Estudo prospectivo da infecção pelo citomegalovírus humano e poliomavírus BKV em pacientes com transplante renal: desenvolvimento de testes moleculares para detecção e quantificação viral e análise de associação de desfechos clínicos com a infecção viral ativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciana de Souza Madeira Ferreira Boy
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35439
https://orcid.org/0000-0002-6443-2297
Resumo: A infecção ativa pelo citomegalovírus (CMV) e pelo poliomavírus (BKV) é frequente em pacientes com transplante de rim, e pode ser associada a doenças, piora da função renal e risco de perda do enxerto. Monitorar os pacientes periodicamente para CMV e BKV, especialmente no primeiro ano pós transplante, é importante para minimizar o risco de morbimortalidade dessas infecções. Este estudo objetivou validar ensaios de PCR em tempo real para detecção e quantificação de CMV e BKV e, aplicando estes testes, avaliar o impacto da infecção por esses vírus em pacientes com transplante renal do Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte. Foram desenvolvidos e validados dois testes de PCR em tempo real para detecção e quantificação da carga viral do CMV e BKV a partir da extração do DNA viral em amostras de plasma e urina. A sensibilidade analítica (limite mínimo de detecção) foi de 10 cópias virais (genoma equivalente) para as duas PCRs. Usando padrões internacionais (NIBSC), as sensibilidades clínicas para as PCRs de CMV e de BKV foram de 5.000 IU/mL e de 15.800 IU/mL, respectivamente. Para a análise do impacto das infecções virais, foi feito um estudo prospectivo composto por 64 pacientes submetidos ao transplante renal acompanhados por até 13 meses após o transplante. Um total de 352 amostras de plasma e de 346 de urina foram testadas, sendo observadas altas taxas de DNAuria de BKV (87,5%), seguida por DNAemia de BKV (59,4%) e de DNAemia de CMV (32,8%). Apesar dessas elevadas taxas de infecção, a maioria das amostras apresentava baixa carga viral. Os níveis de carga viral de BKV foram significativamente mais altos na urina que no plasma, e também mais elevados que os níveis de carga de CMV. Houve associação significativa entre detecção de DNAemia e DNAuria de BKV, sendo que os pacientes com BKV detectado no plasma apresentavam carga viral significativamente mais alta do vírus na urina do que aqueles pacientes sem detecção de BKV no plasma. O tempo médio pós-transplante de detecção de BKV foi de 62 dias na urina, de 186 dias no plasma e para CMV não pôde ser definido. Os achados histológicos nas biópsias renais foram principalmente relacionados a processos de rejeição do enxerto. A prevalência de nefropatia por BKV (BKVN) foi de 4,7%, e ocorreu em três pacientes com detecção de DNAemia e DNAuria de BKV. Doença por CMV não foi diagnosticada durante o acompanhamento. Em conjunto, os resultados mostraram que a alta taxa de DNAuria e de DNaemia de BKV nos pacientes com transplante renal evidenciam que esses pacientes estão em constante risco de desenvolver BKVN. Diferente do CMV, cuja infecção é monitorada pelo teste de antigenemia, nenhum teste vem sendo aplicado no Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte para monitorar a infecção pelo BKV, e a implementação do teste de PCR em tempo real para BKV pode auxiliar no acompanhamento dos pacientes com transplante renal. O uso de métodos de diagnóstico moleculares sensíveis e não invasivos, como os desenvolvidos neste estudo, devem ser adotados como ferramenta auxiliar para o correto diagnóstico das infecções virais em pacientes com transplante renal.
