Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/43614 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo geral investigar quais as percepções dos estudantes de pós-graduação stricto sensu em Ciências Contábeis sobre o papel da afetividade na relação orientador-orientando. A compreensão da afetividade presente nas relações interpessoais vivenciadas no ambiente educacional foi baseada nas teorias abordadas por Jean Piaget, Levi Vygotsky e Henri Wallon. Esses autores dedicaram grande parte de suas pesquisas ao estudo do desenvolvimento intelectual do indivíduo. Apesar de apresentarem diferentes metodologias suas teorias são convergentes ao estabelecerem que o indivíduo se desenvolve por meio das relações interpessoais, e que essas são permeadas pela afetividade. A amostra deste estudo foi composta por 309 discentes de pós-graduação stricto sensu da área contábil, sendo que 65% desse total corresponde a alunos de mestrado acadêmico, 31,72% a alunos de doutorado acadêmico e 2,91% a alunos de mestrado profissional. As percepções dos alunos sobre a relação de orientação foram capturadas por meio do Questionário de Interação Orientador-Orientando (QSDI na literatura internacional) adaptado por Mainhard, Rijst, Tartwijk e Wubbel (2009) e as de afetividade por meio da Escala de Afetos Positivos e Negativos (Panas na literatura internacional) desenvolvida por Watson, Clark e Tellegan (1985). O Alpha de Cronbach para o QSDI foi de 0,9424 e para a Panas de 0,9025, atestando a alta confiabilidade interna das escalas. A Análise Fatorial Exploratória (AFE) do QSDI gerou um total de seis fatores (F1: Liderança e amizade, F2: Repreensão e insatisfação, F3: Compreensão. F4: Liberdade, F5: Incerteza e F6: Exigência), que explicaram 65,53% da variabilidade total dos dados. A AFE da Panas gerou dois fatores, um para afetos positivos e outro para afetos negativos, os quais explicaram 71,47% da variabilidade total dos dados. A partir dos fatores retidos da AFE do QSDI foram construídos os Modelos de Regressão Linear Múltipla (MRLM). Cada fator representou uma variável dependente e, portanto, foram estimadas seis regressões. Os resultados evidenciaram que o aumento dos afetos positivos na relação de orientação contribui para o aumento da liderança, amizade e compreensão por parte do orientador, na percepção dos discentes. Por outro lado, ainda na percepção dos pós-graduandos, o aumento dos afetos negativos favorece comportamentos voltados para a repreensão, insatisfação e exigência, além de contribuir para a redução da compreensão e de sua autonomia no processo de orientação. Observou-se também que a compreensão do orientador tende a ser maior nos momentos em que o aluno está se preparando para a defesa da dissertação ou tese, e que o aluno vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública possui maior liberdade no processo de desenvolvimento do trabalho em comparação aos alunos de IES privadas. Por fim, constatou-se que a exigência por parte do orientador tende a ser menor quando o discente pertence ao mestrado, possui experiência em pesquisa científica e está se preparando para a defesa. Assim, quando se analisa a relação de orientação do ponto de vista do orientando, conclui-se que a maior parte dos discentes participantes deste estudo apresentam uma relação afetivamente positiva com o orientador, tendo sido ressaltados aspectos como a amizade, a compreensão, admiração, respeito, entusiasmo, entre outros. Entretanto, observou-se que alguns discentes apresentaram percepções afetivamente negativas sobre a relação de orientação, evidenciando sentimentos como o medo, estresse, desinteresse, frustação, entre outros, e gerando uma preocupação com relação a forma como alguns orientadores estão conduzindo suas orientações. Conclui-se ainda, que os alunos, ao pensarem e tratarem da relação de orientação, priorizaram aspectos relacionados à figura do orientador enquanto pessoa e pouco detalharam sobre as características do processo de orientação e desenvolvimento do trabalho. Esse achado reitera que os alunos escolhem seus orientadores e os analisam adotando como critério os traços de personalidade como mais relevantes em detrimento da formação técnica. Ao final esta pesquisa visa contribuir para a academia por meio do aprimoramento da pesquisa científica sobre a afetividade no ambiente educacional. Também contribui ao suscitar reflexões para os programas de pós-graduação sobre a necessidade de se atribuir maior dedicação a formação docente, e, fornece insights para que orientadores e orientando possam refletir sobre comportamentos que devem ser realçados ou evitados no processo de orientação de teses e dissertações. |
id |
