Potencial de dioscorea trifida L.f. e Dioscorea opposita Thunb. (dioscoreaceae, inhames) no tratamento da alergia alimentar induzida com ovalbumina em camundongos balb/c
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MBSA-8FLPGZ |
Resumo: | A alergia alimentar é uma reação de hipersensibilidade imediata mediada por IgE, que ocorre após a ingestão de determinados alimentos por indivíduos previamente sensibilizados. A incidência da alergia alimentar tem sofrido um grande aumento nas ultimas décadas, tanto em países desenvolvidos, quanto em desenvolvimento. Dados referentes ao ano de 2009, por exemplo, citam que a doença afeta um percentual de 3% a 4% da população mundial de adultos e até 6% das crianças. O desenvolvimento de novos produtos e tratamentos é importante e desejável, sendo os produtos naturais uma importante fonte de substâncias bioativas. Nosso grupo de pesquisa desenvolveu um modelo animal para o estudo da alergia alimentar, à partir da sensibilização de camundongos BALB/c com ovalbumina (OVA). Após sensibilização, os camundongos são desafiados com uma solução de OVA a 20%. Este protocolo desencadeia os sintomas da alergia alimentar, como o aumento da produção de IgE, do número de mastócitos, de eosinófilos, geração de edema e aumento da produção de muco pelas células caliciformes do trato gastrointestinal. Neste estudo, animais sensibilizados foram tratados com extratos brutos e frações obtidas das espécies de inhame D. trifida e D. opposita, com o objetivo de avaliar o potencial destas plantas no tratamento da alergia alimentar. Os animais sensibilizados tratados demonstraram diminuição da produção de IgE. Os tratamentos promoveram também uma diminuição do edema gerado pela inflamação alérgica, do número mastócitos na submucosa intestinal, e do número de eosinófilos. Os tratamentos foram capazes de diminuir a produção de muco pelas células caliciformes do trato gastrointestinal dos animais alérgicos. Os resultados demonstram que os inhames D. trifida e D. opposita contém substâncias potencialmente ativas para o tratamento das alergias alimentares. Elas agem a partir da diminuição da inflamação, dependendo da dose, alterando os sintomas observados em animais alérgicos. |
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Maria das Gracas Lins BrandaoDenise Carmona Cara MachadoJacqueline Aparecida TakahashiVanessa Pinho da SilvaJuliana Garcia Quadros2019-08-14T07:19:52Z2019-08-14T07:19:52Z2011-02-24http://hdl.handle.net/1843/MBSA-8FLPGZA alergia alimentar é uma reação de hipersensibilidade imediata mediada por IgE, que ocorre após a ingestão de determinados alimentos por indivíduos previamente sensibilizados. A incidência da alergia alimentar tem sofrido um grande aumento nas ultimas décadas, tanto em países desenvolvidos, quanto em desenvolvimento. Dados referentes ao ano de 2009, por exemplo, citam que a doença afeta um percentual de 3% a 4% da população mundial de adultos e até 6% das crianças. O desenvolvimento de novos produtos e tratamentos é importante e desejável, sendo os produtos naturais uma importante fonte de substâncias bioativas. Nosso grupo de pesquisa desenvolveu um modelo animal para o estudo da alergia alimentar, à partir da sensibilização de camundongos BALB/c com ovalbumina (OVA). Após sensibilização, os camundongos são desafiados com uma solução de OVA a 20%. Este protocolo desencadeia os sintomas da alergia alimentar, como o aumento da produção de IgE, do número de mastócitos, de eosinófilos, geração de edema e aumento da produção de muco pelas células caliciformes do trato gastrointestinal. Neste estudo, animais sensibilizados foram tratados com extratos brutos e frações obtidas das espécies de inhame D. trifida e D. opposita, com o objetivo de avaliar o potencial destas plantas no tratamento da alergia alimentar. Os animais sensibilizados tratados demonstraram diminuição da produção de IgE. Os tratamentos promoveram também uma diminuição do edema gerado pela inflamação alérgica, do número mastócitos na submucosa intestinal, e do número de eosinófilos. Os tratamentos foram capazes de diminuir a produção de muco pelas células caliciformes do trato gastrointestinal dos animais alérgicos. Os resultados demonstram que os inhames D. trifida e D. opposita contém substâncias potencialmente ativas para o tratamento das alergias alimentares. Elas agem a partir da diminuição da inflamação, dependendo da dose, alterando os sintomas observados em animais alérgicos.Food allergies are immediate hypersensitivity reactions mediated by IgE that occur after the ingestion