Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poliana de Oliveira Figueiredo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36156
Resumo: A ocorrência de doenças infecciosas emergentes (DIE) vem aumentando nos últimos anos, sendo essa emergência associada a determinantes sociais, econômicos e principalmente ambientais. A maioria dessas doenças é de origem zoonótica e dentre os fatores de risco associados a essa transmissão estão a oportunidade de contato e proximidade filogenética dos reservatórios e/ou hospedeiros animais com seres humanos. Pelo fato dos roedores e primatas não humanos (PNHs) serem amplificadores ou reservatórios de patógenos zoonóticos, e, em muitos locais, viverem em contato próximo com a população humana e animais domésticos, estes animais podem atuar como uma ponte entre o ambiente silvestre, o rural e o urbano. Em vista disso, esse projeto teve como hipótese investigar a circulação de Dengue virus (DENV) em roedores e primatas bem como a circulação de Yellow fever virus (YFV) em outros animais além dos primatas, sendo os roedores os potenciais candidatos. A dengue representa, atualmente, uma das doenças mais importantes em termos de morbidade, mortalidade e impacto econômico nacional. Em adição, o Brasil vivenciou recentemente um dos maiores surtos de febre amarela da sua história, com mais de 800 casos confirmados, uma taxa de letalidade superior a anos anteriores e ainda há um grande contigente populacional sem a devida cobertura vacinal. Tendo em vista esse cenário, este trabalho visou a prospecção de (DENV) e (YFV) em roedores e primatas não humanos coletados em ambientes de florestas, urbanos e rurais. Através da prospecção molecular e sorológica foram analisadas amostras clínicas de: pequenos roedores, grandes roedores como as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e amostras de primatas não humanos. Não foram detectadas amostras positivas de roedores para DENV e YFV, nem evidências da circulação de DENV em primatas. A ausência de detecção, comparada a outros estudos, pode ser atribuída à diferença do número amostral das coleções analisadas, às espécies analisadas e locais de coleta que poderiam estar refletindo diferentes condições ecológicas de cada área analisada. Em relação à prospecção molecular do vírus da febre amarela em primatas, foram detectados dois animais positivos. Ambos os animais são da espécie Callicebus personatus e foram coletados durante o surto de febre amarela no estado de Minas Gerais. Análises filogenéticas demonstraram que essas amostras se agrupam junto ao genótipo Sul Americano 1, sendo mais proximamente relacionadas com as amostras caracterizadas no último surto de febre amarela vivenciado no Brasil. Além disso, a necropsia de vários órgãos demonstrou alterações macroscópicas compatíveis com a infecção pelo YFV. Os dados moleculares associados aos dados macroscópicos contribuem para preencher algumas lacunas relacionadas à carência de informação no que diz respeito ao curso da infecção em primatas não humanos. Uma correlação espaço temporal entre casos humanos e epizootias de YFV em Minas Gerais em 2017, demonstrou uma sobreposição de casos e que estes se agrupam em 2 clusters que ocorreram, principalmente, em regiões com baixa cobertura vacinal, apontando para uma necessidade de melhores ações de vigilância e políticas de prevenção. A prospecção sorológica de Flavivirus em primatas não humanos, evidenciou que um dos animais analisados apresentou anticorpos anti-flavivirus, indicando assim um contato prévio desse animal com virus.
id UFMG_b25f95650f149b2ce3e544cc8c83dd7e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36156
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Giliane de Souza Trindadehttp://lattes.cnpq.br/6461673057467882Danilo Bretashttp://lattes.cnpq.br/1037022360390318Poliana de Oliveira Figueiredo2021-05-27T15:56:33Z2021-05-27T15:56:33Z2019-03-18http://hdl.handle.net/1843/36156A ocorrência de doenças infecciosas emergentes (DIE) vem aumentando nos últimos anos, sendo essa emergência associada a determinantes sociais, econômicos e principalmente ambientais. A maioria dessas doenças é de origem zoonótica e dentre os fatores de risco associados a essa transmissão estão a oportunidade de contato e proximidade filogenética dos reservatórios e/ou hospedeiros animais com seres humanos. Pelo fato dos roedores e primatas não humanos (PNHs) serem amplificadores ou reservatórios de patógenos zoonóticos, e, em muitos locais, viverem em contato próximo com a população humana e animais domésticos, estes animais podem atuar como uma ponte entre o ambiente silvestre, o rural e o urbano. Em vista disso, esse projeto teve como hipótese investigar a circulação de Dengue virus (DENV) em roedores e primatas bem como a circulação de Yellow fever virus (YFV) em outros animais além dos primatas, sendo os roedores os potenciais candidatos. A dengue representa, atualmente, uma das doenças mais importantes em termos de morbidade, mortalidade e impacto econômico nacional. Em adição, o Brasil vivenciou recentemente um dos maiores surtos de febre amarela da sua história, com mais de 800 casos confirmados, uma taxa de letalidade superior a anos anteriores e ainda há um grande contigente populacional sem a devida cobertura vacinal. Tendo em vista esse cenário, este trabalho visou a prospecção de (DENV) e (YFV) em roedores e primatas não humanos coletados em ambientes de florestas, urbanos e rurais. Através da prospecção molecular e sorológica foram analisadas amostras clínicas de: pequenos roedores, grandes roedores como as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e amostras de primatas não humanos. Não foram detectadas amostras positivas de roedores para DENV e YFV, nem