UFMG_afc6cbcf83fb79a7f9184c68ae079804 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/43614 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Jacqueline Veneroso Alves da Cunhahttp://lattes.cnpq.br/8590544630950327João Estevão Barbosa NetoLuís Eduardo Afonsohttp://lattes.cnpq.br/6481187142111375Edleuza Paulina Loures da Silva2022-07-25T20:42:27Z2022-07-25T20:42:27Z2020-03-26http://hdl.handle.net/1843/43614O presente estudo teve como objetivo geral investigar quais as percepções dos estudantes de pós-graduação stricto sensu em Ciências Contábeis sobre o papel da afetividade na relação orientador-orientando. A compreensão da afetividade presente nas relações interpessoais vivenciadas no ambiente educacional foi baseada nas teorias abordadas por Jean Piaget, Levi Vygotsky e Henri Wallon. Esses autores dedicaram grande parte de suas pesquisas ao estudo do desenvolvimento intelectual do indivíduo. Apesar de apresentarem diferentes metodologias suas teorias são convergentes ao estabelecerem que o indivíduo se desenvolve por meio das relações interpessoais, e que essas são permeadas pela afetividade. A amostra deste estudo foi composta por 309 discentes de pós-graduação stricto sensu da área contábil, sendo que 65% desse total corresponde a alunos de mestrado acadêmico, 31,72% a alunos de doutorado acadêmico e 2,91% a alunos de mestrado profissional. As percepções dos alunos sobre a relação de orientação foram capturadas por meio do Questionário de Interação Orientador-Orientando (QSDI na literatura internacional) adaptado por Mainhard, Rijst, Tartwijk e Wubbel (2009) e as de afetividade por meio da Escala de Afetos Positivos e Negativos (Panas na literatura internacional) desenvolvida por Watson, Clark e Tellegan (1985). O Alpha de Cronbach para o QSDI foi de 0,9424 e para a Panas de 0,9025, atestando a alta confiabilidade interna das escalas. A Análise Fatorial Exploratória (AFE) do QSDI gerou um total de seis fatores (F1: Liderança e amizade, F2: Repreensão e insatisfação, F3: Compreensão. F4: Liberdade, F5: Incerteza e F6: Exigência), que explicaram 65,53% da variabilidade total dos dados. A AFE da Panas gerou dois fatores, um para afetos positivos e outro para afetos negativos, os quais explicaram 71,47% da variabilidade total dos dados. A partir dos fatores retidos da AFE do QSDI foram construídos os Modelos de Regressão Linear Múltipla (MRLM). Cada fator representou uma variável dependente e, portanto, foram estimadas seis regressões. Os resultados evidenciaram que o aumento dos afetos positivos na relação de orientação contribui para o aumento da liderança, amizade e compreensão por parte do orientador, na percepção dos discentes. Por outro lado, ainda na percepção dos pós-graduandos, o aumento dos afetos negativos favorece comportamentos voltados para a repreensão, insatisfação e exigência, além de contribuir para a redução da compreensão e de sua autonomia no processo de orientação. Observou-se também que a compreensão do orientador tende a ser maior nos momentos em que o aluno está se preparando para a defesa da dissertação ou tese, e que o aluno vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública possui maior liberdade no processo de desenvolvimento do trabalho em comparação aos alunos de IES privadas. Por fim, constatou-se que a exigência por parte do orientador tende a ser menor quando o discente pertence ao mestrado, possui experiência em pesquisa científica e está se preparando para a defesa. Assim, quando se analisa a relação de orientação do ponto de vista do orientando, conclui-se que a maior parte dos discentes participantes deste estudo apresentam uma relação afetivamente positiva com o orientador, tendo sido ressaltados aspectos como a amizade, a compreensão, admiração, respeito, entusiasmo, entre outros. Entretanto, observou-se que alguns discentes apresentaram percepções afetivamente negativas sobre a relação de orientação, evidenciando sentimentos como o medo, estresse, desinteresse, frustação, entre outros, e gerando uma preocupação com relação a forma como alguns orientadores estão conduzindo suas orientações. Conclui-se ainda, que os alunos, ao pensarem e tratarem da relação de orientação, priorizaram aspectos relacionados à figura do orientador enquanto pessoa e pouco detalharam sobre as características do processo de orientação e desenvolvimento do trabalho. Esse achado reitera que os alunos escolhem seus orientadores e os analisam adotando como critério os traços de personalidade como mais relevantes em detrimento da formação técnica. Ao final esta pesquisa visa contribuir para a academia por meio do aprimoramento da pesquisa científica sobre a afetividade no ambiente educacional. Também contribui ao suscitar reflexões para os programas de pós-graduação sobre a necessidade de se atribuir maior dedicação a formação docente, e, fornece insights para que orientadores e orientando possam refletir sobre comportamentos que devem ser realçados ou evitados no processo de orientação de teses e dissertações.The present study aimed to investigate the perceptions of stricto sensu graduate students in Accounting sciences about the role of affectivity in the students and supervisors’ interaction. The concept of affectivity was based on Jean Piaget, Levi Vygotsky and Henri Wallon’ theories. These authors have devoted much of their research to the study of the individual's intellectual development. Despite presenting different methodologies, their theories are convergent in establishing that the individual develops through interpersonal relationships, and that these are permeated by affectivity. The sample of this study was composed of 309 stricto sensu graduate students in the accounting area, with 65% corresponding to academic master's students, 31.72% academic doctoral students and 2.91% master students professional. The students' perceptions about the orientation relationship were captured through the Questionnaire on Supervisor–doctoral Student Interaction (QSDI) adapted by Mainhard, Rijst, Tartwijk and Wubbel (2009) and the affectivity through the Positive and Negative Affect (Panas) developed by Watson, Clark and Tellegan (1985). Cronbach's Alpha for QSDI was 0.9424 and for Panas 0.9025, attesting the high internal reliability of the scales. The QSDI Exploratory Factor Analysis (EFA) generated