Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DUHT7 |
Resumo: | A anastomose vesicouretral, em prostatavesiculectomia radical retropúbica (PRR), tradicionalmente é feita com sutura por seis pontos separados. Para essa anastomose, pode-se utilizar sutura contínua, com um único fio, quando o acesso é perineal ou laparoscópico. A técnica de anastomose é um dos fatores que podem influenciar nas taxas de complicações urinárias, que são distintas conforme o acesso cirúrgico. Este trabalho procura avaliar a qualidade de duas técnicas de anastomose após PRR comparando os resultados de continência urinária, de estenose da anastomose vesicouretral e os tempos cirúrgicos. Casuística e Método: 50 pacientes submetidos a PRR por adenocarcinoma de próstata, foram analisados prospectivamente. Eles foram distribuídos ao acaso em dois grupos de acordo com a técnica para a anastomose vesicouretral: Grupo 1 (n = 25) sutura contínua, com fio único; Grupo 2 (n = 25) sutura interrompida, com seis fios. A média de idade dos pacientes foi de 63 ± 9 anos no Grupo 1, e de 63 ± 7 anos no Grupo 2. Foram anotados os tempos operatórios para confecção das anastomoses. Continência urinária e estenose da anastomose vesicouretral foram avaliadas depois da retirada do cateter de Foley e nos períodos de dois, quatro e seis meses após a PRR. Os pacientes responderam ao questionário referente a sintomas do trato urinário inferior, e aqueles que não apresentavam nenhuma perda involuntária de urina foram classificados como continentes. Cistoscopias foram realizadas nos pacientes com sintomas urinários obstrutivos, para investigação de estenose da anastomose vesicouretral. Os testes t de Student e o exato de Fisher foram utilizados para comparar os resultados obtidos entre os grupos. O nível de significância considerado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: os respectivos percentuais de continência urinária, após a retirada do cateter de Foley e aos dois, quatro e seis meses após as operações, foram de 36%, 56%, 68% e 80% no Grupo 1, e de 20%, 28%, 36% e 48% no Grupo 2. Houve diferença entre os grupos aos dois (p = 0,044), aos quatro (p = 0,023) e aos seis meses (p = 0,018) de pósoperatório. A estenose da anastomose vesicouretral foi encontrada em três pacientes do Grupo 2. O tempo operatório foi maior para confecção da sutura contínua (17,40 ± 4,26 minutos) do que a sutura interrompida (12,20 ± 3,09 minutos) p = 0,0001. Conclusão: a técnica empregada de sutura contínua para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical foi mais adequada que a técnica de sutura interrompida, com melhor recuperação da continência urinária e sem repercutir com estenose da anastomose como a sutura interrompida. |
id |
UFMG_b7babfacdbf7a80fba0e066e137c0447 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9DUHT7 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Edson Samesima TatsuoAndy PetroianuClécio PiçarroJoão Marcos Arantes SoaresJuliano Alves FigueiredoAndy PetroianuDenny Fabricio Magalhaes Veloso2019-08-10T13:48:42Z2019-08-10T13:48:42Z2012-08-27http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DUHT7A anastomose vesicouretral, em prostatavesiculectomia radical retropúbica (PRR), tradicionalmente é feita com sutura por seis pontos separados. Para essa anastomose, pode-se utilizar sutura contínua, com um único fio, quando o acesso é perineal ou laparoscópico. A técnica de anastomose é um dos fatores que podem influenciar nas taxas de complicações urinárias, que são distintas conforme o acesso cirúrgico. Este trabalho procura avaliar a qualidade de duas técnicas de anastomose após PRR comparando os resultados de continência urinária, de estenose da anastomose vesicouretral e os tempos cirúrgicos. Casuística e Método: 50 pacientes submetidos a PRR por adenocarcinoma de próstata, foram analisados prospectivamente. Eles foram distribuídos ao acaso em dois grupos de acordo com a técnica para a anastomose vesicouretral: Grupo 1 (n = 25) sutura contínua, com fio único; Grupo 2 (n = 25) sutura interrompida, com seis fios. A média de idade dos pacientes foi de 63 ± 9 anos no Grupo 1, e de 63 ± 7 anos no Grupo 2. Foram anotados os tempos operatórios para confecção das anastomoses. Continência urinária e estenose da anastomose vesicouretral foram avaliadas depois da retirada do cateter de Foley e nos períodos de dois, quatro e seis meses após a PRR. Os pacientes responderam ao questionário referente a sintomas do trato urinário inferior, e aqueles que não apresentavam nenhuma perda involuntária de urina foram classificados como continentes. Cistoscopias foram realizadas nos pacientes com sintomas urinários obstrutivos, para investigação de estenose da anastomose vesicouretral. Os testes t de Student e o exato de Fisher foram utilizados para comparar os resultados