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
title_sort Avaliação da elastografia transitória hepática e esplênica em pacientes com a forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni
author Catherine Ferreira da Silva
author_facet Catherine Ferreira da Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cláudia Alves Couto
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1218114023294729
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Luciana Costa Faria
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0001405802618313
dc.contributor.author.fl_str_mv Catherine Ferreira da Silva
contributor_str_mv Cláudia Alves Couto
Luciana Costa Faria
dc.subject.por.fl_str_mv Esquistossomose
Esquistossomose hepatoesplênica
Cirrose hepática
Doença hepática gordurosa não alcoólica
Esteatohepatite
Elastografia transitória
Fibroscan
topic Esquistossomose
Esquistossomose hepatoesplênica
Cirrose hepática
Doença hepática gordurosa não alcoólica
Esteatohepatite
Elastografia transitória
Fibroscan
Esquistossomose mansoni
Cirrose Hepática
Hepatopatia Gordurosa não Alcoólica
Fígado Gorduroso
Técnicas de Imagem por Elasticidade
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Esquistossomose mansoni
Cirrose Hepática
Hepatopatia Gordurosa não Alcoólica
Fígado Gorduroso
Técnicas de Imagem por Elasticidade
description Introdução: A esquistossomose hepatoesplênica (EHE) é uma doença infecciosa tropical caracterizada por fibrose hepática periportal associada à hipertensão portal pré-sinusoidal. A ultrassonografia (US) é o método mais utilizado para avaliar a fibrose hepática na EHE, no entanto pode ser limitada para diferenciar a fibrose devido a EHE daquela secundária à cirrose hepática. A elastografia transitória (ET) foi estudada na EHE, mas ainda não foi validada e o seu papel na diferenciação entre a cirrose hepática e a EHE ainda não está claro na literatura. Objetivos: Investigar a rigidez do fígado e do baço pela ET em pacientes com EHE em comparação a indivíduos com cirrose hepática devido a esteatohepatite não- alcoólica (EHNA). Métodos: Estudo transversal realizado no ambulatório de hepatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, com inclusão de pacientes com EHE não esplenectomizados na sua forma pura (grupo caso) e de pacientes com cirrose hepática comprovada por biópsia devido a EHNA classificada como Child-Pugh A sem descompensação prévia (grupo controle). Todos os pacientes foram submetidos à avaliação por ET para a medição da rigidez do fígado e baço e para o parâmetro de atenuação controlada (CAP) hepático. Pacientes com EHE foram submetidos a US abdominal pelo protocolo de Niamey. Resultados: Ao comparar o grupo EHE (n = 29) com o grupo cirrose (n = 23), os participantes do grupo caso eram mais jovens que o grupo controle (52 vs 63 anos, p <0,001), apresentando maior frequência do sexo masculino (63% vs 22%, p = 0,004) e menor índice de massa corporal (26,5 vs 31,8 kg/m2 , p <0,001). Os indivíduos com EHE apresentaram menor frequência de diabetes mellitus (21% vs 83%, p <0,001) e síndrome metabólica (14% vs 94%, p <0,001) do que o grupo cirrose. Em relação a rigidez hepática, os indivíduos com EHE apresentaram menor mediana com 9.6 Kpa (7.5-11.3), mínimo de 4.5 Kpa e máximo de 18.0 Kpa, em comparação ao grupo cirrose que apresentou mediana de 21.3 Kpa (14.0-23.9), mínima de 11.1 Kpa e máxima de 50.5 Kpa (p <0,001). Os valores de CAP também foram menores na EHE, com mediana 229 dB/m (192-267), mínimo de 100 dB/m e máximo de 313 dB/m, em relação a mediana do grupo controle, 274 dB/m (224-301), mínimo 201 dB/m e máximo de 400 dB/m (p = 0,010). A rigidez do baço foi maior no grupo EHE com mediana de 73,5 Kpa (45.3-75.0), mínimo de 20.0 Kpa e máxima de 75.0 Kpa, em relação ao grupo cirrose com mediana de 42,2 Kpa (31.7-56.9), mínimo 18.5 Kpa e máximo de 75 Kpa (p = 0,002). O valor de AUROC para detectar cirrose pela rigidez hepática foi de 0,947. Analisando apenas indivíduos com EHE, a presença dos seguintes parâmetros clínicos esteve associada a maior rigidez do baço, quando comparada à ausência: diabetes mellitus (75,0 (74.2-75.0) vs 66,4 (42.9-75.0) Kpa, p = 0,036), síndrome metabólica (75,0 (75.0-75.0) vs 69,1 (43.6-75.0) Kpa, p = 0,043), varizes esofágicas (75,0 (60.0-75.0) vs 34,9 (22.4- 42.1) Kpa, p = 0,001), trombose da veia porta (75,0 (73.9-75.0) vs 66,4 (41.4-75.0) Kpa, p = 0,047) e histórico de hemorragia digestiva alta (75,0 (65.7-75.0) vs 46,4 (32.0-73.5) Kpa, p = 0,011). Selecionando apenas pacientes com EHE sem trombose da veia porta, os indivíduos com histórico de hemorragia digestiva alta apresentaram maior rigidez do baço (75,0 vs 44,6 Kpa, p = 0,018) quando comparados à ausência de sangramento anterior. As categorias Niamey para avaliação de fibrose hepática na EHE pela US não foram associadas à rigidez hepática (p = 0,676) ou rigidez do baço (p = 0,504). Conclusão: A rigidez do fígado e do baço foram diferentes entre os pacientes com EHE e cirrose por EHNA, sugerindo que a ET pode desempenhar um papel na diferenciação dessas duas condições, principalmente pela avaliação da rigidez do fígado. A rigidez do baço pode vir a ser investigada como preditor de formas mais avançadas da EHE em estudos futuros.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-10-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-07-23T14:57:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-07-23T14:57:43Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36905
url http://hdl.handle.net/1843/36905
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36905/1/Dissertacao_%20avaliacao%20da%20elastografia%20hepatica%20e%20esplenica%20na%20esquistossomose%20mansoni.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36905/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0b0ce57e0b93d3bff70790b1bc540348
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589474895003648