a total of six factors (F1: Leadership and friendship, F2: Scolding and dissatisfaction, F3: Understanding. F4: Freedom, F5: Uncertainty and F6: Requirement), which explained 65.53% of the total data’s variability. Panas' EFA generated two factors, for positive and negative affects, which explained 71.47% of the total data’s variability. Multiple Linear Regression Models (MLRM) were built from the factors retained in the EFA of the QSDI. Each factor represented a dependent variable and, therefore, six regressions were estimated. The results showed that the increase in positive affects in the orientation relationship contributes to the increase in leadership, friendship and understanding on the part of the supervisor, in the perception of the students. On the other hand, even in the perception of graduate students, the increase in negative affects favors behaviors aimed at rebuke, dissatisfaction and demand, in addition to contributing to the reduction of understanding and autonomy in the orientation process. It was also observed that the supervisor's understanding tends to be greater when the student is preparing to defend the dissertation or thesis, and that the student linked to a public university has greater freedom in the process of work development compared to students from private universities. Finally, it was found that the requirement on the part of the supervisor tends to be less when the student belongs to the master's degree, has experience in scientific research and is preparing for the defense. Thus, when analyzing the orientation relationship from the point of view of the student, it is concluded that most of the students participating in this study have an affective positive relationship with the supervisor, with aspects such as friendship, understanding, admiration, respect, enthusiasm, among others. However, it was observed that some students presented affectively negative perceptions about the orientation relationship, showing feelings such as fear, stress, lack of interest, frustration, among others, and generating concern about the way some supervisors are conducting their orientations. It is also concluded that, when thinking and dealing with the orientation relationship, they prioritized aspects related to the figure of the supervisor as a person and did not elaborate on the characteristics of the process of orientation and work development. This finding reiterates that students choose and analyze their supervisors adopting the personality traits as the most relevant criteria at the expense of technical training. In the end, this research aims to contribute to the academy by improving scientific research on affectivity in the educational environment. It also contributes to raise reflections for graduate programs on the need to give greater dedication to teacher training, and provides insights so that supervisors and supervisee an reflect on behaviors that should be highlighted or avoided in the process of orientation theses and dissertations.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-graduação em Controladoria e ContabilidadeUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASAfetividadeOrientação educacional no ensino superiorContabilidadeAfetividadeRelação de orientaçãoCiências contábeisQSDIPanasAfetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAfetividade na relação de orientação2.pdfAfetividade na relação de orientação2.pdfapplication/pdf1857202https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43614/3/Afetividade%20na%20rela%c3%a7%c3%a3o%20de%20orienta%c3%a7%c3%a3o2.pdfbac376d99d6ec9fd4daf2c5d0067d35dMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43614/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/436142022-07-25 17:42:27.858oai:repositorio.ufmg.br:1843/43614TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-25T20:42:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
title |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
spellingShingle |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis Edleuza Paulina Loures da Silva Afetividade Relação de orientação Ciências contábeis QSDI Panas Afetividade Orientação educacional no ensino superior Contabilidade |
title_short |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
title_full |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
title_fullStr |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
title_full_unstemmed |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
title_sort |
Afetividade nas relações entre orientadores e orientandos de cursos de pós-graduação stricto sensu em ciências contábeis |
author |
Edleuza Paulina Loures da Silva |
author_facet |
Edleuza Paulina Loures da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Jacqueline Veneroso Alves da Cunha |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8590544630950327 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
João Estevão Barbosa Neto |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Luís Eduardo Afonso |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6481187142111375 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Edleuza Paulina Loures da Silva |
contributor_str_mv |
Jacqueline Veneroso Alves da Cunha João Estevão Barbosa Neto Luís Eduardo Afonso |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Afetividade Relação de orientação Ciências contábeis QSDI Panas |
topic |