obtidos entre os grupos. O nível de significância considerado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: os respectivos percentuais de continência urinária, após a retirada do cateter de Foley e aos dois, quatro e seis meses após as operações, foram de 36%, 56%, 68% e 80% no Grupo 1, e de 20%, 28%, 36% e 48% no Grupo 2. Houve diferença entre os grupos aos dois (p = 0,044), aos quatro (p = 0,023) e aos seis meses (p = 0,018) de pósoperatório. A estenose da anastomose vesicouretral foi encontrada em três pacientes do Grupo 2. O tempo operatório foi maior para confecção da sutura contínua (17,40 ± 4,26 minutos) do que a sutura interrompida (12,20 ± 3,09 minutos) p = 0,0001. Conclusão: a técnica empregada de sutura contínua para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical foi mais adequada que a técnica de sutura interrompida, com melhor recuperação da continência urinária e sem repercutir com estenose da anastomose como a sutura interrompida.The vesicourethral reconstruction in retropubic prostatectomy (RP) is commonly done with interrupted suture. Running suture can be used in perineal or laparoscopic access. The vesicourethral anastomosis technique affect urinary complication incidence, which are different according to the surgical approach. The aim of this work was to compare results of urinary continence and bladder neck contracture after RP, between two techniques of vesicourethral anastomosis. Method: 50 patients who underwent RP, were allocated into two groups randomly and prospectively, according to the technique for vesicourethral anastomosis: Group 1 (n = 25) running suture; Group 2 (n = 25) six interrupted sutures. The patients ages were 63 ± 9 years in Group 1 and 63 ± 7 years in Group 2. The time for anastomosis was recorded. Urinary continence and bladder neck contracture were assessed after removal of bladder catheter and two, four and six months after surgery. They answered a questionnaire regarding their own symptoms of lower urinary tract at these time points. Those who had not any urinary leakage amount were classified as continents. Cystoscopies were performed in patients with symptoms of bladder outlet obstruction in order to confirm bladder neck contracture. The Students t-test and Fishers exact test were used so as to compare the results between groups. The level of significance was 5% (p <0.05). Results: the respective percentages of urinary continence, immediately after removing the Foley catheter and two, four and six months after surgery were 36%, 56%, 68% and 80% in Group 1 and 20%, 28%, 36% and 48% in Group 2. Differences between groups were significant at two months (p = 0.044), four months (p = 0.023) and six months (p = 0.018). Bladder neck contracture was detected in only three patients in Group 2. Has taken longer time to running suture (17.40 ± 4.26 minutes) over interrupted suture (12,20 ± 3,09 minutes), with significant difference (p = 0.0001). Conclusion: even though has taken longer time for vesicourethral anastomosis, the running suture had better urinary continence after surgery, compared to the interrupted suture.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDuração da cirurgiaIncontinência urináriaSuturasComplicações pós-operatóriasTécnicas de suturaNeoplasias da próstataProstatectomia/métodosConstrição patológicaAnastomose cirúrgicaPróstataNeoplaias da próstataAnastomose cirúrgicaProstatectomiaComparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdenny_tese_para_cpg.pdfapplication/pdf23778429https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9DUHT7/1/denny_tese_para_cpg.pdf88b754d305cc57c0696bf686ebf68c66MD51TEXTdenny_tese_para_cpg.pdf.txtdenny_tese_para_cpg.pdf.txtExtracted texttext/plain92482https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9DUHT7/2/denny_tese_para_cpg.pdf.txt1086c55c923fad6b10655d3266d02d59MD521843/BUOS-9DUHT72019-11-14 03:05:08.769oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9DUHT7Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:05:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
title |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
spellingShingle |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica Denny Fabricio Magalhaes Veloso Próstata Neoplaias da próstata Anastomose cirúrgica Prostatectomia Duração da cirurgia Incontinência urinária Suturas Complicações pós-operatórias Técnicas de sutura Neoplasias da próstata Prostatectomia/métodos Constrição patológica Anastomose cirúrgica |
title_short |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
title_full |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
title_fullStr |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
title_full_unstemmed |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
title_sort |
