Raça e gênero na construção de trajetórias de mulheres quilombolas

• Autor(a) principal: Maria Raquel Dias Sales Ferreira
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Carmem Lúcia Eiterer, Shirley Aparecida de Miranda
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n363121; http://hdl.handle.net/1843/59508; https://orcid.org/0000-0002-2619-5497; https://orcid.org/0000-0002-6978-155X; https://orcid.org/0000-0001-8312-2262
• topic: Gênero; Mulheres quilombolas; Ancestralidade; Relações de poder; Identidade de Gênero; Mulheres; Quilombolas; Ancestralidade

No texto objetivamos analisar como um grupo de mulheres moradoras da Comunidade Quilombola Mato do Tição, situada na Região metropolitana de Belo Horizonte, mobiliza elementos para a construção do referente “mulher quilombola” na construção de suas identidades. Para tanto, a análise passa por reflexões em torno das práticas e dos discursos a partir dos quais essas mulheres tornaram-se quilombolas e das maneiras como mobilizam a categoria do gênero. O presente artigo partiu de uma etnografia, realizada por meio de observação participante, entrevistas e conversas direcionadas, cujo foco foi a trajetória de cinco mulheres da comunidade que protagonizam e mantêm o cotidiano do quilombo. Demonstramos que elas estão produzindo significados e deslocando os sentidos sobre sua própria identidade a fim de superarem as opressões sociais em torno do pertencimento étnico-racial e de gênero.