Atitude extrema e salto: a prática laboratorial de K. Stanislávski no Estúdio de Ópera Bolshói
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/JSSS-8ZCER9 |
Resumo: | Este estudo busca compreender o pensamento de K. Stanislávski apresentado no Estúdio de Ópera Bolshói em sua atitude extrema, e o salto realizado a partir da pesquisa de um tema constante. Atitude extrema entendida como a pesquisa partindo resultados que permaneceram no exercício criador, ou seja, na prática cotidiana do estúdio e na proposição de ideais a serem compartilhados junto àqueles atores-cantores. O recorte temporal se dá entre os anos de 1918 e 1922: período em que Stanislávski apresenta o sistema aos atores-cantores, e durante o qual é o condutor direto dos trabalhos naquele estúdio. Este trabalho apresenta as características e as decorrências do surgimento dos estúdios no fazer teatral como espaços voltados à formação do ator, revisão breve que serve à contextualização da importância desses locais para a renovação do teatro pretendida pelos encenadores-pedagogos. A partir disso, é direcionado à fundação do Estúdio de Ópera Bolshói, trabalhando na perspectiva de abordagem das grandes linhas do pensamento do mestre russo para um estúdio: a comunidade teatral, o mestre como condutor único e a pesquisa de um tema constante de trabalho (condição criadora). Quando compreendida a relação entre alunos e mestre na pesquisa de um tema constante, o trabalho chega ao momento de comunhão dos mistérios criadores apontados por Stanislávski como os sete degraus comuns a todos. Diante da investigação de suas proposições, o ator atingiria o salto como consequência dessa trajetória, no Estúdio de Ópera Bolshói: da condição criadora à condição heroica, momento em que o fazer teatral ultrapassa suas medidas. A partir da pesquisa e da análise da trajetória do mestre russo junto ao Estúdio de Ópera Bolshói foi possível compreender e identificar o estabelecimento de um movimento criador interno em sua prática, no qual o labor diário e comprometido é assimilado como algo que antecede e transcende o espetáculo. |
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Luiz Otavio Carvalho Goncalves de SouzaNair DagostiniFernando Antonio MencarelliInaja Neckel2019-08-13T00:10:19Z2019-08-13T00:10:19Z2011-05-16http://hdl.handle.net/1843/JSSS-8ZCER9Este estudo busca compreender o pensamento de K. Stanislávski apresentado no Estúdio de Ópera Bolshói em sua atitude extrema, e o salto realizado a partir da pesquisa de um tema constante. Atitude extrema entendida como a pesquisa partindo resultados que permaneceram no exercício criador, ou seja, na prática cotidiana do estúdio e na proposição de ideais a serem compartilhados junto àqueles atores-cantores. O recorte temporal se dá entre os anos de 1918 e 1922: período em que Stanislávski apresenta o sistema aos atores-cantores, e durante o qual é o condutor direto dos trabalhos naquele estúdio. Este trabalho apresenta as características e as decorrências do surgimento dos estúdios no fazer teatral como espaços voltados à formação do ator, revisão breve que serve à contextualização da importância desses locais para a renovação do teatro pretendida pelos encenadores-pedagogos. A partir disso, é direcionado à fundação do Estúdio de Ópera Bolshói, trabalhando na perspectiva de abordagem das grandes linhas do pensamento do mestre russo para um estúdio: a comunidade teatral, o mestre como condutor único e a pesquisa de um tema constante de trabalho (condição criadora). Quando compreendida a relação entre alunos e mestre na pesquisa de um tema constante, o trabalho chega ao momento de comunhão dos mistérios criadores apontados por Stanislávski como os sete degraus comuns a todos. Diante da investigação de suas proposições, o ator atingiria o salto como consequência dessa trajetória, no Estúdio de Ópera Bolshói: da condição criadora à condição heroica, momento em que o fazer teatral ultrapassa suas medidas. A partir da pesquisa e da análise da trajetória do mestre russo junto ao Estúdio de Ópera Bolshói foi possível compreender e identificar o estabelecimento de um movimento criador interno em sua prática, no qual o labor diário e comprometido é assimilado como algo que antecede e transcende o espetáculo.This study intends to comprehend the knowledge of K. Stanislávski developed in the Bolshoi Opera Studio: his extreme attitude and jump from the research in a constant theme. Extreme attitude understood as the research from the results that remained in the exercise creator, that is, in practice of the studio and in a proposing idea to be shared among those actor-singers. The time snip is between 1918 and 1922, a period in which he presents the system to the actor-singers, and during which he is the direct leader/conductor of the workers in this studio. Reaching its goal, this work presents that is characterized the advent of the theater studios, spaces dedicated to formation of actor, a brief review which serves to contextualize the importance of these locals for the renewal intended by the theater director-pedagogues. From this survey, the study is focused in particular on the foundation of the Bolshoi Opera Studio, working with a view to addressing the broad lines thought of the Russian master for a studio: the theater community, the master as the only leader/conductor, and the search as a constant theme of work (creative condition). From the comprehension of the students relationship and teacher in the search of a constant theme, the work reaches a point of communion between teacher and students, that is, the revelation of the mysteries creators, appointed by Stanislavsky as the seven steps common all. In front of the investigation of his propositions, the work reaches what is considered a leap and a consequence of that the director-educator work trajectory: from the creative condition to the heroic condition in the actor work, when the research is able to overcome the theater measures. From the research and analysis of the Russian master trajectory with the Bolshoi Opera Studio, it was possible to comprehend and identify the establishment of a internal creative movement of his theater make, in which, the theater make is comprehended as something that precedes and transcends the spectacle.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTeatro Estudo e ensinoAtoresRepresentação teatralBolshoi Opera StudioStanislavski, Konstantin, 1863-1938Pedagogia teatralEstúdio de Ópera BolshóiStanislávskiAtitude extrema e salto: a prática laboratorial de K. Stanislávski no Estúdio de Ópera Bolshóiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALatitude_extrema_e_salto___inaj__neckel.pdfapplication/pdf864578https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/JSSS-8ZCER9/1/atitude_extrema_e_salto___inaj__neckel.pdf4367efcb76156398836503e4e15f96dfMD51TEXTatitude_extrema_e_salto___inaj__neckel.pdf.txtatitude_extrema_e_salto___inaj__neckel.pdf.txtExtracted texttext/plain310601https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/JSSS-8ZCER9/2/atitude_extrema_e_salto___inaj__neckel.pdf.txt245082f068a35ca0a01806efd8fcb51dMD521843/JSSS-8ZCER92019-11-14 20:27:57.684oai:repositorio.ufmg.br:1843/JSSS-8ZCER9Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:27:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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