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Foram desenvolvidos e validados dois testes de PCR em tempo real para detecção e quantificação da carga viral do CMV e BKV a partir da extração do DNA viral em amostras de plasma e urina. A sensibilidade analítica (limite mínimo de detecção) foi de 10 cópias virais (genoma equivalente) para as duas PCRs. Usando padrões internacionais (NIBSC), as sensibilidades clínicas para as PCRs de CMV e de BKV foram de 5.000 IU/mL e de 15.800 IU/mL, respectivamente. Para a análise do impacto das infecções virais, foi feito um estudo prospectivo composto por 64 pacientes submetidos ao transplante renal acompanhados por até 13 meses após o transplante. Um total de 352 amostras de plasma e de 346 de urina foram testadas, sendo observadas altas taxas de DNAuria de BKV (87,5%), seguida por DNAemia de BKV (59,4%) e de DNAemia de CMV (32,8%). Apesar dessas elevadas taxas de infecção, a maioria das amostras apresentava baixa carga viral. Os níveis de carga viral de BKV foram significativamente mais altos na urina que no plasma, e também mais elevados que os níveis de carga de CMV. Houve associação significativa entre detecção de DNAemia e DNAuria de BKV, sendo que os pacientes com BKV detectado no plasma apresentavam carga viral significativamente mais alta do vírus na urina do que aqueles pacientes sem detecção de BKV no plasma. O tempo médio pós-transplante de detecção de BKV foi de 62 dias na urina, de 186 dias no plasma e para CMV não pôde ser definido. Os achados histológicos nas biópsias renais foram principalmente relacionados a processos de rejeição do enxerto. A prevalência de nefropatia por BKV (BKVN) foi de 4,7%, e ocorreu em três pacientes com detecção de DNAemia e DNAuria de BKV. Doença por CMV não foi diagnosticada durante o acompanhamento. Em conjunto, os resultados mostraram que a alta taxa de DNAuria e de DNaemia de BKV nos pacientes com transplante renal evidenciam que esses pacientes estão em constante risco de desenvolver BKVN. Diferente do CMV, cuja infecção é monitorada pelo teste de antigenemia, nenhum teste vem sendo aplicado no Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte para monitorar a infecção pelo BKV, e a implementação do teste de PCR em tempo real para BKV pode auxiliar no acompanhamento dos pacientes com transplante renal. O uso de métodos de diagnóstico moleculares sensíveis e não invasivos, como os desenvolvidos neste estudo, devem ser adotados como ferramenta auxiliar para o correto diagnóstico das infecções virais em pacientes com transplante renal.Active infection by cytomegalovirus (CMV) and polyomavirus (BKV) is common in patients with kidney transplantation and can be associated with disease, worsening renal function and risk of graft loss. Periodically monitoring patients for CMV and BKV, especially in the first year after transplant, is important to minimize the risk of morbidity from these infections. This study aimed to validate real-time PCR assays for the detection and quantification of CMV and BKV and, applying these tests, to evaluate the impact of infection by these viruses on patients with kidney transplantation at the Nephrology Center of Santa Casa de Belo Horizonte. Two real-time PCR tests were developed and validated for the detection and quantification of CMV and BKV from the extraction of viral DNA in blood and urine samples. The analytical sensitivity (minimum detection limit) was 10 viral copies (equivalent genome) for the two PCRs. Using international standards (NIBSC), the clinical sensitivities for CMV and BKV PCRs were 5,000 IU/mL and 15,800 IU/mL, respectively. For the analysis of the impact of viral infections, a prospective study was carried out, consisting of 64 patients with kidney transplantation, who were followed up for a period of up to 13 months after transplantation. A total of 352 plasma samples and 346 urine samples were tested, evidenced high rates of BKV DNAuria (87.5%), followed by BKV DNAemia (59.4%) and CMV DNAemia (32.8%). Despite these high rates of CMV and BKV infection, most samples had low viral load. BKV viral load levels were significantly higher in urine than in plasma, and also higher than CMV load levels. There was a significant association between detection of DNAemia and DNAuria of BKV, and patients with BKV detected in plasma had a significantly higher viral load of the virus in urine than those patients without detection of BKV in plasma. The mean post-transplant time for the first detectable BKV viremia was 62 days in urine, 186 days in plasma and for CMV it could not be defined. Histological findings in renal biopsies were mainly related to graft rejection. The prevalence of BKV nephropathy (BKVN) was 4.7%, and occurred in three patients with detection of BKV DNAemia and DNAuria. CMV disease was not diagnosed during follow-up. Taken together, the results showed that the high rate of BKV DNAuria and DNaemia in patients with kidney transplantation shows that these patients are at constant risk of developing BKVN. However, unlike CMV, whose infection is monitored by the antigenemia test, no test has been applied at the Nefrology Center of Santa Casa de Belo Horizonte to monitor BKV infection, and the implementation of the real-time PCR test for BKV can assist in monitoring patients with kidney transplantation. The use of sensitive and non-invasive molecular diagnostic methods, such as those developed in this study, should be adopted as an auxiliary tool for the correct diagnosis of viral infections in patients with kidney transplantation.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisOutra Agência2021-11-13porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMicrobiologiaTransplante de rimCitomegalovirusVírus BKReação em cadeia da polimerase em tempo realPlasmaUrinaTransplante renalCitomegalovírus (CMV)Poliomavírus BK (BKV)PCR em tempo realPlasmaUrinaEstudo prospectivo da infecção pelo citomegalovírus humano e poliomavírus BKV em pacientes com transplante renal: desenvolvimento de testes moleculares para detecção e quantificação viral e análise de associação de desfechos clínicos com a infecção viral ativainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35439/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35439/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/354392021-04-15 16:20:42.905oai:repositorio.ufmg.br:1843/35439TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-04-15T19:20:42Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Luciana de Souza Madeira Ferreira Boy
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