of specific food by an individual with a pre-existing sensitivity. Occurrence of food allergies have increased significantly in the last few decades, both in developed and developing countries. Data from 2009, as an example, have show that this condition affects between 3% and 4% of the world´s adult population and up to 6% of children. The development of new products and treatments are important and desirable, in particular that of natural products that are an important source of bio-active substances. Our research team has developed an animal model to study food allergies by exposing BALB/c mice to ovalbumin (OVA). After exposure, the mice are given a 20% OVA solution. This protocol develops food allergies symptoms on the mice, such as the increase in IgE production, number of mastocytes, eosinophils, edema and mucus production by the globet cells of the gastrointestinal system. In this study, exposed mice are treated with raw extracts and fractions extracted from yam D. trifida and D. opposite in order to evaluate the potential of these plants to treat the allergies. Exposed animals that were treated showed reduced IgE production. Treatment also promoted reductions in the edema generated by the allergic inflammation. The results show that yam D. trifida and D. opposite also contain potentially active substances to aid in the treatment of food allergies. They act by reducing inflammation, depending on the dosage, by altering the observed symptoms in allergic animals.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAlimentosInhameSistema gastrointestinal DoençasAlergia a alimentosAlimentos funcionaisDioscorea trifidaNutracêuticoInhameAlergia alimentarDioscorea oppositaPotencial de dioscorea trifida L.f. e Dioscorea opposita Thunb. (dioscoreaceae, inhames) no tratamento da alergia alimentar induzida com ovalbumina em camundongos balb/cinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmollica__j.q._disserta__o.pdfapplication/pdf3778661https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MBSA-8FLPGZ/1/mollica__j.q._disserta__o.pdff24d8590fa1fb7c641f205277c7554e1MD51TEXTmollica__j.q._disserta__o.pdf.txtmollica__j.q._disserta__o.pdf.txtExtracted texttext/plain228346https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MBSA-8FLPGZ/2/mollica__j.q._disserta__o.pdf.txta183fce3b3ee0f3842d3968580545576MD521843/MBSA-8FLPGZ2019-11-14 13:56:41.438oai:repositorio.ufmg.br:1843/MBSA-8FLPGZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:56:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A alergia alimentar é uma reação de hipersensibilidade imediata mediada por IgE, que ocorre após a ingestão de determinados alimentos por indivíduos previamente sensibilizados. A incidência da alergia alimentar tem sofrido um grande aumento nas ultimas décadas, tanto em países desenvolvidos, quanto em desenvolvimento. Dados referentes ao ano de 2009, por exemplo, citam que a doença afeta um percentual de 3% a 4% da população mundial de adultos e até 6% das crianças. O desenvolvimento de novos produtos e tratamentos é importante e desejável, sendo os produtos naturais uma importante fonte de substâncias bioativas. Nosso grupo de pesquisa desenvolveu um modelo animal para o estudo da alergia alimentar, à partir da sensibilização de camundongos BALB/c com ovalbumina (OVA). Após sensibilização, os camundongos são desafiados com uma solução de OVA a 20%. Este protocolo desencadeia os sintomas da alergia alimentar, como o aumento da produção de IgE, do número de mastócitos, de eosinófilos, geração de edema e aumento da produção de muco pelas células caliciformes do trato gastrointestinal. Neste estudo, animais sensibilizados foram tratados com extratos brutos e frações obtidas das espécies de inhame D. trifida e D. opposita, com o objetivo de avaliar o potencial destas plantas no tratamento da alergia alimentar. Os animais sensibilizados tratados demonstraram diminuição da produção de IgE. Os tratamentos promoveram também uma diminuição do edema gerado pela inflamação alérgica, do número mastócitos na submucosa intestinal, e do número de eosinófilos. Os tratamentos foram capazes de diminuir a produção de muco pelas células caliciformes do trato gastrointestinal dos animais alérgicos. Os resultados demonstram que os inhames D. trifida e D. opposita contém substâncias potencialmente ativas para o tratamento das alergias alimentares. Elas agem a partir da diminuição da inflamação, dependendo da dose, alterando os sintomas observados em animais alérgicos. |
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