Determinação de intervalos de referência para o hemograma em idosos da região metropolitana de Belo Horizonte

• Autor(a) principal: Áurea Lacerda Cançado
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35628
• topic: Intervalos de referência; Hemograma; Parâmetros hematológicos; Idosos; Contagem de Células Sanguíneas; Valores de Referência; Testes Hematológicos/normas; Idoso; Estudos Transversais; Dissertação Acadêmica

Objetivos: estabelecer intervalos de referência (IR) para 15 parâmetros do hemograma para a população idosa e comparar os resultados com dados da literatura. Método: Trata-se de estudo transversal, com dados de idosos atendidos pelo Centro Mais Vida (CMV) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), com base no Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) e no Plano de Cuidado (PC) de cada indivíduo. Os hemogramas foram processados no mesmo dia das coletas no HC-UFMG, utilizando o sistema analítico Sysmex™ XN-3000. Após os critérios de inclusão e exclusão, foi definida a população de referência. Os 15 parâmetros do hemograma (hemácias, hemoglobina, hematócrito, VCM, HCM, CHCM, RDW, plaquetas, VPM, global de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos) foram avaliados pela preparação de Q-Q plots, boxplots e pelo teste de normalidade de Anderson-Darling. Outliers foram identificados pelo teste de Dixon e pela relação de D/R. A estatística descritiva para cada parâmetro foi definida (média, mediana, média truncada, quartis, valores máximos e mínimos, amplitude, desvio padrão, assimetria e curtose) e a partição para os subgrupos de idade após os 60 anos e para o sexo foi estudada pelo teste de Harris-Boyd preconizado pela diretriz do CLSI C28-A3c. Resultados: IR foram estabelecidos em 686 idosos selecionados, utilizando os percentis 2,5% e 97,5% e IC de 90%. Não houve necessidade de estratificação dos IR estabelecidos quanto à idade. Mas quanto ao gênero, foi necessária repartição para hemácias, hemoglobina, hematócrito e plaquetas. Houve redução de hemoglobina nos homens acima de 80 anos. Nas mulheres, plaquetas e linfócitos foram maiores. Conclusões: os IR específicos para o hemograma da população idosa foram estabelecidos no HC-UFMG. Os IR foram semelhantes a outros trabalhos da literatura e podem auxiliar na interpretação do hemograma e acompanhamento clínico mais adequados do idoso.