A construção social do campo da arquitetura moderna em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliano Nemer Caldeira Brant
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-979J2P
Resumo: Este trabalho aborda a história da constituição do campo arquitetônicomoderno em Belo Horizonte, procurando evidenciar que ela ocorreu a partir de um processo social amplo, cujas raízes se encontram antes mesmo da construção da cidade, na formação acadêmica, cultura e social de seus idealizadores. Para a elaboração da dissertação, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental em busca de dados relevantes à compreensão desse processo. As reflexões acerca dos dados históricos apoiam-se em conceitos e teorias do sociólogo francês Pierre Bourdieu particularmente habitus, campo e capital e poder simbólico e na interpretação desses conceitos e teorias para o campo arquitetônico pelo arquiteto e sociólogo Garry Stevens. A abordagem abrange o período entre o início do processo de fundação da cidade até a criação da Escola de Arquitetura de Minas Gerais, na década de 1930 e a consolidação do campo da arquitetura moderna nessa Escola. Para tanto, analisam-se inicialmente o campo da construção civil nos primeiros anos da capital, o ideário e a atuação dos intelectuais modernistas de Belo Horizonte nesse período, bem como suas conexões com a vanguarda do modernismo paulista. Em seguida, discute-se a participação dos intelectuais mineiros no Ministério da Educação e Saúde liderado por Gustavo Capanema, no Estado Novo. A disputa pela concepção do edifício dessa instituição, que veio a se tornar o marco arquitetônico do modernismo brasileiro, é compreendida como disputa por capital simbólico, considerando-se particularmente a atuação do arquiteto franco-suíço Le Corbusier nessecontexto e sua relação com os arquitetos modernistas brasileiros. Finalmente, a história da consolidação do modernismo arquitetônico em Belo Horizonte é abordada a partir da fundação da Escola de Arquitetura, passando pela produção dessa Escola nas primeiras décadas, até a atuação do arquiteto mineiro Sylvio de Vasconcellos e seu engajamento na legitimação do modernismo em texto publicado no jornal Estado de Minas e reunidos no livro Noções de Arquitetura em 1962.
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A abordagem abrange o período entre o início do processo de fundação da cidade até a criação da Escola de Arquitetura de Minas Gerais, na década de 1930 e a consolidação do campo da arquitetura moderna nessa Escola. Para tanto, analisam-se inicialmente o campo da construção civil nos primeiros anos da capital, o ideário e a atuação dos intelectuais modernistas de Belo Horizonte nesse período, bem como suas conexões com a vanguarda do modernismo paulista. Em seguida, discute-se a participação dos intelectuais mineiros no Ministério da Educação e Saúde liderado por Gustavo Capanema, no Estado Novo. A disputa pela concepção do edifício dessa instituição, que veio a se tornar o marco arquitetônico do modernismo brasileiro, é compreendida como disputa por capital simbólico, considerando-se particularmente a atuação do arquiteto franco-suíço Le Corbusier nessecontexto e sua relação com os arquitetos modernistas brasileiros. Finalmente, a história da consolidação do modernismo arquitetônico em Belo Horizonte é abordada a partir da fundação da Escola de Arquitetura, passando pela produção dessa Escola nas primeiras décadas, até a atuação do arquiteto mineiro Sylvio de Vasconcellos e seu engajamento na legitimação do modernismo em texto publicado no jornal Estado de Minas e reunidos no livro Noções de Arquitetura em 1962.This work approaches the history of the modern architectural field constitution in Belo Horizonte, seeking to evidence that it happened because of an ample social project, with roots even before the construction of the city, in the academic, cultural and social formation of its idealist. For the elaboration of the dissertation, a bibliographic and documental research was carried out, looking for relevant data in order to understand this process. The reflections on the historical data have support on the concepts and theories of the French sociologist Pierre Bourdieu- particularly habitus, field and capital and symbolic power and in the interpretation of those concepts and theories directed to the architectural field by the architect and sociologist Garry Stevens. The approach comprise the period between the beginning of the citys foundation until the creation of the School of Architecture of Minas Gerais, in the decade of 1930 and the consolidation of the modern architecture field in that school. In order to do so, initially the civil construction field was analyzed in the first years of the capital, the ideology a actuation of the modernist intellectuals in Belo Horizonte during this period, as well as their connection with the vanguard of the Paulista (from the state of São Paulo) Modernism. Discussing then the participation of Mineiros (from the State of Minas Gerais) intellectuals in the Ministry of Education and Health lead by Gustavo Capanema in the New State. The dispute over the conception of that institutions building, that came to be the architectural landmark of the Brazilians modernism, is understood as competition for symbolic capital,particularly considering the actions of the French-Swiss architect Le Corbusier in this context and his relationship with modernist Brazilian architects. Finally, the history of the architectural modernism consolidation in Belo Horizonte is approached from the foundation of the School of Architecture, going through the production of this school in the early decades, until the work of architect mineiro (from the State of Minas Gerais) Sylvio de Vasconcellos and his engagement in the modernism legitimization, which can be seen in texts published in the newspaper Estado de Minas and assembled in the book Notions of Architecture, 1962.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGArquitetura Moderna Belo Horizonte(MG)Arquitetura e sociedadeCapital culturalArquitetura modernistaCampo da arquitetura de Belo HorizonteModernismoA construção social do campo da arquitetura moderna em Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALparte_1_final.pdfapplication/pdf4499636https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-979J2P/1/parte_1_final.pdf52c3e8f676b6a52efe6e27217c155ea6MD51TEXTparte_1_final.pdf.txtparte_1_final.pdf.txtExtracted texttext/plain268058https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-979J2P/2/parte_1_final.pdf.txt2d7abc7cb6eed2914ead2df4e9c2ecaaMD521843/BUOS-979J2P2019-11-14 14:52:47.857oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-979J2PRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:52:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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