Afetividade Relação de orientação Ciências contábeis QSDI Panas Afetividade Orientação educacional no ensino superior Contabilidade |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Afetividade Orientação educacional no ensino superior Contabilidade |
description |
O presente estudo teve como objetivo geral investigar quais as percepções dos estudantes de pós-graduação stricto sensu em Ciências Contábeis sobre o papel da afetividade na relação orientador-orientando. A compreensão da afetividade presente nas relações interpessoais vivenciadas no ambiente educacional foi baseada nas teorias abordadas por Jean Piaget, Levi Vygotsky e Henri Wallon. Esses autores dedicaram grande parte de suas pesquisas ao estudo do desenvolvimento intelectual do indivíduo. Apesar de apresentarem diferentes metodologias suas teorias são convergentes ao estabelecerem que o indivíduo se desenvolve por meio das relações interpessoais, e que essas são permeadas pela afetividade. A amostra deste estudo foi composta por 309 discentes de pós-graduação stricto sensu da área contábil, sendo que 65% desse total corresponde a alunos de mestrado acadêmico, 31,72% a alunos de doutorado acadêmico e 2,91% a alunos de mestrado profissional. As percepções dos alunos sobre a relação de orientação foram capturadas por meio do Questionário de Interação Orientador-Orientando (QSDI na literatura internacional) adaptado por Mainhard, Rijst, Tartwijk e Wubbel (2009) e as de afetividade por meio da Escala de Afetos Positivos e Negativos (Panas na literatura internacional) desenvolvida por Watson, Clark e Tellegan (1985). O Alpha de Cronbach para o QSDI foi de 0,9424 e para a Panas de 0,9025, atestando a alta confiabilidade interna das escalas. A Análise Fatorial Exploratória (AFE) do QSDI gerou um total de seis fatores (F1: Liderança e amizade, F2: Repreensão e insatisfação, F3: Compreensão. F4: Liberdade, F5: Incerteza e F6: Exigência), que explicaram 65,53% da variabilidade total dos dados. A AFE da Panas gerou dois fatores, um para afetos positivos e outro para afetos negativos, os quais explicaram 71,47% da variabilidade total dos dados. A partir dos fatores retidos da AFE do QSDI foram construídos os Modelos de Regressão Linear Múltipla (MRLM). Cada fator representou uma variável dependente e, portanto, foram estimadas seis regressões. Os resultados evidenciaram que o aumento dos afetos positivos na relação de orientação contribui para o aumento da liderança, amizade e compreensão por parte do orientador, na percepção dos discentes. Por outro lado, ainda na percepção dos pós-graduandos, o aumento dos afetos negativos favorece comportamentos voltados para a repreensão, insatisfação e exigência, além de contribuir para a redução da compreensão e de sua autonomia no processo de orientação. Observou-se também que a compreensão do orientador tende a ser maior nos momentos em que o aluno está se preparando para a defesa da dissertação ou tese, e que o aluno vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública possui maior liberdade no processo de desenvolvimento do trabalho em comparação aos alunos de IES privadas. Por fim, constatou-se que a exigência por parte do orientador tende a ser menor quando o discente pertence ao mestrado, possui experiência em pesquisa científica e está se preparando para a defesa. Assim, quando se analisa a relação de orientação do ponto de vista do orientando, conclui-se que a maior parte dos discentes participantes deste estudo apresentam uma relação afetivamente positiva com o orientador, tendo sido ressaltados aspectos como a amizade, a compreensão, admiração, respeito, entusiasmo, entre outros. Entretanto, observou-se que alguns discentes apresentaram percepções afetivamente negativas sobre a relação de orientação, evidenciando sentimentos como o medo, estresse, desinteresse, frustação, entre outros, e gerando uma preocupação com relação a forma como alguns orientadores estão conduzindo suas orientações. Conclui-se ainda, que os alunos, ao pensarem e tratarem da relação de orientação, priorizaram aspectos relacionados à figura do orientador enquanto pessoa e pouco detalharam sobre as características do processo de orientação e desenvolvimento do trabalho. Esse achado reitera que os alunos escolhem seus orientadores e os analisam adotando como critério os traços de personalidade como mais relevantes em detrimento da formação técnica. Ao final esta pesquisa visa contribuir para a academia por meio do aprimoramento da pesquisa científica sobre a afetividade no ambiente educacional. Também contribui ao suscitar reflexões para os programas de pós-graduação sobre a necessidade de se atribuir maior dedicação a formação docente, e, fornece insights para que orientadores e orientando possam refletir sobre comportamentos que devem ser realçados ou evitados no processo de orientação de teses e dissertações. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-03-26 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-07-25T20:42:27Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-07-25T20:42:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/43614 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/43614 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Controladoria e Contabilidade |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43614/3/Afetividade%20na%20rela%c3%a7%c3%a3o%20de%20orienta%c3%a7%c3%a3o2.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43614/4/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
bac376d99d6ec9fd4daf2c5d0067d35d cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589462837428224 |