Comparação entre suturas contínua e interrompida, para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical retropúbica |
author |
Denny Fabricio Magalhaes Veloso |
author_facet |
Denny Fabricio Magalhaes Veloso |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Edson Samesima Tatsuo |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Andy Petroianu |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Clécio Piçarro |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
João Marcos Arantes Soares |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Juliano Alves Figueiredo |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Andy Petroianu |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Denny Fabricio Magalhaes Veloso |
contributor_str_mv |
Edson Samesima Tatsuo Andy Petroianu Clécio Piçarro João Marcos Arantes Soares Juliano Alves Figueiredo Andy Petroianu |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Próstata Neoplaias da próstata Anastomose cirúrgica Prostatectomia |
topic |
Próstata Neoplaias da próstata Anastomose cirúrgica Prostatectomia Duração da cirurgia Incontinência urinária Suturas Complicações pós-operatórias Técnicas de sutura Neoplasias da próstata Prostatectomia/métodos Constrição patológica Anastomose cirúrgica |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Duração da cirurgia Incontinência urinária Suturas Complicações pós-operatórias Técnicas de sutura Neoplasias da próstata Prostatectomia/métodos Constrição patológica Anastomose cirúrgica |
description |
A anastomose vesicouretral, em prostatavesiculectomia radical retropúbica (PRR), tradicionalmente é feita com sutura por seis pontos separados. Para essa anastomose, pode-se utilizar sutura contínua, com um único fio, quando o acesso é perineal ou laparoscópico. A técnica de anastomose é um dos fatores que podem influenciar nas taxas de complicações urinárias, que são distintas conforme o acesso cirúrgico. Este trabalho procura avaliar a qualidade de duas técnicas de anastomose após PRR comparando os resultados de continência urinária, de estenose da anastomose vesicouretral e os tempos cirúrgicos. Casuística e Método: 50 pacientes submetidos a PRR por adenocarcinoma de próstata, foram analisados prospectivamente. Eles foram distribuídos ao acaso em dois grupos de acordo com a técnica para a anastomose vesicouretral: Grupo 1 (n = 25) sutura contínua, com fio único; Grupo 2 (n = 25) sutura interrompida, com seis fios. A média de idade dos pacientes foi de 63 ± 9 anos no Grupo 1, e de 63 ± 7 anos no Grupo 2. Foram anotados os tempos operatórios para confecção das anastomoses. Continência urinária e estenose da anastomose vesicouretral foram avaliadas depois da retirada do cateter de Foley e nos períodos de dois, quatro e seis meses após a PRR. Os pacientes responderam ao questionário referente a sintomas do trato urinário inferior, e aqueles que não apresentavam nenhuma perda involuntária de urina foram classificados como continentes. Cistoscopias foram realizadas nos pacientes com sintomas urinários obstrutivos, para investigação de estenose da anastomose vesicouretral. Os testes t de Student e o exato de Fisher foram utilizados para comparar os resultados obtidos entre os grupos. O nível de significância considerado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: os respectivos percentuais de continência urinária, após a retirada do cateter de Foley e aos dois, quatro e seis meses após as operações, foram de 36%, 56%, 68% e 80% no Grupo 1, e de 20%, 28%, 36% e 48% no Grupo 2. Houve diferença entre os grupos aos dois (p = 0,044), aos quatro (p = 0,023) e aos seis meses (p = 0,018) de pósoperatório. A estenose da anastomose vesicouretral foi encontrada em três pacientes do Grupo 2. O tempo operatório foi maior para confecção da sutura contínua (17,40 ± 4,26 minutos) do que a sutura interrompida (12,20 ± 3,09 minutos) p = 0,0001. Conclusão: a técnica empregada de sutura contínua para anastomose vesicouretral após prostatavesiculectomia radical foi mais adequada que a técnica de sutura interrompida, com melhor recuperação da continência urinária e sem repercutir com estenose da anastomose como a sutura interrompida. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-08-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-10T13:48:42Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-10T13:48:42Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DUHT7 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DUHT7 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9DUHT7/1/denny_tese_para_cpg.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9DUHT7/2/denny_tese_para_cpg.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
88b754d305cc57c0696bf686ebf68c66 1086c55c923fad6b10655d3266d02d59 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589557391720448 |