evidências da circulação de DENV em primatas. A ausência de detecção, comparada a outros estudos, pode ser atribuída à diferença do número amostral das coleções analisadas, às espécies analisadas e locais de coleta que poderiam estar refletindo diferentes condições ecológicas de cada área analisada. Em relação à prospecção molecular do vírus da febre amarela em primatas, foram detectados dois animais positivos. Ambos os animais são da espécie Callicebus personatus e foram coletados durante o surto de febre amarela no estado de Minas Gerais. Análises filogenéticas demonstraram que essas amostras se agrupam junto ao genótipo Sul Americano 1, sendo mais proximamente relacionadas com as amostras caracterizadas no último surto de febre amarela vivenciado no Brasil. Além disso, a necropsia de vários órgãos demonstrou alterações macroscópicas compatíveis com a infecção pelo YFV. Os dados moleculares associados aos dados macroscópicos contribuem para preencher algumas lacunas relacionadas à carência de informação no que diz respeito ao curso da infecção em primatas não humanos. Uma correlação espaço temporal entre casos humanos e epizootias de YFV em Minas Gerais em 2017, demonstrou uma sobreposição de casos e que estes se agrupam em 2 clusters que ocorreram, principalmente, em regiões com baixa cobertura vacinal, apontando para uma necessidade de melhores ações de vigilância e políticas de prevenção. A prospecção sorológica de Flavivirus em primatas não humanos, evidenciou que um dos animais analisados apresentou anticorpos anti-flavivirus, indicando assim um contato prévio desse animal com virus.The occurrence of emerging infectious diseases (EID) has been increasing in recent years, and this emergence is associated with social, economic, and mainly environmental determinants. Most of these diseases are of zoonotic origin and among the risk factors associated with this transmission are the opportunity for contact and phylogenetic proximity of reservoirs and / or animal hosts with humans. Rodents and non-human primates are amplifiers or reservoirs of zoonotic pathogens, and in many places live in close contact with the human population and domestic animals, these animals can act as a bridge between the wild, urban. In this way, this project hypothesized the circulation of DENV in rodents or primates as well as the circulation of yellow fever in other animals besides primates, with rodents being the candidate animals. Dengue is currently one of the most important diseases in terms of morbidity, mortality and national economic impact. In addition, Brazil has recently experienced one of the largest outbreaks of yellow fever in its history, with more than 1000 confirmed cases, a case fatality rate higher than previous years, and there is still a large population contingent without adequate vaccine coverage. Considering this scenario, this study aimed to prospect for Dengue virus (DENV) and Yellow fever virus (YFV) in rodentia and non-human primates collected in forest, urban and rural environments. Through molecular and sorological prospecting of samples from small rodents, capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) and samples of non-human primates were analyzed. No positive rodent samples were detected for DENV and YFV, and no evidence of DENV circulation in primates. The absence of detection, compared to other studies, can be attributed to the difference in the sample number of the analyzed collections, the species analyzed and the collection sites that could be reflecting different ecological conditions of each analyzed area. In relation to prospecting for yellow fever in primates, two positive animals were detected. Both animals are of the species Callicebus personatus and were collected during the outbreak of yellow fever in the state of Minas Gerais. Phylogenetic analyzes constructed through 205 bp of NS5 and 945 bp of the CprM region demonstrated that these samples are grouped together with the South American genotype 1, being more closely related to the samples characterized during the current outbreak of yellow fever experienced in Brazil. In addition, necropsy of several organs have shown macroscopic changes, compatible with YFV viral infection. The molecular data associated with macroscopic data contribute to fill some gaps related to the lack of information regarding the course of infection in non-human primates. A temporal correlation between human cases and YFV epizootics in Minas Gerais in 2017 demonstrated an overlap of cases and that these clusters are grouped in 2 clusters that occurred mainly in regions with low vaccination coverage, pointing to a need for better surveillance and prevention policies. Serological survey of Flavivirus in non-human primates showed that one of the animals tested showed anti-flavivirus antibodies, thus indicating a previous contact of this animal with virus.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMicrobiologiaVirosesFlavivirusVírus da dengueVírus da febre amarelaRoedoresViroses emergentesFlavivirusDengue virusYellow fever virusRodentiaPrimatas não humanosDetecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambienteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Poliana Figueiredo.pdfTese Poliana Figueiredo.pdfapplication/pdf6187157https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36156/1/Tese%20Poliana%20Figueiredo.pdfb15d40ee0463e8dec1c12bf7c2e1c43fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36156/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36156/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/361562021-05-27 12:56:33.572oai:repositorio.ufmg.br:1843/36156TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-05-27T15:56:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
title Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
spellingShingle Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
Poliana de Oliveira Figueiredo
Viroses emergentes
Flavivirus
Dengue virus
Yellow fever virus
Rodentia
Primatas não humanos
Microbiologia
Viroses
Flavivirus
Vírus da dengue
Vírus da febre amarela
Roedores
title_short Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
title_full Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
title_fullStr Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
title_full_unstemmed Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
title_sort Detecção molecular e sorológica de Flavivirus emergentes em roedores e primatas: relação entre patógeno, hospedeiro e ambiente
author Poliana de Oliveira Figueiredo
author_facet Poliana de Oliveira Figueiredo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Giliane de Souza Trindade
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6461673057467882
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Danilo Bretas
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1037022360390318
dc.contributor.author.fl_str_mv Poliana de Oliveira Figueiredo
contributor_str_mv Giliane de Souza Trindade
Danilo Bretas
dc.subject.por.fl_str_mv Viroses emergentes
Flavivirus
Dengue virus
Yellow fever virus
Rodentia
Primatas não humanos
topic Viroses emergentes
Flavivirus
Dengue virus
Yellow fever virus
Rodentia
Primatas não humanos
Microbiologia
Viroses
Flavivirus
Vírus da dengue
Vírus da febre amarela
Roedores
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
Viroses
Flavivirus
Vírus da dengue
Vírus da febre amarela
Roedores
description A ocorrência de doenças infecciosas emergentes (DIE) vem aumentando nos últimos anos, sendo essa emergência associada a determinantes sociais, econômicos e principalmente ambientais. A maioria dessas doenças é de origem zoonótica e dentre os fatores de risco associados a essa transmissão estão a oportunidade de contato e proximidade filogenética dos reservatórios e/ou hospedeiros animais com seres humanos. Pelo fato dos roedores e primatas não humanos (PNHs) serem amplificadores ou reservatórios de patógenos zoonóticos, e, em muitos locais, viverem em contato próximo com a população humana e animais domésticos, estes animais podem atuar como uma ponte entre o ambiente silvestre, o rural e o urbano. Em vista disso, esse projeto teve como hipótese investigar a circulação de Dengue virus (DENV) em roedores e primatas bem como a circulação de Yellow fever virus (YFV) em outros animais além dos primatas, sendo os roedores os potenciais candidatos. A dengue representa, atualmente, uma das doenças mais importantes em termos de morbidade, mortalidade e impacto econômico nacional. Em adição, o Brasil vivenciou recentemente um dos maiores surtos de febre amarela da sua história, com mais de 800 casos confirmados, uma taxa de letalidade superior a anos anteriores e ainda há um grande contigente populacional sem a devida cobertura vacinal. Tendo em vista esse cenário, este trabalho visou a prospecção de (DENV) e (YFV) em roedores e primatas não humanos coletados em ambientes de florestas, urbanos e rurais. Através da prospecção molecular e sorológica foram analisadas amostras clínicas de: pequenos roedores, grandes roedores como as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e amostras de primatas não humanos. Não foram detectadas amostras positivas de roedores para DENV e YFV, nem evidências da circulação de DENV em primatas. A ausência de detecção, comparada a outros estudos, pode ser atribuída à diferença do número amostral das coleções analisadas, às espécies analisadas e locais de coleta que poderiam estar refletindo diferentes condições ecológicas de cada área analisada. Em relação à prospecção molecular do vírus da febre amarela em primatas, foram detectados dois animais positivos. Ambos os animais são da espécie Callicebus personatus e foram coletados durante o surto de febre amarela no estado de Minas Gerais. Análises filogenéticas demonstraram que essas amostras se agrupam junto ao genótipo Sul Americano 1, sendo mais proximamente relacionadas com as amostras caracterizadas no último surto de febre amarela vivenciado no Brasil. Além disso, a necropsia de vários órgãos demonstrou alterações macroscópicas compatíveis com a infecção pelo YFV. Os dados moleculares associados aos dados macroscópicos contribuem para preencher algumas lacunas relacionadas à carência de informação no que diz respeito ao curso da infecção em primatas não humanos. Uma correlação espaço temporal entre casos humanos e epizootias de YFV em Minas Gerais em 2017, demonstrou uma sobreposição de casos e que estes se agrupam em 2 clusters que ocorreram, principalmente, em regiões com baixa cobertura vacinal, apontando para uma necessidade de melhores ações de vigilância e políticas de prevenção. A prospecção sorológica de Flavivirus em primatas não humanos, evidenciou que um dos animais analisados apresentou anticorpos anti-flavivirus, indicando assim um contato prévio desse animal com virus.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-03-18
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-27T15:56:33Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-05-27T15:56:33Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36156
url http://hdl.handle.net/1843/36156
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36156/1/Tese%20Poliana%20Figueiredo.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36156/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36156/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b15d40ee0463e8dec1c12bf7c2e1c43f
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589238069919744